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Homenagem a vítimas de enchentes no Sul marca o encerramento da semana de enfermagem

A 85ª edição do evento foi realizada, na sexta-feira (17), no auditório da FCM

Profissionais da saúde participantes do evento fizeram um minuto de silêncio pelas vítimas das enchentes no Rio Grade do Sul
Profissionais da saúde participantes do evento fizeram um minuto de silêncio pelas vítimas das enchentes no Rio Grade do Sul

Um minuto de silêncio pelas vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul marcou o encerramento da 85ª Semana Brasileira de Enfermagem, na Unicamp. Até a manhã de sexta-feira (17), eram contabilizados 540 mil desalojados e 78 mil pessoas deslocadas para abrigos provisórios nas cidades gaúchas. Realizado no Auditório V da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), a cerimônia contou com uma palestra, uma mesa redonda, apelos em favor da implantação de um piso salarial nacional e denúncias da precarização das condições de trabalho.

A diretora da Faculdade de Enfermagem (Fenf) da Unicamp, professora Roberta Cunha Rodrigues, revelou que a categoria conta com cerca de 2,4 milhões de trabalhadores no Brasil e compõe a maior parte do corpo de profissionais da saúde do país, mas “ainda luta pela valorização e contra a invisibilidade”.

Segundo o diretor do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Mauro Pires, apesar de previsto em lei, o piso nacional para enfermeiros e técnicos de enfermagem não está sendo aplicado. Pires lembrou, ainda, que há mais de duas décadas a categoria espera pela aplicação da jornada de 30 horas. “Estamos presentes nas maiores catástrofes do país, quando as pessoas mais precisam, mas não recebemos nenhuma contrapartida”, pontuou.

Presidente da Federação Nacional de Enfermeiros, Solange Caetano também reivindicou o reconhecimento da categoria. “Na pandemia, as pessoas foram às janelas aplaudir os enfermeiros. Mas precisamos de aplausos todos os dias”, disse ela.

A 85ª Semana de Enfermagem, na Unicamp, foi iniciada com a palestra do professor Gelson Luiz Albuquerque, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que discutiu o tema do evento – “Romper bolhas para o resistir e o coexistir da Enfermagem”. Em seguida, em uma mesa redonda, os profissionais discutiram “Novas perspectivas para atuação da enfermagem”.

A presidente da Federação Nacional de Enfermeiros, Solange Caetano (em pé) reivindicou o reconhecimento da categoria
A presidente da Federação Nacional de Enfermeiros, Solange Caetano (em pé) reivindicou o reconhecimento da categoria

O reitor da Unicamp, professor Antonio José de Almeida Meirelles, defendeu a formação de qualidade dos profissionais e o uso de novas tecnologias. “Queremos tecnologias inovadoras, mas sem perder a dimensão humana do cuidado”, disse o reitor, que participou da cerimônia de encerramento.

A coordenadora-geral da Unicamp, professora Maria Luiza Moretti, ressaltou que a Unicamp paga, aos seus funcionários da enfermagem, salário acima do piso. “Mas isso não é nenhum favor. É nossa obrigação”, disse. “Antes de tudo, queremos agradecer a vocês pelo trabalho. Parabéns, por escolherem uma profissão tão difícil”, afirmou.

O prefeito de Campinas, Dario Saadi, que também participou da cerimônia, agradeceu à categoria pelo empenho dos profissionais durante a pandemia da covid-19. “Não fossem os profissionais da enfermagem, teríamos tido um colapso no sistema de atendimento municipal”, disse o prefeito.

O evento contou, ainda, com as presenças do presidente da Câmara de Campinas, vereador Luiz Carlos Rossini, da superintendente do Hospital das Clínicas (HC) da Unicamp, Elaine Ataíde, do diretor do Departamento de Enfermagem do HC, Joaquim Graciano, e da coordenadora-geral do Centro Acadêmico de Enfermagem, Victória Alchangelo dos Santos.

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