UPA já tem 20 mil inscritos
e quer mais escolas públicas
01/08/2013 - 15:59
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Faltando ainda um mês para a realização da UPA – Unicamp de Portas Abertas em 31 de agosto, já passam de 20 mil os estudantes de ensino médio inscritos para conhecer os laboratórios, os serviços e as inúmeras atividades desenvolvidas dentro do campus. Uma das escolas que se inscreveram é a de Ensino Fundamental Presidente Dutra, de Marituba (PA), cuja diretora conseguiu viabilizar a vinda de 50 alunos que percorrerão 2.800 quilômetros (três dias de ônibus) até Campinas. A Coordenadoria Geral da Universidade (CGU) está preparando uma infraestrutura para receber 40 mil pessoas, mas a possibilidade de limitar o número de inscrições sequer foi cogitada, muito pelo contrário.
“Queremos mais gente, em especial de escolas públicas. A meta é chegar, pelo menos, a 50% de alunos provenientes da rede. Estamos aguardando essa retomada das aulas em agosto para verificar junto à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo a possibilidade de medidas de incentivo ao comparecimento”, afirma José Reinaldo Braga, coordenador da UPA. “A nova gestão da Unicamp está implantando uma política forte relacionada às escolas públicas, como a ampliação dos critérios do PAAIS [Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social] e do próprio ProFIS [Programa de Formação Interdisciplinar Superior].”
Segundo José Braga, 55% das inscrições têm sido de escolas particulares e 35% de escolas públicas, vindo depois os cursinhos, cursos técnicos e outras escolas. “Boa parte dessa diferença se deve à limitação da UPA apenas ao sábado, quando antes era incluída a sexta-feira. Creio que a organização anterior não previu o impacto desta redução para as escolas públicas, onde os professores pouco incentivam atividades de fim de semana, por causa do não pagamento de horas extras e de outros obstáculos. Vamos manter essa edição no sábado porque tivemos pouco tempo, desde a posse, para garantir uma estrutura adequada. Mas a questão será reavaliada para 2014.”
O coordenador da UPA informa que cada unidade da Unicamp terá a sua programação, apresentando seus cursos e laboratórios aos visitantes do ensino médio, e promovendo a interação com professores, graduandos e pós-graduandos. “Outros órgãos como SAE [Serviço de Apoio ao Estudante], Comvest [Comissão Permanente para os Vestibulares] e Inova [Agência de Inovação da Unicamp] montarão estandes no Centro de Convenções para mostrar os serviços que oferecem. Ali, também, teremos entre 10 e 12 palestras ocorrendo simultaneamente nos três auditórios, abordando nossos programas de extensão, o vestibular, o ProFIS, o PAAIS e outros temas.”
As atividades culturais ficarão reservadas para o final do dia, quando os “upeiros” estarão se concentrando para embarcar de volta nos ônibus, no grande estacionamento localizado entre a Biblioteca Central, o Centro de Convenções e a Faculdade de Educação Física. “Grupos de artistas da Universidade vão se apresentar na mesma tenda montada para a cerimônia de abertura do evento, que terá a Orquestra Sinfônica da Unicamp. Aliás, a tenda será o ponto de referência para os visitantes.”
Foram selecionados 150 monitores voluntários para orientar e acompanhar os estudantes nas atividades pelo campus. Somando todos os funcionários de apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão nas unidades e órgãos, mais os integrantes das atléticas, empresas juniores e do próprio movimento estudantil, estima-se que mais de 2 mil pessoas estarão assegurando o bom andamento da UPA 2013.
Na Casa do Lago
José Reinaldo Braga adianta uma novidade para esta edição, que é a utilização da Casa do Lago como um espaço de diálogo com outros segmentos da sociedade, diversificando o público da UPA. “Além de apresentações de banners, fotos e filmagens produzidos por nossos profissionais técnico-administrativos, teremos dois debates em torno da academia e sua relação com a sociedade, um deles com a participação do reitor José Tadeu Jorge, sobre a democratização da universidade.”
Como o evento será em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), e com participação da Associação de Docentes da Unicamp (Adunicamp), Braga acredita numa boa mobilização dos movimentos sociais para a ocupação do espaço. “Consideramos importante o diálogo com outros setores, como de movimentos populares, sindicais e de mulheres e negros. Queremos mostrar a Unicamp para muita gente desses setores que gostaria de entrar na universidade, mas nem tenta, quando hoje temos a ampliação da pontuação do PAAIS, os nossos cursos noturnos e vários cursinhos alternativos para facilitar essa entrada.”