50 anos contribuindo com o Brasil
04/10/2016 - 17:03
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Cinquenta anos redondos separam a Unicamp do lançamento de sua pedra fundamental. Passadas cinco décadas desde a fundação em 5 de outubro de 1966, sua presença produziu impactos significativos nos planos regional e nacional. A Universidade abriga atualmente 8% da pesquisa acadêmica brasileira e 12% da pós-graduação nacional. A média anual de teses e dissertações defendidas é de 2,1 mil e 99% de seus professores possuem título de doutor. Esse batalhão do ensino e pesquisa lidera o ranking nacional per capita de publicações científicas nas revistas internacionais catalogadas. “Se a produção acadêmica for calculada pelo desempenho de cada pesquisador, a Unicamp é, atualmente, a mais produtiva universidade brasileira”, analisa o reitor José Tadeu Jorge.
A relevância dessa produção científica pode ser verificada na participação direta da Unicamp em pesquisas que alcançaram repercussão nacional e internacional. Entre elas, o desenvolvimento da primeira fibra ótica nacional (1979); o Programa Biota-Fapesp, criado para identificar, mapear e investigar as características da fauna, da flora e dos microrganismos do Estado de São Paulo (1999); o Projeto Genoma, financiado pela Fapesp, que decifrou o sequenciamento genético da bactéria Xyllela fastidiosa, causadora da praga do amarelinho, doença que afeta 30% dos laranjais paulistas (2000); e o sequenciamento genético da levedura Saccharomyces cerevisiae, que responde por 30% da produção de etanol no Brasil (2009).
Segundo o reitor Tadeu Jorge, as conquistas alcançadas nestes 50 anos estão diretamente relacionadas o regime de autonomia de gestão financeira com vinculação das receitas orçamentárias à arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) paulista, que teve início em 1989. “A partir daquele momento, o desempenho da Unicamp passou a apresentar saltos quantitativos e qualitativos de grande impacto no cenário nacional”, analisa. Leia artigo do reitor Tadeu Jorge no Correio Popular de 5 de outubro
De fato, os indicadores são significativos. Todos os anos, cerca de 800 doutores são formados, uma marca capaz de despertar admiração até mesmo em líderes de algumas universidades americanas e européias. E em cinco décadas, a Unicamp formou mais de 65 mil jovens profissionais em seus cursos de graduação. Além disso, milhares de profissionaus formados na universidade atuam em empresas, governo e organizações sociais, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país. Como pólo de científico e cultural, a Universidade reuniu grandes nomes no meio acadêmico. Entre eles, Cesar Lattes, André Tosello, Gleb Wataghin, Vital Brasil, Giuseppe Cilento, Octávio Ianni, Almeida Prado e Bernardo Caro, entre muitos outros.
Transformar conhecimento científico em negócios bem sucedidos também tornou-se uma especialidade entre ex-alunos e ex-pesquisadores da Unicamp. Nos arredores da universidade, empresas de professores, ex-professores e ex-alunos, idealizadas nas salas de aula da universidade, formam a versão brasileira do Vale do Silício, o pólo de inovação científica e tecnológica criado em torno de universidades americanas. Essa “Califórnia Campineira” é formada por 434 “empresas filhas”, que proporcionam mais de vinte mil empregos diretos e faturam mais de R$ 3 bilhões por ano.
“A Unicamp nos possibilitou acesso à enorme quantidade de conteúdo e pesquisa de ponta, incluindo a colaboração com centros de pesquisa fora do Brasil”, diz César Gon, que concluiu mestrado em Ciência da Computação em 1995 e hoje é um dos proprietários da CI&T, especialista global em soluções digitais escolhida por empresas líderes para conduzir suas iniciativas mais inovadoras. No ano em que celebrou duas décadas de existência, a empresa faturou R$ 340 milhões e estima ultrapassar R$ 400 milhões em 2016.
“Segundo Gon, o relacionamento com professores que são PhDs e referências em suas áreas de especialização, além do ambiente de empreendedorismo, de diversidade de ideias, de busca de excelência e aprendizado colaborativo que caracteriza a Unicamp, foram fatores decisivos em sua formação. “Tenho certeza que foi dessa soma de conhecimento, networking e empreendedorismo que nasceu a CI&T, em 1995. De lá para cá, a forte relação com a universidade é algo em que acredito e faço questão de manter”, afirma. “Sem dúvida, a Unicamp nos ajudou a compor o nosso DNA, tendo como premissas a colaboração, a inovação e a transformação”.
No campo da inovação tecnológica, a Universidade acaba de atingir a marca de mil patentes vigentes. Deste total, 125 estão licenciadas a empresas. “Esse indicador de quase 13% das patentes licenciadas evidencia que a Unicamp tem uma história proativa em busca de parcerias com o setor empresarial”, diz o diretor executivo da Agência de Inovação da Universidade, Milton Mori. “Estamos fazendo o nosso papel de levar à sociedade avanço, benefícios e qualidade de vida a partir das parcerias com empresas intensivas em conhecimento”, completa.
Entre os casos de maior destaque no campo da inovação tecnológica figuram o teste de surdez genética, que permite detectar a deficiência auditiva em recém-nascidos; duas tecnologias para a obtenção de isoflavonas agliconas da soja, que deram origem ao medicamento fitoterápico à base dessas substâncias, produto certificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratamento dos sintomas da menopausa; e a tecnologia para o desenvolvimento de um novo medicamento sintético indicado para o diabetes melitus (tipo 2).
