Reitoria e funcionários celebram 20
anos de apoio ao Servidor Estudante

18/09/2013 - 16:28

Final da década de 1980, o trajeto do campus de Barão Geraldo à Pontifícia Universidade Católica de Campinas era mais longo do que se imaginava. A falta de uma pista, única que fosse, que ligasse as duas instituições de ensino superior, obrigava jovens trabalhadores da Unicamp e alunos da PUC a irem de transporte fretado ao centro da cidade e voltarem para a PUC de transporte urbano. Confuso? Mas era a realidade, pois era impossível e perigoso atravessar a estrada feita de terra e selva que ligava uma a outra. Essa, entre outras dificuldades de ordem econômica, começou a ser resolvida com um simples pedido de audiência da funcionária Maria Aparecida e com a resposta positiva do então chefe de Gabinete José Tadeu Jorge, na gestão do reitor Carlos Vogt. As primeiras conversas, há 20 anos, levariam ao ProSeres, que permitiu que Maria Aparecida Quina de Souza se formasse em Psicologia e se tornasse a coordenadora da Diretoria Geral de Recursos Humanos da Unicamp.

Hoje, na comemoração de 20 anos do ProSeres, no auditório da Agência para Formação Profissional da Unicamp (AFPU), Maria Aparecida resgatou, com orgulho, parte dessa história. Estiveram presente também a pró-reitora de Pesquisa Gláucia Pastore; o ex-reitor Carlos Vogt, o reitor José Tadeu Jorge e o pró-reitor de Extensão João Frederico Meyer.

O primeiro contato de Maria Aparecida foi com o atual diretor do Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS) da Unicamp, Edison Lins, na época diretor do Serviço de Apoio ao Servidor (SAS). Quando era funcionária da Tesouraria da Diretoria Geral de Administração (DGA), ao saber que a carreira profissional da Unicamp estava em discussão e a Unicamp tinha um órgão de apoio ao servidor, decidiu mostrar a importância de a Universidade qualificar seus funcionários. “Muitos que não pensavam em se graduar acabaram sendo estimulados com a criação do ProSeres.”

“A própria trajetória da Cidinha mostra o quanto estes 20 anos são importantes. Se os resultados são bons é porque a Administração da Unicamp, na época, foi sensível. Até hoje, ao percorrer as unidades, deparo com alguém querendo saber sobre as parcerias do ProSeres”, ressaltou Lins. Segundo ele, o programa chegou a duas décadas de existência pelo apoio das unidades, parceiros e, em especial, aos usuários, que foram em busca de título de graduação. “Parabéns a todos nós.”

Para o reitor da época, Carlos Vogt, é uma satisfação ter iniciativas, como a de criação do programa, escritas na história das relações institucionais e também pessoais. “As discussões começaram num momento de mudanças na Universidade, e em todo processo de institucionalização consistente o aspecto fundamental é aquele que diz respeito ao pessoal que faz a instituição, que toca a instituição. E isso não diz respeito somente ao pessoal que se ocupa das atividades-fim, mas também de apoio administrativo e técnico. O ProSeres abre caminho e permite a valorização e qualificação de funcionários da Universidade.”

“Muito raro encontrar programa com 20 anos de existência na universidade. Certamente o programa só se sustentou e foi positivo ao longo desse tempo por seus próprios méritos, por abordar a essência do funcionamento da Universidade, que é permitir que as pessoas aprendam mais à medida que trabalham, e o trabalho sempre exige mais conhecimento. Foi um momento feliz em 2003 a ideia de criar o programa”, declarou o reitor da Unicamp José Tadeu Jorge.

Para Tadeu Jorge, aliar o conhecimento formal de um curso de graduação com o conhecimento que as pessoas adquirem ao longo do trabalho é uma sintonia perfeita do ponto de vista institucional e pessoal. “Certamente, a contribuição do ProSeres é decisiva.”

Hoje, 54% do quadro de funcionários da Unicamp possui graduação, 18%, pós, 37%, ensino médio, e 9%, ensino fundamental. No momento, 83 instituições são parceiras no projeto de formação do ProSeres, e o programa estende benefícios a filhos de funcionários. Para Tadeu Jorge, é um exemplo a ser seguido por outras empresas. “Ele já é referência. Há instituições com programas muito parecidos com este programa”, declara Tadeu Jorge.