Os verdadeiros custos da produção de alimentos.
O governo conta com o instrumento das políticas públicas para orientar os rumos da produção e o consumo.
Multas para pagar os efeitos negativos gerados pelo produtor convencional que usam intensivamente recursos energéticos não renováveis.
Hoje as empresas que prejudicam o meio ambiente tiram vantagem da desorganização no sistema governamental de contabilidade e administração pública que não consegue repassar ao produtor as despesas econômicas decorrentes da solução dos problemas sociais e ambientais provocados pelas suas ações. É a sociedade que paga a conta. Os agentes econômicos que originam o dano não são penalizados. Isso explica a mal denominada “economia de escala”.Incentivos para o produtor ecológico que preserva a natureza, poupa insumos, gera emprego e não polui.
Em outras palavras: a vantagem competitiva das grandes empresas consiste em não assumir passivos (ou dívidas) pelos enormes danos ambientais e sociais que causam. Isso só é possível em uma sociedade que ao ignorar os reais custos de produção não toma medidas paras punir (via multas ou taxas) aos que causam danos e incentivar (via recompensas econômicas) aos que geram benefícios.
A pesquisa sobre valoração dos impactos sobre o meio físico e social (denominados custos das externalidades) está em andamento em diversos países do mundo.
Enrique Ortega. LEIA/DEA/FEA/Unicamp (18/03/2003).
Referência:
J.N. Pretty, C. Brett, D. Gee, R.E. Hine, C.F. Mason, J.I.L. Morison,
H. Raven, M.D. Rayment, G. van der Bijl, An assessment of the total
external costs of UK agriculture, Agricultural Systems 65 (2) (2000)
pp. 113-136
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