Unicamp e Universidade de Padova
tratam de parceria na área de patrimônio
07/04/2014 - 14:40
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O reitor José Tadeu Jorge recebeu na manhã desta segunda-feira a visita do professor Giovanni Luigi (Gigi) Fontana, da Universidade de Padova, que veio formalizar um amplo convênio para intercâmbio de estudantes de pós-graduação na área do patrimônio histórico. Ao final, ambos acabaram combinando novas conversações para projetos de cooperação entre as duas instituições também em outras áreas.
Segundo a professora Cristina Meneghello, que acompanhou o encontro, a Universidade de Padova é uma das mais prestigiosas e antigas escolas da Itália (oito séculos de existência), produzindo uma pesquisa muito forte em ciências humanas, especialmente em preservação do patrimônio. “É uma parceria que interessa muito à Unicamp e desenhamos um acordo que está praticamente pronto e que oferece várias possibilidades de trabalho.”
O professor Gigi Fontana, diretor do Departamento de Ciências Históricas, Geográficas e da Antiguidade, disse que vem desenvolvendo atividades conjuntas com a Unicamp há alguns anos, particularmente com Cristina Meneghello, e que a ideia é inclui-las em um convênio macro que favoreça os intercâmbios e a continuidade destas ações. “Temos projetos interessantes, por exemplo, sobre o tema das entidades produtivas nos territórios e a importância do papel dos imigrantes. Criamos uma rede interuniversitária com o Brasil e a Argentina, onde há uma massa de imigrantes italianos, em torno de um modelo que pode ser aplicado para outros tipos de imigração.”
Gigi Fontana também destaca um grande projeto internacional dirigido por ele, “Company Towns”, que investiga a formação e os processos de valorização do patrimônio industrial em áreas originárias da indústria têxtil italiana e brasileira. “E temos ainda um curso internacional de excelência, Erasmus Mundus, reunindo as universidades de Padova, Évora, Sorbonne, Autônoma do México e a de Campinas como a primeira brasileira associada. Pádova tornou-se um marco dos acordos com o programa Ciência sem Fronteiras, figurando como a segunda instituição italiana em número de brasileiros (depois da Politécnica de Turim), com mais de 600 pessoas; no Departamento de História são quase vinte. Tudo isso justifica minha presença aqui.”
Sobre a possibilidade de novas cooperações, o reitor Tadeu Jorge informou aos visitantes de Padova que o Conselho Universitário da Unicamp já aprovou a implantação de um curso de patrimônio e restauro na Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA), o que só não foi efetivado por falta de professores nesta área. “Havia projetos inclusive de laboratórios de restauro, mas o Brasil não tem uma formação abrangente na área e este foi o fator limitante.”