A Unicamp está realizando de segunda até sexta-feira a primeira etapa de formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, um programa liderado pelo Ministério da Educação (MEC) que conta com a adesão de quase todos os municípios brasileiros – são mais de 5 mil participantes. A ideia é apoiar os professores alfabetizadores no planejamento das aulas e no uso articulado dos materiais e das referências curriculares e pedagógicas dos eixos contidos nos “materiais didáticos”, “literatura”, “tecnologias educacionais digitais” e “avaliação”.

“Para o Pacto, o MEC estabeleceu parcerias com praticamente todas as universidades públicas do país. E nós, da Unicamp, somos responsáveis por implementar a formação continuada dos professores orientadores, que por sua vez promoverão a formação dos professores alfabetizadores. O programa possui característica multiplicadora, tendo em vista que esta formação será reconstruída nos municípios”, explica Ana Lúcia Guedes Pinto, professora da Faculdade de Educação (FE) e coordenadora institucional do Pacto na Unicamp.

A abertura oficial, com a presença de inúmeras autoridades, acontece às 9 horas desta terça-feira, no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM). A iniciativa tem o apoio da Comissão Permanente de Formação de Professores da Comissão Central de Graduação, nas pessoas dos professores Eliana Ayoub e Guilherme Toledo. Esta primeira etapa é constituída por um curso de 40 horas para 350 professores da educação básica, vindos de 86 municípios.

“O Pacto tem como princípio a garantia da alfabetização plena da criança até os 8 anos de idade, ou seja, nos três primeiros anos do ciclo fundamental. Acredito que estamos próximos de alcançar esse objetivo. Sou uma otimista e o Pacto vai fortalecer e consolidar essa meta”, afirma Ana Guedes. “Os materiais para a formação continuada foram produzidos no ano passado e acho muito importante que tenham sido por professores de universidades do país todo, contemplando assim a diversidade brasileira, a localidade.”

A coordenadora acrescenta que esta semana, com oito horas diárias de trabalho, foi planejada minuciosamente para que não se torne cansativa e monótona. “Articulamos uma série de dinâmicas a fim de que nosso trabalho de estudo e reflexão aconteça a contento, mas sem que seja maçante; muito pelo contrário, que seja interessante e suscite a discussão. Um dos objetivos é abordar a trajetória pessoal de cada professor, o que está relacionado com a questão da identidade profissional. Estamos trazendo várias formas de discutir a alfabetização.”

A professora Eliana Ayoub, que preside a Comissão de Formação de Professores ligada à Pró-Reitoria de Graduação (PRG), ressalta o fato de que o curso vem sendo realizado coletivamente com os docentes da Unicamp e os integrantes da rede nacional. “Este é um aspecto importante, que segue uma preocupação geral das propostas atuais do MEC: a de promover um planejamento conjunto, dialogado.”