Roger Odin apresenta introdução à semiopragmática em sua primeira palestra
02/05/2012 - 16:50
- Text:Da Redação
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Roger Odin, professor emérito de ciências da informação e de comunicação na Universidade Paris III – Sorbonne Nouvelle, proferiu palestra intitulada “Por que a semiopragmática? Uma introdução”, em seminário organizado na tarde desta quarta-feira pelo Centro de Estudos Avançados (CEAv) da Unicamp, no anfiteatro do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Odin está na Universidade a convite do professor Fernão Ramos, do Centro de Pesquisa de Cinema Documentário (Cepecidoc), do Programa de Pós-Graduação em Multimeios do Instituto de Artes (IA).
Linguista de formação, depois semiólogo de tradição imanentista (seguindo linha de abordagem fundada por Christian Metz), Roger Odin construiu ao longo de sua carreira um modelo de comunicação tentando articular abordagem pragmática e abordagem imanentista, em um modelo que denomina de semiopragmática (para marcar exatamente essa vontade de articulação). Nesta palestra no IEL, ele apresentou o esquema geral desse modelo e mostrou suas virtudes heurísticas. Insistiu, particularmente, no conceito de “espaço de comunicação”, apresentado como construção que permite evitar os paradoxos da noção de “contexto”.
Roger Odin atua em diversos órgãos de pesquisa e ensino do Ministério da Educação da França, onde há anos desenvolve projetos relativos à institucionalização do ensino do cinema na universidade francesa. Seu campo de pesquisa concentra-se no desenvolvimento de uma semiopragmática do cinema e do audiovisual, bem como no estudo do cinema e do vídeo amador (em todas as suas dimensões). Além disso, possui ampla bibliografia publicada sobre o cinema documentário – seu último livro versa sobre o conceito de ficção.
O professor francês escreveu sobre semiopragmática em Cinema et production de sens (Armand Collin, 1990), De la Fiction (De Boeck, 2000) e Les Espaces de Communication - introduction à la sémiopragmatique (PUG, 2012). Possui, igualmente, trabalhos publicados sobre cinema documentário (L'âge d'or du cinéma documentaire: Europe années 50 / L'Harmattan, 1997, 2Vols) e sobre produções audiovisuais de família e amadoras (Le film de famille / Méridiens-Klincksieck, 1995 e número especial da revista Communications/Le Cinéma en Amateur/nº68, Seuil, 1999).
Mais recentemente, Roger Odin organizou um número especial, para a revista Bianco et Nero, sobre produções audiovisuais tomadas com telefone portátil. Por sinal, “Cinema e telefone portátil: elegia do cinema ‘p’” é a palestra que ele concede nesta quinta-feira, na sala PB-03 do Ciclo Básico, a partir das 14 horas.