A geração de riqueza por meio da ciência também pode ser verificada nas centenas de parcerias com empresas, que vão desde o pequeno produtor em busca de uma solução para viabilizar economicamente o seu produto, à gigante Petrobras, que aproveita a efervescência intelectual dos cientistas para aprimorar sua técnica de retirada de petróleo das águas profundas do mar.
Além do ensino e da pesquisa, o tripé de atividades acadêmicas inclui as relações com a sociedade, por meio das quais a Universidade devolve ao contribuinte, em serviços de qualidade, parte do investimento de seus impostos. O setor de saúde é o aspecto mais visível dessa atividade. O setor é composto pelo Hospital de Clínicas (HC), o Hospital da Mulher Professor Doutor José Aristodemo Pinotti (Caism), o Hospital Estadual de Sumaré (HES), o Gastrocentro, o Hemocentro e a área de atendimento da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), cobrindo uma área de 90 municípios e uma população superior a seis milhões de habitantes.
Esse complexo de atendimento hospitalar abriga 857 leitos, o triplo do que seria necessário para as aulas práticas de seus estudantes de medicina. O que sobra é serviço público e gratuito, que em 2015 possibilitou cerca de 37 mil internações, 890 mil consultas ambulatoriais, 56 mil cirurgias, 5,2 mil partos e 6,5 milhões de exames laboratoriais.
“Considerado um dos cinco maiores hospitais públicos do interior do Estado, o HC da Unicamp consolidou ao longo de três décadas sua capilaridade assistencial de alta complexidade referência para uma região de quase 100 municípios, com cerca de 6,5 milhões de habitantes”, diz o superintendente do Hospital de Clínicas, João Batista de Miranda. “Nesse sentido, o HC tem desempenhado um papel fundamental em sua capacidade de interação com a sociedade regional”, completa.
Houve ainda avanços significativos no vestibular, com destaque para o Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (PAAIS), que aumentou a bonificação concedida a estudantes que cursaram o ensino médio integralmente em escolas públicas. A reforma mais recente do PAAIS, realizada em 2015 e aplicada no vestibular 2016, criou uma bonificação, até então inédita, para as provas da primeira fase, concedendo-se 60 pontos para estudantes do sistema público e mais 20 pontos para estudantes do sistema público autodeclarados PPIs. Já na segunda fase, as bonificações passaram a ser de 90 pontos para egressos do ensino médio público e de 30 pontos para egressos de escolas públicas autodeclarados PPIs.
Como resultado dessas medidas, mais da metade (51,9%) dos estudantes aprovados no vestibular 2016 da Unicamp cursaram o ensino médio em escolas públicas. E, desses, 43% são autodeclarados pretos, pardos ou indígenas (PPI). Com esses números, a Universidade supera as metas de inclusão social definidas pelo Conselho Universitário em 2013 e previstas para serem atingidas apenas no ano de 2017. O maior número até então era de 34% oriundos da escola pública.
Com objetivo similar, o Programa de Formação Interdisciplinar Superior (Profis) busca os melhores alunos dos cursos públicos de ensino médio na região de Campinas oferecendo-lhes vaga em um curso sequencial de dois anos e, em seguida, dependendo do desempenho, em cursos de graduação regulares da universidade, sem necessidade de prestar o exame vestibular.
“Todas estas conquistas apontam para o inequívoco amadurecimento institucional, em que pese a Unicamp ser uma universidade ainda jovem para os padrões nacionais e internacionais”, observa o reitor Tadeu Jorge. Segundo ele, porém, os resultados alcançados nestes 50 anos de atividades não retratam ações individuais ou de grupos isolados. “Constituem, antes de tudo, o esforço de toda uma comunidade, na qual se integram docentes, funcionários e estudantes, aos quais deve ser creditado o mérito das realizações”, completa.
Ex-reitores avaliam contribuição da Unicamp à sociedade
Carlos Vogt
O objetivo principal de uma instituição universitária é formar profissionais competentes, nas mais diversas áreas do conhecimento, que atuem, na sua especialidade, com responsabilidade ética e social. Nesse sentido, formá-los também como cidadãos que desenvolvam, portanto, suas ações sempre norteadas pela busca da verdade, da beleza e da bondade. A Unicamp sempre foi um exemplo desse compromisso e, nesses 50 anos, que agora se comemoram, sobressai a forma pela qual a universidade tem contribuído para o ensino, a pesquisa e a extensão em nosso país.
Carlos Henrique de Brito Cruz
A cada ano a Unicamp obtém mais resultados e se torna mais reconhecida nacional e mundialmente. Em sua trajetória de 50 anos, a comunidade da Unicamp tem se empenhado, na maior parte do tempo com sucesso, para que valores de natureza acadêmica sejam determinantes nas decisões da universidade. Graças a este compromisso a Unicamp tem sido um dos bons exemplos a defender a ideia de universidade pública no Brasil. Leia artigo na Pesquisa Fapesp
Fernando Costa
A missão precípua da universidade é educar pessoas. A formação dos indivíduos preparados para enfrentar, com visão crítica, os desafios do mundo atual em todas as áreas do conhecimento é absolutamente imprescindível para o desenvolvimento do Brasil. Os dados disponíveis mostram que nesses 50 anos a Unicamp formou líderes e inovadores em todos os campos do conhecimento. Como exemplo, podemos citar que com origem na Unicamp se destacam lideranças na indústria, em políticas públicas, em educação, tecnologia, economia, agricultura e saúde. As pesquisas científicas de reconhecida qualidade que são realizadas na Unicamp sem dúvida contribuíram de maneira significativa para criar na região de Campinas um dos mais importantes pólos de desenvolvimento tecnológicos do país.
