Hospital Estadual Sumaré é o primeiro
no Interior do Estado a tratar 98% do esgoto

11/12/2013 - 16:53

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Autoridades visitam estação de tratamento de esgoto

Autoridades visitam estação de tratamento de esgoto

Autoridades visitam estação de tratamento de esgoto

Autoridades visitam estação de tratamento de esgoto

 Lair Zambon, superintendente do HES-Unicamp

Lair Zambon, superintendente do HES-Unicamp

Reitor Tadeu Jorge

Reitor Tadeu Jorge

O Hospital Estadual Sumaré (HES-Unicamp) será a primeira unidade pública do interior do Estado a tratar 98% de todo efluente orgânico através de uma estação própria de tratamento de esgoto (ETE). A entrega da estação aconteceu na tarde desta quarta-feira (11) e contou com a presença do reitor da Unicamp, Tadeu Jorge. "Com esta inauguração, temos a oportunidade de pensar em melhores alternativas para as futuras gerações", disse Tadeu JorgeO investimento foi de R$ 550 mil e a água tratada pode ser utilizada para vários fins.

“Parabenizamos a obra realizada pelo HES, que garante o aumento do nosso nível de tratamento de esgoto”, disse Walmir Ferreira da Silva, presidente do DAE de Sumaré. Para Lair Zambon, diretor-superintendente do HES, “a obra significa que não é fácil entrar nos padrões do 1º Mundo em que capital humano comprometido é o diferencial para essas conquistas”. 

Com uma capacidade para tratar até 432 mil litros de esgoto por dia, o hospital eliminará os sistemas de fossas sépticas que recebem atualmente 240 mil litros de esgoto/dia. Diariamente, circulam pelo HES-Unicamp cerca de 2000 mil pessoas, entre funcionários, pacientes e familiares, prestadores de serviços e usuários dos serviços do hospital.

“Mesmo que a água tratada pela ETE volte para a rede pública de esgoto, não causará impactos ao meio ambiente”, explica o gerente de engenharia do HES, Ricardo Duft. Segundo Duft a estação de tratamento do HES executará automaticamente os processos de oxidação química, aeração, coagulação, floculação, decantação e filtração. Em Sumaré, o rio Quilombo é o principal destino de todo esgoto do município que desagua no rio Piracicaba.

A construção da ETE do HES terá tratamento preliminar para a retenção de sólidos grosseiros e materiais flutuantes. Primeiro uma peneira irá reter substâncias grosseiras em suspensão como papéis, tecidos, materiais plásticos, etc. Em seguida; uma caixa de areia terá a função de reter materiais particulados e outros detritos inertes e pesados que se encontram nos efluentes, protegendo as bombas e a canalização. Por fim ocorrerão o tratamento biológico e a desinfecção no efluente final tratado.

Estes processos, diz duft, eliminam metais, cor, odor, coliformes, matéria orgânica, sólidos suspensos, sólidos dissolvidos, microorganismos patogênicos e outras substâncias que possam comprometer a qualidade do tratamento. A finalidade da ETE é garantir os padrões de emissão de efluentes em corpos receptores possibilitando inclusive, o reuso em jardins, por exemplo.

O gerente geral do HES, Wagner Lourenço, explica que a escolha por essa concepção de tratamento baseou-se nas seguintes vantagens: pequena área para implantação, custo inferior aos sistemas convencionais, elevada eficiência na remoção de DBO e sólidos em suspensão, lodo mineralizado que dispensa a digestão anaeróbica, fácil operação e manutenção e dispensa decantação primária. “É com esta perspectiva que buscamos contribuir com a saúde da população da região", finaliza o diretor-superintendente do HES-Unicamp, professor Lair Zambon.

Segundo o Escritório Regional da Cetesb em Americana, responsável por fiscalizar cinco municípios (Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d´Oeste e Sumaré), Americana é a cidade com maior índice de tratamento de esgoto (87%) com uma coleta que chega a 95%. Hortolândia coleta e trata 58%; Nova Odessa coletava 95% e tratava 7%, mas iniciou neste ano a operação de uma nova ETE para tratar 100%; Santa Bárbara d´Oeste coleta 97% e trata 54% do coletado e Sumaré: coleta 88% e trata 13%.