Alimentos, nutrição e saúde
são temas do décimo Slaca
31/10/2013 - 12:47
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A três dias de iniciar o 10º Simpósio Latino-Americano de Ciência de Alimentos (Slaca), a professora Gláucia Pastore, coordenadora do Simpósio e pró-reitora de Pesquisa da Unicamp, enfatiza que nesta edição há muitos motivos para comemorar os 18 anos de criação do Slaca. Vitrine na exposição de pesquisas na área de Alimentos, sua abertura oficial ocorrerá no dia 4 de novembro, segunda-feira, às 20h30, na Vila Ápia Festa e Eventos (Marginal da Rodovia D. Pedro I, 267), em Valinhos-SP. Na ocasião, o Slaca contará com as participações do Coral Zíper na Boca, da Banda Sinfônica da Aeronáutica e da Banda Sinfônica Sexto Sentido. Nos demais dias, a programação, que acontece no Centro de Convenções da Unicamp, terá andamento das 8h30 às 17h30, com palestras, minicursos, lançamento de livros e uma gama de atividades.
Um dos motivos para comemorar o evento, segundo a professora Gláucia Pastore, é que ele sempre tem buscado recolher temas que atuam na fronteira do conhecimento, esteja onde ele estiver, trazendo especialistas de renome para abordá-los. Outro motivo é que ele tem proporcionado uma maior relação entre os pesquisadores brasileiros e a comunidade científica internacional. “Entendemos que a área de alimentos é importante, é multidisciplinar e que devemos oferecer ao mundo uma alimentação saudável e de qualidade”, realça.
Também, conforme a professora, a pós-graduação com ênfase em alimentos cresceu muito nos últimos anos, bem como os núcleos de pesquisa que estudam o assunto, isso não somente no Estado de São Paulo, o que acaba contribuindo para ampliar ações em diferentes Estados de origem do território nacional. Não é de se admirar que haja cerca de 1.800 inscritos e 1.970 trabalhos que serão apresentados até o dia 6 de novembro. “Já vimos que os trabalhos demonstram uma excelente qualidade, têm mérito científico e produzem reflexões acerca da alimentação saudável”, classifica.
O tema desse ano é Alimentos, Nutrição e Saúde, por se entender que problemas de saúde podem decorrer de uma alimentação desequilibrada. O diferencial, de acordo com Gláucia Pastore, é que nos anos anteriores discutiam-se as tecnologias que estavam a serviço da alimentação. “Fizemos agora um caminho inverso, pois notamos que muitas doenças têm como fatores de exposição alguns alimentos que, consumidos sem parcimônia, podem trazer malefícios à saúde humana”, diz. “A grande arma é manter uma alimentação diversificada e em menores quantidades.”
Por outro lado, a professora relembra ainda que, como o poder aquisitivo aumentou no país, as pessoas hoje podem ter um maior acesso a alimentos que anteriormente não tinham. Teoricamente, a população está comendo mais. Mas essa alimentação é de fato a melhor?, indaga. “Essa será uma das nossas discussões: repensar algumas práticas.”
Para a coordenadora do evento, a contribuição das universidades está no preparo adequado dos profissionais para lidarem com a tríade alimentos, nutrição e saúde. Em sua opinião, merecem ainda um preparo efetivo e contextualizado professores de 1º e de 2º grau, que atuariam como agentes de transformação social, para orientarem seus alunos a terem uma educação alimentar.
Probióticos, alimentos funcionais, bioaromas, biotecnologia, diabetes e questões envolvendo a saúde dos intestinos serão alguns dos temas abordados nos minicursos. Participam do evento, destinado a pós-graduandos, professores e interessados, países como Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Portugal, Itália, Argentina, Chile, Panamá, Peru, Colômbia e Uruguai. Serão aproximadamente 90 palestrantes, sendo 40% deles do exterior. Gláucia Pastore também ministrará uma fala sobre Oligossacarídeos e Saúde. "Pretendemos conhecer o impacto da alimentação na saúde da população", comenta ela.