Martins Filho
Dificil falar da principal contribuição dada pela unicamp à sociedade, porque são muitas contribuições em todas as áreas da ciencia, da educação e da prestação de serviços. Eu entendo que todas elas são importantes, mas algo inegável é o papel da Unicamp e de toda sua área da saúde na prestação de serviços de atendimento médico, odontológico e de especialidades que é realizado por toda a nossa área da saúde, principalmente pelo Hospital de Clínicas, o Caism, o Hemocentro, o Gastrocentro, o Centro de Investigação em Pediatria, o Cipoi. As pesquisas e os projetos de prevenção de cancer, doenças graves e crônicas e também o papel do pronto socorro, que atende uma população muito grande de toda a região de Campinas e arredores, com forte influência em todo o Estado de São Paulo, também no Vale do Ribeira, Mato Grosso do Sul, Triâgulo Mineiro e outras regiões. A área da saúde da universdiade é tão importante que não dá para imaginar como seria o atendimento das pessoas mais carentes de toda essa região se a unicamp aqui não estivesse.
Hermano Tavares
São muitas as contribuições da Unicamp que geraram impacto na sociedade e seria difícil restringi-las a alguns pontos específicos. Sem dúvida, porém, uma das mais importantes contribuições é e formação de profissionais altamente capacitados para fomentar o desenvolvimento do Pais. Não apenas em termos quantitativos, mas também qualitativos, correspondendo a uma significativa contribuição para com a sociedade brasileira.
O Projeto Zeferino
A Unicamp nasceu do propósito do governo de São Paulo de instalar no interior do Estado uma nova universidade que fosse uma grande escola de ensino superior e, ao mesmo tempo, um pujante centro de pesquisas. Quando se tratou de escolher quem a organizaria, o governo encontrou em Zeferino Vaz a pessoa com o estofo certo para a missão.
Ao aceitar a incumbência, Zeferino pediu carta branca para contratar, no Brasil e no exterior, quantos pesquisadores precisasse para o projeto. Foi assim que, antes mesmo da construção dos primeiros prédios, ele atraiu para as imediações do campus cerca de 200 pesquisadores estrangeiros e outros 180 que, como ele próprio (Zeferino foi diretor da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto), aceitaram trocar suas instituições de origem pela nova universidade que nascia em um distrito de Campinas, Barão Geraldo, em gleba doada ao estado pela família Almeida Prado, proprietária da terra.
O projeto de instalação da Unicamp veio responder à demanda crescente por pessoal qualificado numa região do Brasil, o Estado de São Paulo, que já nos anos 60 detinha 40% da capacidade industrial do país e 24% de sua população ativa. Até então, o sistema de ensino superior estava voltado para a formação de profissionais liberais solicitados pelo processo de urbanização, como advogados, médicos e engenheiros civis. Necessitava-se, portanto, de uma universidade que desse ênfase especial à pesquisa tecnológica e mantivesse, desde o início, forte vínculo com o setor produtivo.
Desse modo, diferentemente da tradição brasileira de crescimento cumulativo de suas universidades graças à justaposição de cursos e unidades, a Unicamp foi planejada como um projeto orgânico e coeso. A definição dos cursos a serem implantados demandou uma série de reuniões com representantes da indústria e da sociedade. As unidades e os laboratórios surgiram assim em função de necessidades concretas do mercado, que na época exigia engenheiros, químicos, físicos, biólogos, matemáticos e economistas, entre outros profissionais.
50 Anos, ano a ano
A origem da Unicamp está na campanha pela instalação de uma faculdade de Medicina em Campinas, deflagrada em 1946 pelo jornalista Luso Ventura, no Diário do Povo. A campanha, que durou quase duas décadas, levou à criação do Conselho de Entidades de Campinas em 1955, e à aprovação da criação da faculdade pelo governo do Estado em 1958, mas sem a oferta dos meios necessários para sua instalação. A luta foi retomada em 1960, tendo o professor Cantídio de Moura Campos como diretor pró-tempore da faculdade e a adesão da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas, na figura de seu presidente Roberto Franco do Amaral. O Conselho de Entidades, por sua vez, era liderado por Eduardo de Barros Pimentel, Ary de Arruda Veiga e Ruy Rodrigues.
A Universidade Estadual de Campinas foi criada legalmente como entidade autárquica em 1962. No ano seguinte, começou a funcionar a Faculdade de Medicina, provisoriamente instalada nas dependências da Maternidade de Campinas. Moura Campos foi nomeado reitor da universidade, e o oftalmologista Antônio Augusto de Almeida, diretor da faculdade, que contratava como primeiro docente o professor Walter August Hadler. O primeiro vestibular, em abril de 63, teve 1.592 candidatos para 50 vagas. No mesmo mês foi instalado o Conselho de Curadores da Universidade. Em agosto o governo nomeou reitor o professor Mário Degni, que tomou posse em outubro.
Em setembro de 1965, na gestão de Adhemar de Barros, criou-se por decreto a Comissão Organizadora da Universidade Estadual de Campinas, com a finalidade de continuar a implantação da Faculdade de Medicina e de estudar e planejar a instalação das demais unidades da universidade. A Comissão era presidida por Zeferino Vaz.
