Agropolo Campinas-Brasil faz
workshop rumo à bioeconomia

28/06/2016 - 15:29

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Arnaldo Jardim, secretária estadual de Agricultura

Arnaldo Jardim, secretária estadual de Agricultura

Autoridades aguardam ã cerimônia de abertura

Autoridades aguardam ã cerimônia de abertura

Brito Cruz, diretor científico da Fapesp

Brito Cruz, diretor científico da Fapesp

Sérgio Carbonell, diretor geral do IAC

Sérgio Carbonell, diretor geral do IAC

Jonas Donizette, prefeito de Campinas

Jonas Donizette, prefeito de Campinas

O primeiro workshop do Agropolo Campinas-Brasil, sobre “Bioeconomia, uma oportunidade para o Brasil: de uma economia baseada em recursos fósseis rumo à bioeconomia”, foi aberto na manhã desta terça-feira no anfiteatro do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e prossegue na quarta. O Agropolo é uma plataforma interinstitucional criada em 2015, fundamentada no conceito de inovação colaborativa, que tem por objetivo desenvolver projetos de cooperação técnica nas áreas de agricultura, alimentos, saúde, química verde e bioenergia. As atividades visam à pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, com extensão a outras instituições de pesquisa e empresas com sede nas regiões de Campinas e de Montpellier (França), onde se sedia a Agropolis Internacional, inspiradora da iniciativa brasileira. 

O prefeito de Campinas Jonas Donizette, que preside o Agropolo tendo o reitor da Unicamp José Tadeu Jorge como vice, integrou uma missão a Montpellier em abril (uma primeira foi realizada em novembro de 2015). “Tive duas sensações. A primeira foi de quanto o Agropolo é realmente importante para a cidade, para a dinâmica da sua economia. Montpellier se expandiu muito. Também pude observar que, como Campinas, eles já possuíam uma rede e foram promovendo esta interligação. Estamos fazendo o novo daquilo que já existe – e poucas cidades têm esta possibilidade, esta força do conhecimento. Já está decidido que todos os nossos projetos serão orientados para três campos: agregação de valor, geração de emprego e redução de emissão de CO2.” 

Participando da mesa de abertura, o professor Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, assegurou total apoio da agência ao Agropolo Campinas-Brasil. “Nós da Fapesp vemos com enorme interesse esta iniciativa porque visa a bioeconomia, que é um dos setores mais interconectados com o resultado no Brasil. Campinas vai se conectar e tornar a bioeconomia mais eficiente. Li sobre uma empresa na rodovia Campinas-Mogi Mirim que fabrica 45% dos embriões bovinos do mundo, graças a um pesquisador que fez doutoramento na Unesp, trabalhou na Unicamp e foi contratado por esta empresa para fazer a pesquisa com financiamento da Fapesp. A empresa hoje tem laboratórios em vários países.” 

Brito Cruz informou que a agência já recebeu um projeto do Agropolo e, inclusive, passou o final de semana discutindo detalhes com seus propositores. “Daremos rapidamente uma boa notícia sobre o financiamento. Outra boa notícia é que iniciamos conversação com a Secretaria de Agricultura sobre uma iniciativa para trazer aos institutos do Estado de São Paulo certo número de jovens pesquisadores, que serão selecionados mundialmente pelos três programas da Fapesp. A Secretaria e o governo estadual oferecerão as vagas para que esses jovens prestem o concurso, dentro de três ou quatro anos, à medida que o projeto avance, a fim de oxigenar o sistema que já é muito forte.” 

Arnaldo Jardim, secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, elogiou a forma como o conceito do Agropolo Campinas-Brasil foi formulado, ressaltando que a transição para a bioeconomia é impositiva. “Há a demanda mundial relacionada às mudanças climáticas, a demanda mandatária da legislação federação que precisamos cumprir, bem como da legislação estadual rigorosa que impõe metas ousadas para redução de gases de efeito estufa. Só conseguiremos cumprir a determinação legislativa se tivermos mudanças dos padrões de produção e de consumo, em que o conceito de bioeconomia é indispensável.” 

O diretor geral do IAC, Sérgio Carbonell, disse que este primeiro workshop dá início a uma série de 14 eventos, organizados por IAC, Unicamp e Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos). Neste workshop, as palestras do primeiro dia tiveram o objetivo de apresentar o projeto de políticas públicas PPPBio, o compartilhamento de conhecimento e experiências, bem como a identificação de tópicos principais e fatores críticos para implementação das mudanças tecnológicas rumo à bioeconomia. As palestras da quarta-feira são para apresentar as diretrizes do roadmap, avaliar os principais tópicos relacionados aos impactos e incertezas para desenvolvimento de novas rotas tecnológicas e apresentar a agenda das próximas reuniões.