Rede dará apoio à gestão da
inovação no setor sucroenergético
04/07/2013 - 13:45
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Atualmente, o setor sucroenergético passa por uma mudança tecnológica que certamente transformará seu futuro e, consequentemente, o futuro da matriz energética nacional e global: a possibilidade de obtenção de álcool de segunda geração, feito a partir da celulose e não da cana-de-açúcar. Além disso, o setor está em franco processo de internacionalização e o álcool é cada vez mais uma importante commodity para a economia do país. Segundo estimativas da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor pode atingir U$ 90 bilhões em 2020, enquanto a exportação de açúcar e etanol pode chegar a U$ 26 bilhões.
Com base nesse cenário, torna-se essencial ampliar o esforço de inovação tecnológica e não-tecnológica para viabilizar o salto competitivo de empresas que fazem parte da cadeia produtiva do etanol. É com esse objetivo que a Faculdade de Ciências Aplicadas e o Departamento de Política Científica e Tecnológica, do Instituto de Geociências da Unicamp, em parceria com Embrapa, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Pernambuco e União da Indústria de Cana-de-Açúcar criaram, em março deste ano, o Núcleo de Apoio à Inovação para a Sustentabilidade no Setor Sucroenergético (NAGISE).
O Núcleo - que pretende beneficiar 80 empresas de grande porte do setor, como Raízen, Bunge e GranBio - é parte do Programa Nacional de Sensibilização e Mobilização para a Inovação (do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e da Mobilização Empresarial para a Inovação (da Confederação Nacional das Indústrias - CNI), iniciativa que disponibilizou recursos de aproximadamente R$ 50 milhões para a estruturação e operação de Núcleos de Apoio à Gestão da Inovação (NAGIs) em empresas brasileiras.
A ideia é unir - de outubro de 2013 a abril de 2014 - um time de 30 pesquisadores das instituições envolvidas com industriais e empresários do setor para, através de capacitação e diagnóstico das demandas por tecnologia e inovação, estabelecer um plano de inovação que resulte em maior competitividade em escala nacional e global e no fortalecimento do setor na matriz energética brasileira.
Empresas interessadas em participar do projeto devem realizar inscrição no endereço. O programa tem 96 horas de duração distribuídas em 12 sessões que serão oferecidas às sextas e sábados em Limeira (SP), Rio Verde (GO) e Recife (PE).