Novas tecnologias podem ajudar a
aprimorar as práticas pedagógicas
31/10/2012 - 11:08
- Text:Da Redação
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O paradigma da educação mudou radicalmente nos últimos anos. Atualmente, o professor não é mais considerado o detentor, mas sim o articulador e sistematizador do conhecimento em sala de aula. A avaliação é de Regina de Assis, consultora em educação e mídia e professora aposentada da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). A educadora foi uma das palestrantes da última edição do ano dos Fóruns Permanentes Desafios do Magistério, realizado nesta quarta-feira (31) no Centro de Convenções da Unicamp. O evento, organizado pela Faculdade de Educação (FE), é uma iniciativa da Coordenadoria Geral da Universidade (CGU), apoiada pela Rede Anhanguera de Comunicação (RAC).
De acordo com Regina de Assis, graças aos recursos tecnológicos disponíveis, como computadores, tablets e telefones celulares, as crianças e adolescentes estão entrando em contato com novas linguagens de forma cada vez mais precoce. “Elas têm o conhecimento disponível na ponta dos dedos. Embora a inclusão digital ainda esteja longe do ideal no país, praticamente toda a família brasileira tem acesso a um celular ou a uma TV. Cabe ao professor levar essas linguagens para a sala de aula, de modo a explorar o que elas têm a oferecer de melhor”, pondera.
O desafio que se apresenta, prossegue a educadora, é fazer com que as ferramentas tecnológicas não sejam justapostas, mas sim integradas às atividades desenvolvidas em classe. “Elas precisam ser utilizadas como recursos capazes de contribuir para aprimorar as práticas pedagógicas e aprofundar o conhecimento. Os games, por exemplo, podem ser um excelente veículo para desenvolver o raciocínio lógico dos estudantes”, exemplifica Regina de Assis.
Ela reconhece, porém, que a transição para essa nova etapa não é das mais tranquilas. “Muitos professores ainda resistem a essa novidade. Estes consideram que terão mais um problema para resolver. Entretanto, quando perceberem a riqueza proporcionada por esses suportes tecnológicos, eles descobrirão também seus aspectos lúdicos”, prevê a educadora. Regina de Assis diz que cabe às universidades produzir pesquisas que possam orientar a introdução dessas novas linguagens nos currículos escolares.
Participaram da mesa de abertura do evento Carmen Zink Bolonhini, assessora da CGU; Antonio Carlos Amorim, presidente da Associação de Leitura do Brasil (ALB), Luci Banks-Leite, que representou o diretor da FE, Luiz Carlos de Freitas; e Fabiano Ormaneze, representante do Departamento de Educação da RAC.