1966
Lançada em 5 outubro a pedra fundamental do campus da Unicamp, numa gleba de 30 alqueires doada por João Adhemar de Almeida Prado, a 12 quilômetros do centro de Campinas. O lançamento acontece um mês depois de Zeferino Vaz se reunir com empresários da região para definir o perfil dos cursos a serem implantados. O governo libera recursos para a construção dos primeiros edifícios e o Conselho Estadual de Educação autoriza a instalação e o funcionamento dos Institutos de Biologia, Matemática, Física e Química, das Faculdades de Engenharia, Tecnologia de Alimentos, Ciências e Enfermagem, e dos Colégios Técnicos. Em 22 de dezembro, através de decreto do governador Laudo Natel, Zeferino Vaz é nomeado reitor.
1967
Em janeiro é incorporada a Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), fundada em 1955, e constituído o Conselho Diretor. É instalado o Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), que já nos anos 70 realizaria importantes pesquisas, e constituído o Instituto de Química (IQ), em pouco tempo considerado centro latino-americano de excelência. Criada a Faculdade de Tecnologia de Alimentos (FTA), a primeira da América Latina na área. Surgem o Colégio Técnico de Campinas (Cotuca) e a Associação dos Servidores da Unicamp (Assuc). Em novembro entra em operação um símbolo da nova modernidade, o computador IBM 1130.
1968
Inaugurado o primeiro edifício do campus, que aloja provisoriamente o Instituto de Biologia (IB) e mais tarde a Administração. Cria-se o Departamento de Planejamento Econômico e Social, que daria origem ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e mais tarde ao Instituto de Economia (IE), uma das principais escolas de pensamento econômico do país. Instala-se o Instituto de Matemática, Estatística e Ciência da Computação (IMECC) e o Colégio Técnico de Limeira (Cotil).
1969
É instalado o Instituto de Biologia (IB), que de imediato se destaca por suas pesquisas em genética, microbiologia e zoologia. Criada a Faculdade de Engenharia de Campinas (FEC), abrigando os departamentos de Engenharia Mecânica e Elétrica (e em 1975 o de Engenharia Química). Cria-se também o Centro de Computação. A Unicamp incorpora a Faculdade de Engenharia de Limeira (FEL), segunda unidade fora do campus de Campinas. Em decreto do governo de 30 de junho, são baixados os Estatutos da Unicamp.
1970
A Unicamp firma-se como importante pólo de produção de pesquisas e de cultura e reúne grandes nomes no meio acadêmico. Entre eles, Cesar Lattes, André Tosello, Sérgio Porto, Gleb Wataghin, Vital Brasil, Marcelo Damy, José Ellis Ripper Filho, João Manuel Cardoso de Mello, Rogério Cerqueira Leite, Giuseppe Cilento e Benito Juarez, entre outros.
1971
Criado o Departamento de Música, futuro Instituto de Artes (IA), e inaugurados os pavilhões para as áreas de Química, Matemática, Centro de Tecnologia (CT), Centro de Vivência Infantil, Restaurante Universitário, Faculdade de Engenharia, Ciclo Básico e Administração Geral da Universidade.
1972
Iniciam-se as atividades da Faculdade de Educação (FE), que passa a oferecer disciplinas de caráter pedagógico para os currículos de Licenciatura. Inaugurado o Centro de Tecnologia (CT), órgão de prestação de serviços e de apoio às unidades de ensino e pesquisa. São inauguradas várias outras obras de infra-estrutura e edifícios, como o Ciclo Básico, onde os alunos de diferentes cursos assistem às aulas de disciplinas básicas.
1973
Inauguradas as instalações do setor de deficientes auditivos e visuais do Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação Gabriel Porto (Cepre), e também da Faculdade de Engenharia de Limeira (FEL) e do Colégio Técnico (Cotil) daquela cidade.
1974
Em setembro o Instituto de Biologia (IB) muda-se para o novo prédio, dando novo impulso às pesquisas. Tem inicio o curso de Pedagogia da Faculdade de Educação (FE).
1975
Instalado no gabinete do reitor o terminal de computação. Lançada a pedra fundamental do Hospital das Clínicas (HC). Inicia-se o Programa de Pós-graduação em Educação. A Faculdade de Tecnologia de Alimentos (FTA) passa a denominar-se Faculdade de Engenharia de Alimentos e Agrícola (FEAA).
1976
Em 10 de outubro é registrado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) o logotipo da Universidade. No mesmo mês, o decreto nº 78.531 do Ministério da Educação reconhece a Unicamp como instituição. É constituído o Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), antes Departamento de Lingüística do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH).
1977
Nasce a Associação dos Docentes da Unicamp (Adunicamp). A Associação dos Servidores (Assuc), hoje Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), instala-se em sua sede.
1978
A inauguração de vários pavilhões amplia a estrutura física da Universidade (Cirurgia Experimental, Engenharia, Física, Química, Matemática, Filosofia e Ciências Humanas, Centro de Computação, Codetec, Genética, Biblioteca Central e outros). Dá-se por encerrada a implantação da Unicamp e com ela termina a administração pró tempore do reitor e fundador Zeferino Vaz, que se aposenta compulsoriamente aos 70 anos. O professor Plínio Alves de Moraes, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), assume a Reitoria por quatro anos. Zeferino passa a presidir a Fundação para o Desenvolvimento da Unicamp (Funcamp), recém-constituída.
1979
O atendimento ambulatorial no Hospital das Clínicas (HC) do campus tem início em fevereiro de 1979. Inicia-se a implantação do Instituto de Geociências (IG), que se concentra na pesquisa e na pós-graduação. Do Departamento de Música criado em 1971 surge o Instituto de Artes (IA), com diversas habilitações.
