João Batista de Miranda assume
o Hospital de Clínicas sem dívidas

01/07/2014 - 15:43

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Miranda é empossado pelo reitor Tadeu Jorge

Miranda é empossado pelo reitor Tadeu Jorge

Manoel Bértolo deixa o cargo com dívida zerada

Manoel Bértolo deixa o cargo com dívida zerada

Cerimônia concorrida no auditório da FCM

Cerimônia concorrida no auditório da FCM

O professor João Batista de Miranda tomou posse como novo superintendente do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp na manhã desta terça-feira, em concorrida cerimônia presidida pelo reitor José Tadeu Jorge, no auditório da  Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Miranda sucede o professor Manoel Barros Bértolo, de quem foi coordenador de Administração, depois de vencer a consulta feita em maio à comunidade do HC e da FCM, obtendo 53,6% dos votos contra 46,4% atribuídos ao professor Marcelo de Carvalho Ramos. 

O novo superintendente disse que seu programa de campanha foi baseado no Planejamento Estratégico elaborado em 2010 e que considera bastante atual. “Este plano de trabalho traz algumas prioridades, como a expansão da área de Saúde da Unicamp e incremento nos procedimentos. O HC atende em torno de seis milhões de pessoas e o número de leitos é pequeno para tanta demanda. Possuímos um total de 600 leitos e precisamos, no mínimo, dobrar essa quantidade nos próximos anos. A USP de Ribeirão Preto, por exemplo, que atende menos da metade de pessoas, vai alcançar 1.100 leitos com a inauguração do Hospital da Criança.” 

Segundo João Batista de Miranda, uma segunda prioridade é a busca de fontes de financiamento para esta expansão e incremento de procedimentos e para que o HC não sofra com problemas financeiros. “Também vamos dar prosseguimento à política de infraestrutura. Nosso hospital tem mais de 30 anos, o que exige reformas constantes para sua manutenção, e o parque tecnológico não pode ficar defasado diante dos avanços na medicina, agregando novos procedimentos, exames e tecnologias. E, continuando o que fez a gestão anterior, vamos trabalhar fortemente na humanização do atendimento e na melhoria das condições de trabalho; os recursos humanos são nosso maior capital.” 

Manoel Barros Bértolo, por sua vez, orgulha-se de deixar a superintendência com a situação financeira do Hospital de Clínicas completamente sanada: as dívidas, que eram de quase R$ 7 milhões em setembro de 2010, caíram para zero em junho deste ano. “Conseguimos financiamentos da Secretaria de Estado e do Ministério da Saúde, e junto aos parlamentares e à Reitoria, atendendo ao que a comunidade queria. Seguindo o Planejamento Estratégico, promovemos reformas e adequações de espaços, compra de equipamentos e mudanças de processos de trabalho, com capacitação profissional. O total de investimentos foi de mais de R$ 50 milhões em quatro anos.” 

A dívida zerada foi o aspecto destacado pelo reitor José Tadeu Jorge na gestão de Bértolo e equipe. “Poder deixar o cargo dizendo que ‘hoje o HC não tem dívida’ é algo inédito em solenidades de posse do hospital. Isso é marcante, ainda mais porque não foi um ajuste financeiro feito com o sacrifício de ações importantes para o cumprimento da missão do HC. Muito pelo contrário, houve ampliação significativa nos atendimentos e atualização do parque tecnológico. Mas este é sempre um momento de renovação e propostas de um novo plano. O professor Miranda tem enormes desafios, apesar de tudo o que foi feito. Há dois segmentos no Brasil onde o déficit para com a população é muito grande: educação e saúde. E nossa instituição trabalha nas duas áreas.”