Ações
estratégicas
reforçam
cooperação
com a China

24/04/2014 - 17:03

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O titular da Vreri, Luis Cortez

O titular da Vreri, Luis Cortez

A nova funcionária Yu Pin Fang

A nova funcionária Yu Pin Fang

A Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais (Vreri) da Unicamp está promovendo uma série de ações estratégicas para reforçar a cooperação científica com a China, o principal parceiro comercial do Brasil. Uma das ações mais recentes foi a contratação de uma nova funcionária, com domínio do mandarim, para facilitar a interlocução entre pesquisadores da Unicamp e de universidades chinesas. Yu Pin Fang, natural de Taiwan e ex-aluna da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp, já começou suas atividades na Vreri na última segunda-feira (21). 

“A China abriu as portas para o mundo recentemente. Portanto, a maioria dos chineses não fala inglês. Eles ainda estão aprendendo este idioma... E os brasileiros têm uma dificuldade com o mandarim. A minha missão é contribuir e colaborar neste aspecto de comunicação, de intermediação mesmo entre os pesquisadores chineses e os brasileiros”, explicou a jovem, que vive no Brasil com a família há 14 anos. 

O docente Luis Cortez, titular da Vreri, acrescenta que, além da contratação de Yu Pin Fang, a Unicamp está retomando um grupo de trabalho constituído por pesquisadores, docentes e funcionários visando intensificar a cooperação com a China. “A China é o nosso principal parceiro comercial e o Brasil sabe muito pouco a respeito dos chineses. Precisamos criar e incentivar uma cultura dentro da Universidade para valorizar as relações com a China”, ressaltou. 

Luis Cortez informou ainda que a Universidade está prestes a receber no seu campus de Barão Geraldo, em Campinas, um posto do Instituto Confúcio, criado pelo Ministério da Educação e Cultura da China para divulgar e disseminar o mandarim e a cultura chinesa pelo mundo. A proposta vem sendo amadurecida nos últimos anos e deve ser concretizada até o final de 2014.

O Instituto Confúcio está presente em inúmeros países e seu funcionamento acontece, geralmente, em parceria com uma universidade chinesa, explica Yoon Kil Chang, assessor da Vreri e diretor associado da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp. “A parceria envolve a Beijing Jiaotong University e o Ministério da Educação da China. O objetivo é oferecer aos brasileiros a oportunidade de aprender o mandarim, língua oficial chinesa, além de aspectos da cultura daquele país”, conta. 

Há também outras ações, como a do Grupo de Estudos Brasil-China, ligado ao Fórum Pensamento Estratégico (Penses). O grupo reúne pesquisadores e especialistas cuja finalidade é propiciar um entendimento amplo sobre o papel da China no mundo contemporâneo, além de ampliar a cooperação entre a Unicamp e as instituições chinesas.

“Temos acordos na graduação e pós-graduação com o Instituto de Economia (IE), a Faculdade de Educação Física [FEF] e o Instituto de Estudos da Linguagem [IEL]. Talvez o de maior fluxo, neste momento, seja entre a FEF e a Universidade de Esportes de Beijing, uma das principais do mundo. O esporte é uma área muito forte na China e a infraestrutura que eles têm é impressionante. O interesse dos chineses tem aumentado haja vista as proximidades com as Olimpíadas no Brasil em 2016”, complementou o assessor da Vreri, José Pissolato Filho.