Cérebro é
descortinado
no Museu
Exploratório
de Ciências

11/04/2014 - 11:49

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Rickson Mesquita, diretor-associado do Museu

Rickson Mesquita, diretor-associado do Museu

Educador mostra arte

Educador mostra arte

Geórgia Martins, gestora educativa

Geórgia Martins, gestora educativa

Pegar um porquinho: ilusão ótica

Pegar um porquinho: ilusão ótica

Denise Pagagnella, doutoranda

Denise Pagagnella, doutoranda

São duas oportunidades ímpar para quem quiser conhecer uma exposição sobre o cérebro humano no Museu Exploratório de Ciências (MC) na Unicamp, chamada Neurociências no Museu: nesta sexta-feira (11) e no sábado, das 9 às 17 horas. A mostra revela a complexidade do cérebro e é aberta ao público e gratuita. Ao percorrer por cerca de duas horas seis estações diferentes, os alunos aprendem conceitos de neurociências na prática, tendo acesso às estruturas cerebrais compartimentadas e se inteirando como funciona o cérebro.

Trata-se de uma parceria do Museu com o Laboratório de Neurociências da Unicamp, cujo responsável é o médico Li Li Min, e o Cepid Brainn. Faz parte do I Congresso Cepid-Brainn, um evento que visa discutir as atividades de pesquisa desenvolvidas pelos participantes do Instituto. A primeira ação entre o Museu e o Brainn é esta exposição. O primeiro grupo a visitá-la veio da Escola Estadual Parque dos Servidores, de Paulínia, SP. Ao todo, visitaram o espaço 33 jovens do ensino médio. 

Eles percorreram as seis estações e conheceram as várias facetas do cérebro: a estação da memória e atenção; a estação da sensibilidade e percepção; a estação da visão; a estação da audição; a estação da neuroanatomia; e a estação das Doenças do Sistema Nervoso.

Na estação de ilusão ótica, um dragão persegue as pessoas com os olhos e o público tenta pegar uma porquinha com as mãos. Os visitantes ainda encontraram no espaço do museu protótipos do cérebro e um vídeo que leva à compreensão do complexo mecanismo de funcionamento do cérebro. 

Denise Pacagnella, doutoranda do Laboratório de Neuroimagem, dentro do programa de pós-graduação em Fisiopatologia Médica, mostrou aos visitantes a evolução do cérebro, algumas estruturas e suas funções, lançando mão da imagenologia – uma técnica acurada que permite enxergar com maior nitidez o cérebro humano através de ressonância magnética. Os alunos, muito interessados, tiraram dúvidas com Denise, que está atuando nesse laboratório desde 2010.

A música não tem lugar específico no cérebro, diferente da linguagem e da visão, explicava um dos educadores. A aluna Jaqueline Cristina Rizardo, 17 anos, do terceiro colegial, disse que essa é a melhor forma de aprender, em sua opinião, ouvindo e vendo na prática. Ela relata que aprendeu como ocorre a hemorragia cerebral e aprendeu que "o cérebro tem a parte da emoção que é ativada quando ouvimos música", afirma a aluna, que pretende voltar ao Museu para prestigiar outras ações interessantes como essa.

A professora de Língua Portuguesa Marleide Marim, da Escola Parque dos Servidores, salientou que trabalhar com situações concretas colabora muito para a motivação desses alunos, que em breve prestarão vestibular. Trouxemos alunos do segundo e terceiro ano. Eles ainda vão conhecer outras dependências do Museu e já agendaram a volta ao local no dia 22 deste mês para participar da Oficina Desafio, que hoje foi inviabilizada devido ao mau tempo para a atividade.

A Escola Parque dos Servidores está provisoramente sediada na Universidade São Marcos, em Paulínia. "A visita ao Museu veio em boa hora e serviu para que os estudantes vejam que eles também podem ter acesso às boas oportunidades", comenta Marleide.

O diretor-associado do MC e professor do Instituto de Física "Gleb Wataghin", Rickson Mesquita, acredita que essa atividade é uma iniciativa que a sociedade precisa dela. Além do mais, o museu precisa dela, pois é um importante vetor da divulgação científica brasileira e do trabalho que é desenvolvido nas universidades. "Não podemos deixar de enfatizar que o principal objetivo do museu é ser um ponto de confluência com os visitantes e que as atividades aqui programadas não devem ficar restritas à Universidade. Que elas ganhem o mundo", frisa Rickson. "Queremos abrir o museu para as pessoas que também têm pouco acesso e já planejamos outras exposições, como a de energia. Também em 12 a 18 de maio teremos a semana nacional de museus, com atividades internas e atividades itinerantes", descreve. O Museu da Unicamp fica na parte mais alta da Universidade, próximo à Facamp.