1980
Em março começa o curso de pós-graduação em nível de mestrado oferecido pelo Departamento de Engenharia Química da Faculdade de Engenharia de Campinas (FEC). A Faculdade de Ciências Médicas (FCM) desenvolve programas visando cumprir os seus objetivos com a comunidade (controle de câncer de útero e de mama, estímulo ao aleitamento materno, atenção materno-infantil, saúde mental, entre outros). Realiza-se em novembro o IV Encontro Brasileiro de Lógica, organizado pelo Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLEHC).
1981
Morre Zeferino Vaz, a 19 de fevereiro, vítima de problemas coronarianos. Em outubro a Universidade entra em grave crise, tendo oito diretores exonerados e 14 membros da Associação dos Servidores da Unicamp (Assuc) demitidos. O Governo de São Paulo decreta intervenção na Universidade.
1982
Professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), o ginecologista e obstetra José Aristodemo Pinotti assume como reitor efetivo da Unicamp. É iniciada a reconstrução física do campus e implementado um amplo processo de institucionalização interna e de reforma dos Estatutos. São criados a Assessoria de Imprensa e o Centro de Comunicação. A Editora inicia suas atividades.
1983
Instalada a Prefeitura do campus. Amplia-se a discussão da reforma institucional da Universidade, que funcionava com estatutos emprestados da USP. Inaugurados o Parque Ecológico, o Serviço Médio e Odontológico para a comunidade interna e o Centro de Convivência Infantil. Surge a Orquestra de Câmara da Universidade. Instalado o Centro de Informação e Difusão Cultural (Cidic), órgão que desencadeou a modernização do Sistema de Bibliotecas e a política de preservação da memória da Universidade. Assinado contrato de empréstimo para término das obras do Hospital das Clínicas (HC). É oficialmente criado o Instituto de Geociências (IG).
1984
É criado o Instituto de Economia (IE). São retomadas antigas obras paralisadas, que ao final da gestão dobram a área útil do campus. É criado junto à Reitoria o Escritório de Ex-Alunos.
1985
Surgem novas unidades: a Faculdade de Educação Física (FEF), cujas primeiras atividades foram desenvolvidas pela Assessoria Técnica da Reitoria para Educação Física e Esportes (Atrefe), criada em 1972; e a Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) e a Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri), originadas do desmembramento da Faculdade de Engenharia de Alimentos e Agrícola (FEAA). Surge ainda o Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemocentro).
1986
O economista Paulo Renato Costa Souza assume como o novo reitor. São criadas cinco pró-reitorias: Graduação, Pesquisa, Extensão e Assuntos Comunitários, Desenvolvimento Universitário e Pós-Graduação. Inaugurados o Hospital das Clínicas (HC) e o Centro de Saúde da Comunidade (Cecom). Da Faculdade de Engenharia de Campinas (FEC) é desmembrada a Faculdade de Engenharia Elétrica (FEE). A Universidade adquire em novembro a área do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA). O Conselho Universitário (Consu) substitui ao Conselho Diretor como órgão máximo da Universidade, que assim completa o seu processo de reforma institucional. Criada a Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest).
1987
Reformulado integralmente o exame vestibular da Unicamp. São abolidos os testes de múltipla escolha e valorizadas as questões dissertativas. No campo da pesquisa, a Unicamp define cinco áreas prioritárias: biotecnologia, informática, química fina, energia e novos materiais. Com o auxílio da Petrobrás é criado o Centro de Engenharia do Petróleo (Cepetro), onde são realizadas pesquisas e ministrados os cursos de mestrado em geoengenharia de reservatórios e engenharia de petróleo. Cria-se o curso de Filosofia no IFCH e o Sistema de Informação de Pesquisa (Sipe). É concluído o complexo hospitalar, centro de referência para uma região de quatro milhões de habitantes. Físicos da Unicamp participam de programa na Antártida.
1988
Instalado o primeiro curso noturno, o de matemática. Como reflexo das mudanças no vestibular, o número de inscritos sobe de pouco mais de 13 mil no ano anterior para cerca de 35 mil. É implantado o quadro de carreiras dos servidores. O Hemocentro torna-se modelo para o programa de controle emergencial de hemoterapia e hematologia implantado em todo o Estado de São Paulo. A Faculdade de Engenharia de Limeira (FEL) muda-se para o campus de Campinas e passa a ter a denominação Faculdade de Engenharia Civil (FEC). No campus de Limeira passa a funcionar o Centro Superior de Educação Tecnológica (Ceset).
1989
A Unicamp reequipa seus laboratórios. Adquire o computador IBM 3090, o primeiro a ser instalado numa universidade latino-americana, e inaugura em modernas instalações a Biblioteca Central, de onde são geridas 20 bibliotecas setoriais. Instalam-se a Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) e a Faculdade de Engenharia Química (FEQ), como desmembramento da antiga Faculdade de Engenharia de Campinas (FEC). No HC, entram em funcionamento o Centro Cirúrgico e a Unidade de Terapia Intensiva, que estavam em local provisório. O campus tem ampliada consideravelmente sua área física, principalmente no conjunto de Engenharia Mecânica. As universidades estaduais paulistas (Unicamp, USP e Unesp) conquistam a autonomia institucional e financeira do governo do Estado. São entregues as 30 primeiras casas da Moradia Estudantil.
1990
O lingista e poeta Carlos Vogt é o novo reitor. Para sistematizar as relações com a indústria cria-se o Escritório de Transferência de Tecnologia (ETT). Inicia-se o programa de qualificação docente com o Projeto Qualidade. Acrescentam-se 80 mil metros quadrados de obras físicas ao campus. É inaugurada a sede própria do Centro de Diagnóstico de Doenças do Aparelho Digestivo (Gastrocentro) da Unicamp. A equipe da Universidade recebe o Prêmio Conselho Brasileiro de Oftalmologia de 1989 pelo Projeto Catarata, e o Lions Humanitary Award. É criado o Serviço de Apoio ao Servidor (SAS).
