A Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais (Vreri) está organizando reuniões por áreas de conhecimento para discutir a internacionalização. A primeira, envolvendo a área de Humanas e Artes, aconteceu na tarde desta terça-feira, com a participação de coordenadores da Graduação e da Pós-Graduação, professores e alunos, no auditório da Biblioteca Central Cesar Lattes. O segundo encontro está marcado para esta quarta, com as Engenharias (Exatas e Tecnológicas), no mesmo local, e no dia 7 de outubro será com o pessoal das áreas de Saúde e Biológicas. As reuniões, que visam integrar a Unicamp ao cenário mundial, têm o apoio das Pró-Reitoras de Graduação (PRG), Pós-Graduação (PRPG) e Pesquisa (PRP).

O professor Max Henrique Machado Costa, assessor da PRP para o Programa Ciência sem Fronteiras, explica que essas reuniões setoriais são preparatórias para um workshop sobre internacionalização que a Unicamp vai sediar no dia 31 de outubro, com a presença de palestrantes de outras instituições brasileiras e também de estrangeiros. “Trata-se de uma discussão preliminar para que possamos interagir com os visitantes, estando programada uma mesa-redonda para o final da manhã. A internacionalização tem seus prós e contras, como custos, resistências internas, legislação e uma série de percalços a serem discutidos.”

Segundo Max Costa, a internacionalização representa hoje a quarta dimensão das ações da universidade, depois das tradicionais atividades de ensino, pesquisa e extensão. “As primeiras universidades eram essencialmente centros de ensino. Com a revolução industrial, a geração de conhecimento através da pesquisa foi incorporada aos seus objetivos. Mais adiante, no século 20, surgiu a extensão universitária, com o propósito de devolver à sociedade os recursos públicos investidos nas instituições. Agora, a internacionalização no mundo globalizado, sendo que existem diferenças entre internacionalização e globalização, o que também será tema nessas reuniões e no workshop.”

O workshop do final do mês terá convidados como Cristina Caldas, do Consulado do Brasil em Boston, que coordena um grupo de pesquisadores e estudantes brasileiros naquela região dos EUA; Ramiro Jordan, decano associado de Relações Internacionais da Universidade do Novo México; Paulo Franco, pró-reitor de Pesquisa da PUC do Rio Grande do Sul; Rosa Marina Meyer, das Relações Internacionais da PUC do Rio de Janeiro; Carlos Vergani, que responde pela mesma área na Unesp; e Nilo Nascimento, da Universidade Federal de Minas Gerais. “A UFMG talvez seja a líder em investimentos na área de internacionalização, com um comprometimento de nove milhões de reais por ano, e o workshop é uma oportunidade saber o porquê desse sucesso”, comenta Max Costa.