Debaixo de chuva no campus Swift da Universidade Paulista (Unip), em Campinas (SP), os candidatos a uma vaga na Unicamp participaram hoje (17/01) do terceiro dia de provas da segunda fase do vestibular. Eles fizeram as provas de ciências da natureza: biologia, química e física. A estudante Nathália Isabella dos Santos Rodrigues, de 18 anos, conta que sua paixão pela carreira de química despertou quando, aos 8 anos, ganhou de sua madrinha um brinquedo chamado alquimia em que se podia fazer experimentos químicos. “A partir daí eu me apaixonei. Eu tentei quatro vezes até entrar no técnico e, agora, estou tentando o curso de química tecnológica na Unicamp. Eu sou muito persistente.”
Filha de vendedores de Campinas, Nathália reconhece que a chuva estava muito mais propícia para um dia de sossego e descanso em casa. “Mas tem que correr atrás do sonho. Até agora as provas estavam relativamente fáceis, acho que fui bem no geral. Hoje, a expectativa é boa, com provas de química e física. Como eu já tenho um curso técnico da área de química, espero que isso possa ajudar. Escolhi a Unicamp porque moro em Campinas, mas, principalmente, porque é a mais conceituada, enfim, a melhor”, resume.
Por uma vaga mais viável num curso de ensino superior, Eunice Costa de Lima, de 20 anos, teve que adiar o sonho de se tornar médica pela Unicamp. “Depois de três anos tentando medicina sem sucesso, eu disse: ‘vamos tentar algo menos concorrido e que eu tenha um pouquinho mais de conhecimento. Estou prestando química agora.”
Moradora de Indaiatuba (SP), Eunice conta que a necessidade de um curso de ensino superior e de um emprego teve mais importância neste momento. “Eu preciso arrumar um emprego. Ter um curso superior abre muitas portas nesse sentido. Mais para frente eu retomo o sonho de medicina. Medicina eu gosto desde pequena, me identifiquei bastante, sempre foi uma paixão na minha vida. Estou prestando química porque fiz o técnico, gosto da área e por algum motivo achava que tinha relação com a medicina.”
De Juiz de Fora (MG), Lucas Herdy, 19 anos, tenta pela primeira vez uma vaga ao curso de engenharia elétrica na Unicamp. “No primeiro dia de provas foi bem tranquilo. Ontem foi mais puxado, principalmente nas provas de geografia e história, áreas que eu não sou muito bom. E hoje são as provas de ciências da natureza. Gosto bastante de física e química. Biologia nem tanto, mas acho que dá pra passar”, revela.
“Quando fiz o ensino médio, cursei junto o técnico em mecânica industrial. As áreas de automação e circuito foram as que mais gostei. Portanto, como eram áreas mais voltadas para a elétrica, eu acabei optando por esse curso. E escolhi a Unicamp pelo renome da Universidade e também pelo tecnopolo de Campinas.”
André Batista de Lima, 23 anos, também está prestando o vestibular da Unicamp pela primeira vez. Morador de Santa Bárbara Doeste (SP), ele concorre a uma vaga ao curso de artes visuais. “Gosto muito de artes: música, teatro, dança, modelagem. Já fiz um pouco de tudo. Minha expectativa, caso eu passe no vestibular, é aprender bastante. Acho que vai ser fantástico. E quem sabe algum dia eu faça artes cênicas também, que acho muito bacana.”
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