Alunos do colégio Culto à Ciência
vencem 1ª Gincana Hematológica

05/06/2013 - 17:11

/
Equipe vencedora

Equipe vencedora

 1ª Gincana Hematológica

1ª Gincana Hematológica

 1ª Gincana Hematológica

1ª Gincana Hematológica

 1ª Gincana Hematológica

1ª Gincana Hematológica

 1ª Gincana Hematológica

1ª Gincana Hematológica

 1ª Gincana Hematológica

1ª Gincana Hematológica

 1ª Gincana Hematológica

1ª Gincana Hematológica

Sara Teresinha Olalla Saad

Sara Teresinha Olalla Saad

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Sangue (INCTS) e o Hemocentro da Unicamp enceraram nesta quarta-feira (5), a terceira e última etapa da 1ª Gincana Hematológica. A aluna Ana Carolina Martins Panin, do Colégio Culto à Ciência, ficou em primeiro lugar com os estudantes Carolina Alvarenga de Lima e Raul Ustulin Capene. Mais de 120 alunos das três escolas, acompanhados de professores e pais, compareceram e vibraram com as disputas entre as equipes sobre três doenças hematológicas: a anemia falciforme, a talassemia e a hemofilia. (Mais imagens)

O "Desafio Hematológico" entre os alunos aconteceu no anfiteatro I da Faculdade de Ciências Médicas (FCM). O evento teve início às 13h20 com uma apresentação do coral Zíper na Boca, que interpretou canções da banda inglesa Beatles. Depois de muita emoção entre os presentes ocorreu a entrega da premiação no final da tarde, quando o trio de alunos vencedores recebeu os prêmios.

A coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Sangue e do Hemocentro da Unicamp, Sara Teresinha Olalla Saad, abriu a atividade, agradecendo o trabalho de toda a equipe na promoção do evento e ressaltou o interesse em aproximar a população e as ações do Hemocentro. “Nós tentamos essa aproximação com as escolas há anos e é muito gratificante ver um evento como esse”, comemorou ao recepcionar os estudantes.

O Desafio Hematológico elaborado pelo Hemocentro foi composto por três etapas. Na primeira parte um concurso de redação foi organizado para selecionar dez alunos. Nessa etapa cerca de 50 escolas inscreveram textos de estudantes e apenas duas delas eram particulares. O tema do desafio e as redações foram três doenças. A anemia falciforme, uma doença genética e hereditária, caracterizada por uma alteração no formato dos glóbulos vermelhos, o que dificulta a passagem de sangue pelos vasos sanguíneos e a oxigenação dos tecidos do organismo.

A talassemia, outra forma de anemia crônica, também de origem genética. Nos portadores dessa doença, ocorre a diminuição da produção de um tipo de cadeia que forma a molécula de hemoglobina, proteína do sangue, responsável pelo transporte de oxigênio pelo corpo. E a hemofilia, doença que se manifesta principalmente em homens e é responsável por uma desregulação do mecanismo de coagulação do sangue. Ela pode ser classificada em três níveis de gravidade e sua detecção pode ocorrer apenas na vida adulta.

“A ideia é que os alunos sejam multiplicadores de conhecimento sobre essas doenças de alta prevalência na sociedade”, comentou Sara. Na segunda etapa, os autores das dez melhores redações visitaram os laboratórios do Hemocentro e puderam conhecer a rotina de pesquisadores da instituição. Entre esse grupo, foram selecionados três alunos que integraram a última parte do desafio, a gincana de perguntas.

Cada estudante selecionado convidou mais dois colegas para formar um trio e responder as dez questões da competição. A aluna Ana Carolina Martins Panin, do Colégio Culto à Ciência, ficou em primeiro lugar, seguida pelo estudante Dionísio Pedro Amorim Neto, da Escola Técnica Estadual Conselheiro Antônio Prado e em terceiro lugar o aluno Vinícius Carvalho, do Colégio Rio Branco. Entre os prêmios entregues estavam notebooks, tablets e uma câmera semiprofissional.

Mas o que chamou a atenção dos alunos não foram os prêmios, mas sim o reconhecimento que a vitória na competição representa. “Eu estou ansioso para receber o certificado”, contou Dionísio minutos antes do início do evento. Incentivado pelo professor de biologia de sua escola, o estudante escolheu a anemia falciforme como tema para a redação, usando como enredo um jovem que descobre possuir a doença após uma partida de futebol.

“Eu quero cursar biologia e aqui na Unicamp, é o meu sonho”, comenta o jovem que hoje faz curso técnico de biotecnologia no ETECAP e segundo a mãe, Vera Lúcia, sempre foi esforçado. “Ele estuda antes do professor passar o conteúdo e se prepara para todas as aulas”, conta, orgulhosa da participação do filho na competição. A gincana foi realizada em três blocos, com uma pergunta para cada trio, que teve dez segundos para escolher entre as opções possíveis.