1991
Com o Projeto Qualidade aumenta em 50% o número de defesas de teses na pós-graduação em relação a 1989. Em outubro a Unicamp comemora seu jubileu de prata. É instalado na Engenharia Elétrica equipamento de litografia por feixe de elétrons, usado em microeletrônica. Com o atleta Adauto Domingues, o professor Asdrúbal Ferreira Batista, já falecido, traz ouro de Havana (Cuba) nos 3.000 metros com obstáculos dos Jogos Pan-americanos.
1992
Oito novos cursos noturnos são implantados: Ciência da Computação, Engenharia de Alimentos, Engenharia Elétrica, Engenharia Química, Física, Ciências Sociais, Processamento de Dados e Educação Física. Começa o Programa Estágio de Capacitação Docente. Também criados o Serviço de Medicina Nuclear do HC e o Centro Oftalmológico de Referência. A Funcamp firma seu milésimo convênio. A FOP chega aos 35 anos, o Departamento de Raios Cósmicos do IFGW completa 25 anos e o Grupo de Termoquímica do IQ, duas décadas.
1993
Criados o Programa de Transplante de Medula Óssea, o Núcleo Softex 2000 e a Associação de Ex-Alunos. Implantado o catálogo de bibliotecas em CD-ROM. A Editora da Unicamp consolida seu projeto editorial e recebe o Prêmio Jabuti por três publicações. Nasce no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) o primeiro bebê de proveta. A Engenharia Elétrica dobra sua produção de teses e desenvolve, junto com o Instituto de Física, um sistema que aprimora a produção de chips. A Faculdade de Ciências Médicas (FCM) completa 30 anos.
1994
Toma posse como reitor, o médico pediatra José Martins Filho. No Colégio Técnico de Limeira (Cotil) começa a funcionar o curso técnico de Qualidade e Produtividade, primeiro do gênero no país. Surge o Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho (Cenapad). Tem ínicio o projeto TV Universidade com a apresentação de programas semanais junto à TV Cultura de São Paulo. Implantada a rede científica na área de Geologia, resultado de convênio entre a Unicamp e a Universidade do Chile. Criada a Coordenadoria Geral da Informática (CGI). O Arquivo Edgard Leuenroth (AEL) comemora 20 anos e a Editora leva 300 títulos para a Bienal Internacional.
1995
Cresce de 74% para 77,2% o percentual de professores da Unicamp com titulação mínima de doutor. Evolui de 919 para 1.002 o número de teses e dissertações defendidas ao longo do ano. Sobe de 6.557 para 7.202 o número de alunos matriculados nos cursos de graduação, enquanto os cursos de extensão alcançam mais de 4.500 (15% acima do anterior).
Implanta-se o Centro de Incentivo à Parceria Empresarial. São inauguradas a nova biblioteca da FCM e nova avenida de acesso ao campus. O HC realiza o 500° transplante renal. O Centro de Memória (CMU) também completa uma década e recebe do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) acervo de três mil imagens.
1996
Alunos da Unicamp participam do programa “Universidade Solidária” no Nordeste. Começa o processo de reengenharia nas engenharias. Criado o Instituto de Computação (IC), a 20ª unidade de ensino. Alterados os nomes da FEE para Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) e do Imecc para Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (permanece a sigla). Em parceria com a Embrapa, é inaugurado o Centro Nacional de Pesquisa Tecnológica em Informática para a Agricultura (Cnptia). O campus ganha o ponto de encontro da Praça da Paz. A Unicamp celebra o 30° aniversário.
1997
Convênio com o Ministério de Ciência e Tecnologia transfere verbas de 6,5 milhões para a Universidade, através de seis projetos aprovados pelo Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex) – no final do ano, outros nove projetos resultam em mais 6,3 milhões para pesquisas. O Conselho Universitário aprova novos cursos de graduação para 98 e 99, com o que a Universidade praticamente atinge a cota de 1/3 de suas vagas no período noturno. Iniciada a construção de 18 salas de aulas no novo Ciclo Básico. A reforma do Ginásio Multidisciplinar está em fase de conclusão. O novo Serviço de Cirurgia Cardíaca do HC, implantado em 1994, comemora mil cirurgias realizadas, um marco entre os hospitais públicos brasileiros que oferecem este tipo de serviço. Ultrapassa-se o patamar de 1.200 teses defendidas.
1998
Alcança-se a marca de 85% de docentes com titulação mínima de doutor. Consolidada a Moradia dos Funcionários, projeto com 840 residências prontas, das quais, no período, foram entregues as primeiras 233. Hermano Tavares é eleito novo reitor da Unicamp e inicia sua gestão com inúmeras reformas administrativas. O professor Walter August Hadler falece em novembro.
1999
O Consu coloca em pauta a reforma dos Estatutos da Unicamp, de forma a adaptá-lo à nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB). A Universidade lança seu novo Website, facilitando a atualização diária das informações. Realizado no Centro de Convenções o 1º Seminário Mercosul-Unicamp, com o objetivo de integrar os países do Cone Sul. O Grupo Técnico de Planejamento Ambiental dá inicio a atividades que visam a implementação de uma política ambiental para a Cidade Universitária. Vários eventos e escolha de logotipo marcam as comemorações dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil. Em iniciativa pioneira, a Universidade apóia o curso “Realidade Brasileira” em parceria com o Movimento Sem Terra (MST).
