Desligamento de espectrômetro
é mote para festa no Thomson
27/04/2012 - 16:40
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Depois de 20 anos de relevantes serviços prestados ao Laboratório Thomson de Espectrometria de Massas, do Instituto de Química (IQ) da Unicamp, o Espectrômetro de Massas Pentaquadrupolar, equipamento utilizado para a realização de análises químicas, foi definitivamente desligado na tarde desta sexta-feira (27). Por causa da importância que teve nas pesquisas desenvolvidas nas últimas duas décadas, o Penta, como é chamado pela equipe do laboratório, mereceu uma festa de despedida, que contou com palestra, refrigerante, salgadinhos, docinhos e até a entoação do “Parabéns pra Você”. A cerimônia reuniu professores, funcionários e estudantes de diversas épocas. Agora, a máquina será desmontada, mas partes dela permanecerão expostas no Thomson.
Antes de ser colocado fora de operação, o Penta ainda emitiu a sua última análise, feita pelo doutorando Eduardo Morgado Schmidt. O pós-graduando analisou uma amostra de propanona (acetona). Na palestra que apresentou sobre o uso do equipamento ao longo dos últimos 20 anos, o coordenador do laboratório, professor Marcos Eberlin, destacou que a compra do Penta pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), por US$ 350 mil na ocasião, foi o marco do ingresso não apenas o IQ, mas do Brasil, no cenário internacional da espectrometria de massas. “Hoje, nossas pesquisas estão no mesmo nível das melhores universidades do mundo”, garantiu.
Durante o período em que o equipamento permaneceu em operação, ele contribuiu para a publicação de 500 papers, que mereceram aproximadamente 7 mil citações por parte da comunidade científica. O Penta foi operado por pelo menos cinco gerações de pesquisadores, que concluíram 15 trabalhos de pós-graduação – mestrado, doutorado e pós-doutorado. Eberlin explicou que o Penta teve que ser desligado porque o laboratório se ressente de espaço para a instalação de equipamentos mais modernos. “Mas, não podemos deixar de reconhecer que o nosso velho Penta foi fundamental para os trabalhos que realizamos ao longo de tantos anos. Atualmente, profissionais formados aqui no Thomson estão trabalhando em algumas das melhores universidades e empresas do Brasil e, alguns deles, fazem sucesso no exterior”, destacou.