Hospital da Mulher ganha
capela e espaço de adoração
11/04/2013 - 11:39
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O Caism (Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti) inaugurou nesta quinta-feira um lugar onde se pressente a presença de Deus - a sua capela hospitalar ecumênica, a segunda da Unicamp [a primeira está instalada no Hospital de Clínicas]. Embora já contasse com Serviço de Capelania desde o ano de 1988, apenas neste marco de 27 anos do hospital a obra acaba de ser concretizada. Foi construída numa área de pouco mais de 50 metros quadrados, capaz de acomodar 35 pessoas. Era visível no semblante das pessoas a importância que o local deverá adquirir, tal a alegria verificada durante a cerimônia de descerramento de placa e rito de bênção.
O reitor da Universidade, professor Fernando Costa, saudou os presentes dizendo da sua satisfação de poder entregar a capela no momento em que cumpre o seu mandato na função à frente da Reitoria. "Ter uma capela é uma conquista intrínseca a um hospital", comentou, depois de elogiar o desempenho do Caism, que integra o complexo da área de Saúde da Unicamp com o HC, Gastrocentro, Hemocentro, Cipoi e Hospital de Sumaré, os quais atendem juntos mais de 7 milhões de pacientes, para os quais este atendimento é, talvez, uma de suas únicas esperanças. "Este hospital está na vanguarda do atendimento à mulher", salientou. "Sinto-me recompensado por essa obra coletiva, iniciada já na época do professor Pinotti."
O presidente da Câmara Municipal de Campinas, vereador Campos Filho, festejou a iniciativa do Caism e citou Thomas More (1480) ao lembrar sua frase: "as leis civis jamais podem substituir as leis divinas". O pró-reitor de Desenvolvimento Universitário, professor Roberto Rodrigues Paes, assinalou que a capela é um ambiente de reflexão e um momento pessoal de exercício da espiritualidade. O capelão do Caism, padre Wilson Maximiano, enfatizou que a capela é um marco importante não só pelo sentido religioso, mas também pela humanização, que é uma característica do hospital. O pastor nazareno João Sílvio Rocha relembrou a destacada atuação do primeiro capelão do Caism, o professor do Instituto de Biologia (IB) Liswaldo Mário Ziti. Também falou da concretização do sonho da capela depois de mais de 20 anos, desde que foi idealizado.
O diretor-executivo do Caism, o ginecologista Oswaldo da Rocha Grassiotto, afirmou que a capela ecumênica congregará os cristãos e que, ao mesmo tempo em que é um ponto de acolhimento pela dor, é um ponto de acolhimento de quem nasce. "São cerca de 3 mil nascimentos por ano", comemorou. Também esclareceu que a capela marca o conceito de humanização que vigora na unidade, junto com a busca da espiritualidade.
Funcionários, professores e convidados prestigiaram a inauguração. Nelly Lane, viúva do ginecologista Eduardo Lane, primeiro diretor-executivo do Caism, e Suely Pinotti, viúva do mastologista, idealizador do Caism e ex-reitor da Unicamp José Aristodemo Pinotti, foram distinguidas pela importante atuação de seus maridos e delas próprias. Nelly Lane atuou como voluntária prestando orientações a mulheres que, como ela, eram mastectomizadas; e Suely Pinotti doou seu talento ao presentear o Caism com uma obra de arte, uma madona.
O monsenhor João Luiz Fávero encerrou a solenidade rogando bênçãos aos participantes. "O coração de Deus é fonte de misericórdia e este espaço quer ser a expressão viva da graça de Deus sobre nós. Imploramos, portanto, que o Pai abençoe esse lugar", ensejou encaminhando-se para a capela, onde uma missa já foi celebrada no último domingo pelo padre Norberto Tortorello. Nos dias comuns, as portas da capela deverão ficar abertas para o acolhimento aos interessados. As missas acontecerão às terças-feiras, às 12h30, no local.