Uma delegação composta por dirigentes da Universidade do Porto (Portugal) esteve em Campinas na última semana, retribuindo visita feita àquela instituição no início do ano por representantes da Unicamp. Os dois encontros serviram para estreitar o relacionamento entre as instituições, com vistas à formulação de parcerias nas áreas acadêmica e de pesquisa. “Nós temos um convênio do tipo guarda-chuva entre as universidades, mas estamos prospectando oportunidades para o estabelecimento de colaborações mais específicas”, informa o coordenador-geral da Unicamp, professor Alvaro Crósta.

De acordo com Crósta, as reuniões foram muito produtivas, e as duas partes já estão analisando as áreas de conhecimento nas quais poderão atuar conjuntamente. “Há boas possibilidades de definirmos parcerias nos segmentos das engenharias, ciências médicas, ciências exatas e ciências do desporto. Temos todo o interesse em atuar de forma colaborativa com a Universidade do Porto, que é uma das melhores escolas de ensino superior de Portugal”, afirma o coordenador-geral.

Crósta lembra que as duas universidades apresentam aspectos que as aproximam. Um deles é obviamente o idioma, o português. “Além disso, as instituições têm perfis parecidos”, acrescenta. Segundo o vice-reitor executivo de Relações Internacionais, Luis Cortez, a intensificação das colaborações entre Unicamp e Universidade do Porto é uma ação importante dentro do processo de internacionalização da Universidade. “De nossa parte, teremos a oportunidade de atuar de forma cooperativa com uma destaca instituição e ainda nos aproximarmos de outros potenciais parceiros na Europa”, diz.

Entre as prioridades das universidades, conforme Cortez, estão os programas que contemplam a concessão de duplo diploma. “Também queremos promover intercâmbios de estudantes, docentes, pesquisadores e funcionários”, adianta o vice-reitor executivo de Relações Internacionais. O chefe de gabinete da Reitoria, professor Paulo César Montagner, também considera que o estreitamento das relações entre Unicamp e Universidade do Porto trará ganhos para os dois lados.

Ele reforça que as universidades mantêm parcerias há alguns anos, mas de maneira informal, por meio do contato entre docentes e pesquisadores. “Agora, a ideia é institucionalizar e aprofundar as parcerias”, pontua. Coordenador do Escritório de Internacionalização da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Rodrigo Bueno de Oliveira informa que houve, durante os dois encontros, a proposta de um acordo de mobilidade estudantil para alunos de graduação de Medicina. “A proposta será trabalhada nos próximos meses e esperamos estar com ela ativada, e em uso, a partir do segundo semestre de 2016”, acredita.

A delegação portuguesa que esteve visitando a Unicamp foi composta por João Falcão e Cunha, diretor da Faculdade de Engenharia; António de Sousa Pereira, diretor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS); Luís Baldaia, subdiretor do ICBAS; António Fernando de Sousa e Silva, diretor da Faculdade de Ciências; António Manuel Fonseca, subdiretor da Faculdade de Desporto; e Jorge Olímpio Bento, diretor da Faculdade de Desporto. Além de se reunirem com Crósta, Cortez e diretores de faculdades e institutos da Unicamp, os dirigentes da Universidade do Porto visitaram algumas unidades e órgãos da Universidade.