Artigo da Unicamp sobre Alzheimer
é premiado em evento no nordeste
23/11/2015 - 08:06
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Um evento que debateu a necessidade da elaboração de um plano nacional para demência. Este é foi um dos principais objetivos da X Reunião Brasileira de Pesquisadores em Doença de Alzheimer e desordens relacionadas, promovida pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN) e realizada pela primeira vez no Nordeste – em Fortaleza, nos últimos dias 13 e 14. Participaram 150 inscritos e concorreram 98 trabalhos, entre os quais o trabalho da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp intitulado "Intranetwork and internetwork functional connectivities in mild Alzheimer's Disease and amnestic Mild Cognitive Impairment", de Marina Weiler. Ela foi contemplada com o prêmio de melhor trabalho, recebendo dois mil reais.
Orientado pelo docente da FCM Márcio Balthazar, do Departamento de Neurologia da Unicamp, o artigo, dentro da linha de pesquisa “Biomarcadores na doença de Alzheimer”, teve como colaboradores a doutoranda Camila Teixeira, a mestranda Thamires Magalhães, o físico Brunno Machado de Campos, o docente da FCM Fernando Cendes e o Instituto de Psiquiatria da USP, LIM 27, através dos professores Oreste Forlenza e Leda Talib.
A investigação abordou novos métodos de ressonância magnética funcional para estudar alterações da conectividade cerebral na Doença de Alzheimer (DA) e no Comprometimento Cognitivo Leve (CCL). “Verificamos a correlação dessas novas medidas com biomarcadores da doença no líquor: proteína beta-amiloide, tau total e tau fosforilada. Mostramos que novos métodos de conectividade funcional podem diferenciar pacientes com DA e CCL de idosos normais e que essas medidas têm relação com biomarcadores da doença”, revelou o orientador do estudo.
Segundo Márcio Balthazar, o prêmio de melhor trabalho científico se situa em uma área de grande relevância que faz parte da pós-graduação em ciências médicas e que tem financiamento Fapesp. Ele está dentro do mais destacado evento científico específico na área das demências e transtornos cognitivos do Brasil, como maneira de incentivar pesquisa de qualidade e possibilitar a cooperação de especialistas do setor para o desenvolvimento de novas formas de tratar a enfermidade.