2000
Unicamp, com 30 outras instituições, finaliza a sequência completa do código genético da bactéria xylella fastidiosa, dentro do Projeto Genoma, financiado pela Fapesp. Recebe vários prêmios, dos quais “Luta pela Terra”, concedido pelo Movimento dos Sem-Terra. Concede os títulos de Honoris Causa ao cardeal D. Paulo Evaristo Arns e a D. Pedro Casaldáliga, bispo de São Félix do Araguaia. Inaugurado no Centro de Tecnologia o Laboratório do Departamento de Normalização e Inspeção.
Empresas juniores da Unicamp se associam para a realização de projetos sociais. Faculdade de Ciências Médicas propõe mudanças no currículo de medicina para reforçar formação mais humanística com conteúdo ético. Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação,em parceria com Universidade da Flórida (EUA), Instituto Tecnológico de Monterey (México), Fundação Getúlio Vargas e Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro desenvolve projeto para levar conteúdo de ciências a escolas através do ensino à distância.
2001
A Unicamp torna-se sede do Centro Nacional de Referência em Energia de Hidrogênio (CENEH). É construído o prédio para sede do Projeto Ensino a Distância (PED), anexado ao Centro de Computação. Criada a disciplina de Bioinformática no contexto do Projeto Genoma. Realizado encontro com prefeitos do Estado visando à elaboração de projetos que beneficiem de imediato a população. Implantada a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares. Implantado o Serviço de Auditoria Interna. O Projeto Catarata comemora 15 anos no combate à cegueira, tendo realizado 5 milhões de consultas e 1 milhão de cirurgias. Realiza-se no campus o I Encontro Nacional dos Estudantes.
2002
O físico Carlos Henrique de Brito Cruz assume como o novo reitor. O Conselho Universitário aprova a ampliação de 15% nas vagas dos cursos de graduação e a criação dos cursos de Midialogia, Farmácia e Tecnologia em Telecomunicações. Entra em funcionamento curso especial de Pedagogia para 400 professores da rede de educação municipal da Região Metropolitana de Campinas. Iniciado programa de cátedra bilateral com a Universidade de Buenos Aires.
2003
Criada a Agência de Inovação da Unicamp (Inova). Unicamp passa a responder por aproximadamente 12% da pós-graduação brasileira, tanto em número de alunos quanto em volume de teses e dissertações defendidas. Faz-se investimento recorde na infra-estrutura do ensino de graduação e nos programas de assistência estudantil. Vestibular bate recorde de inscrições, com 50.307 inscritos. O programa “Unicamp de Portas Abertas”, iniciado neste ano, recebe 30 mil estudantes de cinco estados. Treinamento de 1.600 professores da rede de ensino e fundamental e médio através do Programa “Teia do Saber”. Extensão do programa “Cátedra Unicamp” para Portugal e Espanha. Iniciado programa de cooperação com universidades de países do Cone Sul. Criada a Biblioteca Digital da Unicamp.
2004
Aprovada no Conselho Universitário a criação do Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (Paais), destinado a ampliar o número de alunos procedentes de escolas públicas nos cursos de graduação da Unicamp. Vestibular bate novo recorde em número de inscritos, 6% mais que no ano anterior. Prédio-símbolo do ensino de graduação, Ciclo Básico é inteiramente reformado. Segunda edição do evento “Unicamp de Portas Abertas” recebe 35 mil estudantes de 600 escolas de cinco estados. Iniciada política de estímulo ao registro e licenciamento de patentes juntos aos pesquisadores. Conselho Universitário define 16 programas prioritários no contexto do Planejamento Estratégico da Unicamp. Criada a Ouvidoria da Unicamp.
2005
Conselho Universitário aprova a criação de novo campus na cidade de Limeira, com previsão de 1.000 novas vagas. Vestibular passa a realizar provas em 25 cidades em todo o país. Terceira versão do “Unicamp de Portas Abertas” recebe 47 mil estudantes de 744 escolas de oito estados. Unicamp sobe ao topo da lista das instituições brasileiras com maior número de patentes registradas e licenciadas. Implantação do Projeto Kyatera, baseado na Unicamp e destinado a interligar as principais instituições científicas do Estado. Iniciado programa de qualificação de 6.021 gestores da rede pública de ensino do Estadio. Começa a implantação dos 16 programas prioritários do Planejamento Estratégico da Unicamp. Atinge o patamar de 96% o número de docentes com titulação mínima de doutor.
2006
É defendida a milésima dissertação de mestrado. Unicamp de Portas Abertas (UPA) recebe 60 mil estudantes de nove estados brasileiros. Unicamp recebe acervo pessoal de Cesar Lattes. Governador lança pedra fundamental do campus 2 de Limeira. Estação Guanabara é inaugurada. Faculdade de Ciências Médicas (FCM) recebe Prêmio Saúde Oncológica Latino-Americano. Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) inaugura clínica odontológica. Nature Genetics, uma das publicações científicas mais respeitadas do mundo, destaca pesquisa do Hemocentro. Unicamp idealiza e coordena o mais amplo programa de pesquisa multidisciplinar para o mapeamento do cérebro. É inaugurado o Centro de Memória e Arquivo Setorial da Faculdade de Ciências Médicas (FCM). XIV Congresso de Iniciação Científica expõe 1.050 projetos de pesquisa. Hospital Estadual Sumaré recebe certificado de acreditação hospitalar Nível 3 – a mais alta classificação.
