China registra avanços em estudos
etnológicos e antropológicos

14/11/2012 - 15:06

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O professor Wang Yanzhang

O professor Wang Yanzhang

O professor Zhu Lun

O professor Zhu Lun

Os estudos em etnologia e antropologia estão bastante desenvolvidos na China. Uma das preocupações dos pesquisadores dessas áreas é compreender melhor os aspectos culturais das etnias que compõem a população do país, principalmente as minoritárias, de modo a preservá-las. As informações foram fornecidas na manhã desta quarta-feira (14) pelos professores Wang Yanzhang e Zhu Lun, membros da Academia Chinesa de Ciências Sociais, que estiveram visitando a Unicamp. Eles proferiram palestras à comunidade universitária a convite do Grupo de Estudos Brasil-China, ligado ao Centro de Estudos Avançados (CEAv).

De acordo com Yanzhang, os estudos chineses em etnologia e antropologia foram baseados inicialmente nas pesquisas desenvolvidas no Ocidente. “Fizemos um esforço para conhecer os trabalhos realizados no exterior e traduzir os livros estrangeiros. A partir da formação do primeiro grupo de etnólogos chineses, começamos a registrar um importante desenvolvimento dessa área do conhecimento”, disse. Com a formação de quadros locais, acrescentou o docente, as pesquisas passaram a procurar compreender melhor os hábitos, costumes e idiomas das etnias minoritárias.

Na China, lembrou Yanzhang, 93% da população pertencem à etnia Han. Os outros 7% abrigam outras 55 grupos étnicos. “Os estudos que desenvolvemos têm diferentes objetivos. Nós geramos conhecimento, formamos recursos humanos qualificados e utilizamos os resultados dos estudos para subsidiar políticas governamentais que buscam preservar a cultura e a história das etnias minoritárias”, explicou.

Conforme Zhu Lun, em razão da globalização, a China viu a necessidade de também criar grupos de estudos para investigar as relações étnicas em nível mundial. Outra preocupação do país é estudar as políticas externas mantidas pelos diferentes países. “Como a China é uma nação multicultural, as experiências dos outros países nos ajudam a entender muitas questões internas”, pontuou. Segundo ele, atualmente a China mantém professores visitantes em universidades espalhadas pelo mundo com esses objetivos. “Na Unicamp, começamos esse trabalho hoje”, brincou.