Arames e chapas de alumínio são os materiais empregados na exposição do artista plástico Laércio Alves que será levada ao CIS-Guanabara, da Unicamp, de 9 a 22 de fevereiro, das 8h30 às 17h30, e a outros pontos turísticos da cidade de Campinas, com o projeto "Releitura do patrimônio cultural de Campinas. Idealizado por Márcio Spézi, produtor cultural e proprietário do Núcleo Cultural Alquimia, o projeto consiste na releitura de alguns dos bens culturais da cidade, portadores de significância para a identidade cultural local e exposição dessas obras para a população. A ideia é que o público redescubra sua importância, signos e significados. Serão mostradas nove esculturas.

"Escolhemos como bens culturais alguns pontos turísticos ou referenciais que representam Campinas e que estão presentes no cotidiano de todos aqueles que circulam pela cidade", conta Laércio.  São eles Mãe Preta, Carlos Gomes, Monumento em homenagem ao bicentenário, Monumento às Andorinhas, Maria Fumaça, Catedral Metropolitana, Mercado Municipal, Estação da Fepasa e Caravela da Lagoa do Taquaral. Esse projeto foi possível graças à lei de incentivo do município de Campinas 2013/2014, o FICC - Fundo de Investimentos Culturais de Campinas.

O artista plástico, que atualmente mora em Santos, e que ultimamente morou em Sumaré, sempre procurou trabalhar com diferentes materiais. Há mais de dez anos, ele desenvolve a técnica de esculturas a partir de arame retorcido, com destaque em várias localidades, no Brasil e no exterior. Seus trabalhos mais recentes estão inclusive no Museu do Futebol, em Santos, onde produziu esculturas dos renomados jogadores Pelé e Neymar.

Segundo ele, as esculturas têm entre 0,5 e 2 metros e ficarão expostas acompanhadas por um pequeno texto explicativo dos aspectos culturais e históricos. O período de exposições em outros locais vai de 4 de fevereiro a 25 de março e será composto por um ciclo com duas fases distintas: a primeira utiliza o espaço físico da cidade, suas ruas e praças nos seguintes dias e locais: 4/2 - Praça José Bonifácio (Largo da Catedral), 5/2 - Praça Antônio Pompeu (onde está localizado o monumento túmulo de Carlos Gomes),  6/2 - Praça dos ferroviários (entre a estação e a rodoviária de Campinas) e 7/2 - Largo do Rosário, das 10 às 18 horas. O público será surpreendido com a exposição no meio da praça, enquanto se desloca para suas atividades cotidianas. 

A segunda utiliza o espaço físico, no período de 9 a 22 de fevereiro, das instituições que receberão esse tipo de produção cultural e artística, como é o caso do CIS-Guanabara, escolhido por ter a estrutura de uma antiga estação de trem, o que também fortalece e cria sinergia com o tema proposto; e no período de 24 de fevereiro a 2 de março também do Núcleo Cultural Alquimia (um casarão construído na década de 1930 em Art Deco, situado nos limites do centro velho de Campinas), ao lado da antiga residência do maestro Carlos Gomes (que hoje cedeu lugar a um estacionamento). Para finalizar, será realizada mais uma exposição, como contrapartida do projeto, na galeria Thomaz Perina, no saguão do teatro José de Castro Mendes, no período de 11 a 25 de março.

Os objetivos do evento na cidade é alcançar com esse projeto são conscientização, valorização e preservação do patrimônio material e imaterial da localidade, divulgar as artes e técnicas como a da escultura em arame desenvolvida pelo artista e participação da população nos eventos culturais da cidade. "Quando tomamos consciência da importância do nosso patrimônio cultural também passamos automaticamente a protegê-lo e a preservá-lo", disse Laércio Alves. Mais informações pelo telefone 3233-0387.