Painel dos 50 Anos da Unicamp discute
impactos das tecnologias de informação
15/09/2016 - 15:20
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“Os Impactos das Tecnologias da Informação” foi o tema do último evento da série Perspectivas Unicamp 50 Anos, realizado nesta quinta-feira no Centro de Convenções. O painel com duas mesas-redondas foi dedicado a Claude Shannon, no centenário de seu nascimento, abordando o desenvolvimento da área da informação, seu estágio atual, aplicações em ciência e na sociedade, bem como as perspectivas e desafios na área. Também foi apresentado um panorama conciso da pesquisa e das aplicações em TI nas diferentes unidades da Unicamp.
A mesa da manhã, “Impactos das tecnologias de informação: desafios e perspectivas”, foi coordenada pela professora Sueli Irene Rodrigues Costa, do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc), que destacou a presença de convidados internacionais de alto nível: Alon Orlitsky, da Universidade da Califórnia-San Diego (EUA); Amin Shokrollahi, da Escola Politécnica Federal de Lusanne (Suíça); e Bart Preneel, da Universidade de Leuven (Bélgica). Helio Waldman, professor da Unicamp e emérito da Universidade Federal do ABC (UFABC), completou a mesa.
“Um dos grandes desafios de hoje em tecnologia da informação é de como lidar com o enorme número de dados existentes, como desenvolver tecnologias para armazenar tudo isso. Outros desafios estão na necessidade de economizar energia com TI e, nas áreas biológicas, com o desenvolvimento, por exemplo, de softwares para ajudar no diagnóstico”, observou Sueli Costa, que também justificou a homenagem a Claude Shannon. “Ele é considerado um dos pais da área da informação e seu trabalho mais conhecido, de 1948, é uma abordagem matemática das comunicações, que permitiu vários desenvolvimentos. Seu centenário de nascimento está sendo comemorado em todo o mundo.”
A professora Ítala D’Ottaviano, presidente da Comissão dos 50 Anos da Unicamp, coordenou a mesa da tarde, sobre “Impactos das tecnologias da informação na filosofia, nas artes e nas ciências”, que teve contou com a participação de Gregory Chaitin, da IBM (EUA) e UFRJ/Cope; Li Li Min, professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp; Maria Eunice Quilici Gonzalez, do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE) da Unicamp e Unesp/FFC; e Rafael Capurro, da Universidade de Stuttgart (Alemanha).
“Vamos discutir aspectos positivos da sociedade digital, mas também aspectos negativos que tornam o homem de certa forma escravo das tecnologias”, adiantou Ítala D’Ottaviano. “Apesar da relevância e das conquistas que a tecnologia da informação traz para as ciências, comunicação e também para a arte, existem vários riscos para os quais a sociedade não está tão alerta. São riscos como os relativos a vigilância, alterações da identidade pessoa e também das relações sociais. Também vamos discutir quanto essas tecnologias podem aprimorar a expressão da arte e a inter-relação entre autor, intérprete e observador. No campo da filosofia, dos assuntos colocados à mesa são a definição de uma área específica, a filosofia da informação, e a necessidade de uma ética informacional.”