2007
Reitor José Tadeu Jorge procede ao descontigenciamento de vagas, estende benefício da sexta-parte aos funcionários celetistas e dispõe R$ 10 milhões para melhoria da infraestrutura das unidades. É oferecido o Programa de Gestão Estratégica Pública (PGEP) para capacitar dirigentes da administração pública brasileira. Faculdade de Educação (FE) forma 4,2 mil gestores em Gestão Educacional. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) realiza exposição comemorativa ao centenário de nascimento do Oscar Niemeyer. Instituto de Biologia (IB) completa 40 anos. Pesquisas da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) são premiadas em Boston no 59º Congresso da Academia Americana de Neurologia. Biblioteca Digital dispõe 50% das teses defendidas na Universidade em meio digital. Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC) atinge a marca da milésima tese defendida. A Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp) comemora cinco anos com certificação. Unicamp atinge a marca de 500 patentes vigentes depositadas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
2008
Emenda destina R$ 3,9 milhões para a construção de um centro de pesquisas integradas no Instituto de Economia (IE). R$ 32 milhões são destinados ao ensino de graduação, pesquisa e segurança no campus. São oferecidos cursos inéditos de graduação à distância: Licenciatura em Letras-Libras e Bacharelado em Tradução e Interpretação Letras-Libras. Acontece na Unicamp a 60ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O campus da nova unidade em Limeira é inaugurado e tem o nome Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) oficializado pelo Conselho Universitário (Consu).
2009
É instituído o Grupo de Trabalho para incrementar a internacionalização da universidade (GTI). Uma década de bioinformática. com o sequenciamento completo do DNA da bactéria Xylella fastidiosa. Unicamp sedia o 17° Congresso de Leitura do Brasil (Cole). Morre em São Paulo o médico, deputado federal e ex-reitor da Unicamp José Aristodemo Pinotti. Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) ganha o Grande Prêmio Capes de Tese.
2010
É criado o Programa de Formação Interdisciplinar Superior (ProFIS), com 120 vagas como forma de acesso diferenciado à universidade para alunos de escolas públicas de Campinas. Produção científica chega a 8% da produção nacional. Investimento em obras físicas alcança um montante de R$ 106 milhões. Praça do Ciclo Básico inicia processo de reforma para integração sociocultural do campus de Barão Geraldo. Teatro escola começa a ser construído e terá uma área de aproximadamente 5.700m² e capacidade para 350 lugares. Iniciadas as obras para construção de um prédio para o curso de Midialogia, com 1.100m². Entra em fase de construção o Museu de Artes Visuais (MAV) que contará com cerca de 2.800m². É lançado edital de chamada interna no valor de R$ 4 milhões para projetos de qualificação e melhoria da qualidade do ensino. Chegam a 46% os cursos de pós-graduação com conceito 6 ou 7 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Hospital de Clínicas (HC) conquista o prêmio “Destaque em Transplantes”, concedido pela Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo.
2011
A Unicamp é considerada a melhor universidade pública do país pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), instrumento do Ministério da Educação (MEC) para aferir a qualidade dos cursos de graduação e o desempenho acadêmico dos estudantes. Na pós-graduação, praticamente metade dos cursos (45%) apresenta nível de excelência internacional. Avaliação Trienal de 2010 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) aponta conceito 7 para 14 cursos e conceito 6 para outros 15. Dos 64 cursos avaliados, 22 mereceram nota 5, o que representa um padrão muito bom de qualidade. Universidade ocupa posições de destaque em diferentes avaliações internacionais, como a terceira colocação no QS University Rankings Latin America. Unicamp é a universidade brasileira com o maior número de pedidos de patentes depositados entre 2004 e 2008.
2012
Universidade é a primeira do Estado de São Paulo em produção per capita de artigos científicos publicados em revistas internacionais indexadas. Na graduação, número de alunos matriculados sobe de 17.650, em 2011, para 18.026 em 2012. Destaque para a formação da primeira turma do Programa de Formação Interdisciplinar Superior (ProFIS), curso que criou 120 novas vagas e uma nova forma de acesso à Universidade para alunos das escolas públicas de ensino médio de Campinas.
2013
Vestibular avança com Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (PAAIS), que aumentou a bonificação concedida a estudantes que cursam o ensino médio integralmente em escolas públicas. Universidade também sobe 13 posições no ranking da QS World Universities. No campo da internacionalização, é criada a Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais (VRERI), visando incrementar as parcerias internacionais.
2014
Número de alunos oriundos da rede pública matriculados na graduação aumenta 20% de 2013 para 2014. Diferença positiva ocorreu graças ao aumento do bônus oferecido por meio do Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (PAAIS). Programa de melhoria de infraestrutura recebe R$ 31.623.000,00 em recursos. Processo de avaliação institucional proporciona análise interna e externa das unidades de ensino e dos colégios técnicos, culminando com a revisão do Planes 2011-2015.
2015
O Conselho Universitário (Consu) aprova mudanças no Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social, com o objetivo de ampliar a inclusão social nos cursos de graduação da Unicamp. As mudanças aprovadas estabeleceram a adição de 60 pontos às notas da primeira fase do Vestibular, para candidatos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas da rede pública, e mais 20 pontos para candidatos que se autodeclararem pretos, pardos ou indígenas e que também tenham cursado o ensino médio integralmente em escolas da rede pública. Até o ano anterior, os pontos eram usados somente após a segunda fase. A medida passou a ser aplicada a partir do Vestibular Unicamp 2016.
2016
A Unicamp alcançou a marca de mil patentes ativas após o depósito junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) da tecnologia. Conheça a pesquisa da milésima patente