O Grupo Ginástico Unicamp (GGU) embarcou nesta quinta-feira (7) para a sua 16ª turnê internacional, a primeira na Ásia. Os integrantes do GGU farão apresentações no Japão e em Hong Kong. “Estamos muito animados com a oportunidade de mostrar nosso trabalho em terras asiáticas e de estabelecer intercâmbios com instituições de ensino locais”, afirma Marco Bortoleto, professor da Faculdade de Educação Física (FEF) e diretor-geral do grupo. Segundo ele, a comitiva será formada por quatro docentes e 18 estudantes. A excursão durará 16 dias.

A primeira parada do GGU será no Japão, onde os seus integrantes participarão de um festival de ginástica promovido pela Federação Japonesa de Ginástica, umas das mais importantes entidades esportivas daquele país. O evento, realizado a cada dois anos, é muito popular e atrai sempre um grande público. O GGU é o único convidado estrangeiro. “O festival dura dois dias e conta com apresentações pela manhã e à tarde. Segundo os organizadores, a expectativa é de que cada período receba 6 mil pessoas, o que resultará num público total de 24 mil espectadores. Em termos de Brasil, isso é impensável”, considera o diretor-geral do GGU.

O docente informa que o grupo aproveitará a estada no Japão para estreitar relações com a Nippon Sport University, uma das mais conceituadas do país. Sozinha, a instituição soma a conquista de 22 medalhas olímpicas em ginástica. “Por intermédio da VRERI [Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais], foi formulada uma proposta de convênio com a instituição japonesa. Estamos levando o documento para que seus representantes a assinem”, adianta.

Bortoleto explica que a Nippon Sport University ajudará a organizar as Olimpíadas de 2020, que serão disputadas em Tóquio. “A instituição está interessada em acompanhar a organização dos Jogos do Rio, para conhecer um pouco melhor a experiência brasileira”, explica. Do Japão, o GGU irá para Hong Kong, onde fará apresentações em escolas infantis e de ensino médio, bem como em universidades. “Tanto a Federação de Ginástica quanto a Universidade Católica de Hong Kong querem saber mais sobre o nosso modelo pedagógico. Elas estão empenhadas em levar o esporte para as escolas de lá”, acrescenta.

O diretor-geral do GGU avalia como extremamente importante esse tipo de intercâmbio com instituições estrangeiras. De acordo com ele, essas experiências contribuem para aperfeiçoar a formação e ampliar a bagagem cultural dos estudantes, além de favorecer o estabelecimento de novas cooperações acadêmicas. “Não por acaso, alguns ex-integrantes do grupo atuam hoje como docentes em importantes instituições de ensino superior da Europa”, pontua.

O GGU, esclarece Bortoleto, não é um grupo da FEF, mas sim da Unicamp. Ele é formado por estudantes oriundos de diversos institutos e faculdades. “É uma experiência aberta a todos os interessados. Aqui, nós valorizamos a soma de competências”, diz. Atualmente, o grupo é constituído por 45 integrantes. Em 2014, o GGU completará 25 anos de existência. A data será comemorada com uma turnê nacional, que fará apresentações em diversas universidades do país.