Iniciação Científica, berço
da pesquisa da Unicamp
17/11/2015 - 16:01
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Não faltou entusiasmo aos alunos e professores que participaram nesta terça-feira (17) da abertura da 23ª edição do Congresso de Iniciação Científica da Unicamp, que contempla as investigações desenvolvidas na Universidade que têm como ponto de partida a iniciação científica. Ao dar as boas-vindas aos participantes do evento, no início da tarde, a pró-reitora de Pesquisa Gláucia Maria Pastore, anfitriã do congresso, expressou: “Os grandes artífices dessa festa são vocês, alunos e professores”. Ela saudou a plateia presente nas salas do Centro de Convenções e disse que esse é um momento muito especial que traz muito orgulho à instituição. "Esse orgulho tem uma razão: os trabalhos têm elevada qualidade e demonstram sólidos conhecimentos e crescimento."
Segundo a pró-reitora, com os grupos de pesquisa começa a haver uma atmosfera de integração, para onde se concentram muitos esforços, trazendo respostas a toda sociedade”, afirmou. Ela acrescentou que não é fácil organizar um evento dessa magnitude e que ele foi possível graças principalmente a todos os funcionários da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) e de seus apoiadores, entre eles o CNPq e os órgãos da Unicamp.
“A iniciação científica é o berço da pesquisa e, enquanto berço, deve ser muito bem tratada”, ressaltou o coordenador do congresso e assessor da PRP, Fernando Coelho. “Acredito que a pesquisa da Unicamp começa com vocês.”
Fernando Coelho comentou que todos os trabalhos apresentados no congresso receberam um número DOI, que permite que as investigações sejam rastreadas de diversos pontos do planeta. “Este evento caminha de modo a ter uma visibilidade internacional. É preciso mostrar que os trabalhos são de grande relevância e qualidade. Obrigado por virem e por participarem.”
Além de Gláucia Pastore e Fernando Coelho, participaram da mesa de abertura da solenidade, a pró-reitora de Desenvolvimento Universitário (PRDU), Teresa Dib Zambon Atvars; o pró-reitor de Graduação (PRG) Luis Alberto Magna; e o vereador de Campinas, André von Zuben. Teresa Atvars representou o reitor na cerimônia. Ela salientou que essa etapa da pesquisa é uma parte fundamental do aperfeiçoamento. “É com alegria que abrimos esse evento, que coroa os projetos que foram desenvolvidos até aqui e que motiva a cada ano novas gerações de alunos. A natureza desses projetos une o ensino, a pesquisa e a extensão”, assinalou.
O pró-reitor Luis Alberto Magna demarcou o valor da iniciação científica como tradição na Unicamp, ele que também fez estágio de iniciação científica quando cursou Medicina, como bolsista Fapesp. "É muito claro que, na iniciação científica, podemos nos envolver diretamente na produção do conhecimento e por isso ela deve ser encorajada", destacou.
O vereador de Campinas André von Zuben relatou que a Prefeitura de Campinas tem procurado envidar esforços para estimular a C&T no município e reconheceu que a Unicamp tem em seu DNA esse projeto. “Temos a primeira lei do país que garante isenções fiscais para as startups, que incentiva a incubação de empresas via Ciatec e que trouxe a primeira aceleradora do Brasil – as Cidades Inteligentes. Transformar Campinas em uma cidade inteligente significa fazer com que a tecnologia seja aplicada”, realçou.
Trabalhos
Uma atividade do congresso que desperta muita curiosidade é a exposição de pôsteres. Nesse encontro, serão apresentados 1.353 trabalhos, com a participação de 1.514 alunos inscritos. Pela primeira vez na Unicamp, o Colégio Técnico de Campinas (Cotuca) foi representando pelos alunos do ensino médio, ao lado de alunos do Pibic-EM (Programa de Iniciação Científica do Ensino Médio).
Juliana Oliveira dos Santos, 17 anos, trouxe seu trabalho de conclusão de curso que propõe um localizador de ônibus, que traz a distância, em minutos, do veículo em relação a um referencial (pessoa). Ela empregou o Programa Android Studio. Seu trabalho foi orientado pelo professor André Luis Gomes e foi feito em conjunto com a aluna Lygia Helena Rossi. As alunas cursam Informática no Cotuca.
Camila Soler, 25 anos, que agora cursa o mestrado no Instituto de Biologia da Unicamp, produziu um projeto no qual faz análise genética em pacientes com epilepsia, procurando alterações do DNA que sejam responsáveis pela doença. Ela contou que utilizou sequenciamento de nova geração e que chegou a cinco genes que podem responder pelas alterações in vivo. No mestrado ela também realiza análise por sequenciamento de nova geração, mas em epilepsia infantil em crianças que apresentem deficit cognitivo causado pelas crises epiléticas.
O Congresso de Iniciação Científica é promovido pela PRP e prosseguirá até quinta-feira (19) no Centro de Convenções. Os trabalhos, expostos no formato de pôsteres, serão apresentados no Ginásio Multidisciplinar da Universidade (GMU). Leia outro texto abordando a importância do evento.