A Unicamp lançará nesta quinta-feira (14) o Programa de Relotação de Servidores (PRS) da carreira de Profissionais de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Paepe). O objetivo da iniciativa é promover a movimentação de recursos humanos entre os órgãos e unidades de ensino e pesquisa da Universidade. O evento ocorrerá a partir das 16h, na sala do Conselho Universitário (Consu), e contará com a participação de dirigentes da instituição.
O PRS, explica a coordenadora-geral da Unicamp, professora Teresa Atvars, tem por finalidade aprimorar a gestão do quadro de profissionais da Universidade. Atualmente, segundo a docente, a mobilidade de servidores é possível, mas o processo está pouco articulado. “Com esta medida, que faz parte do nosso programa de gestão e está em consonância com o Planejamento Estratégico da Unicamp, nós pretendemos conciliar a necessidade de recursos humanos das unidades e órgãos ao interesse do funcionário por uma mudança de local de trabalho”.
De acordo com a coordenadora-geral, diversas unidades e órgãos da Universidade estão desguarnecidos de recursos humanos em diferentes áreas. O problema ocorre por diversas razões, entre elas aposentadorias e desligamentos. “Ao buscar uma resposta para a questão em âmbito interno, sem a realização de concursos públicos, a Unicamp evita ampliar suas despesas com folha de pessoal ao mesmo tempo em que procura valorizar os seus profissionais”, considera a professora Teresa Atvars.
A dirigente adianta que boa parte do processo de relotação ocorrerá de forma online. Uma ferramenta que será disponibilizada no sítio da Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH) reunirá as vagas oferecidas pelos órgãos e unidades de ensino e pesquisa, com a descrição pormenorizada dos requisitos exigidos do funcionário e das atividades que ele desempenhará. O candidato, então, registrará o seu interesse pela vaga. Todo o processo será acompanhado por um Comitê de Análise Técnica, formado por membros da DGRH e da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário (PRDU), que serão designados pelo reitor Marcelo Knobel.
O último estágio da seleção será uma entrevista com o candidato à vaga, que será feita pelo órgão ou unidade de ensino e pesquisa interessado no profissional. Segundo a resolução que instituiu o PRS, os servidores que cumprem estágio probatório não poderão participar do programa. O documento também estabelece que “em nenhuma hipótese haverá alteração da referência salarial do servidor em razão da efetivação da relotação”. “É importante que as pessoas entendam que o programa não representa um processo de promoção. Este é um tema afeto à carreira, que será devidamente tratado em outra oportunidade”, esclarece a coordenadora-geral da Universidade.
A professora Teresa Atvars acrescenta, ainda, que não é possível fazer estimativas em relação ao número de vagas ou de profissionais que serão envolvidos no PRS. “Estamos considerando esta primeira rodada, que deverá se encerrar em meados de novembro, como um projeto-piloto. Ao final do processo, teremos condições de avaliar o que funcionou e o que não funcionou bem. Isso nos permitirá fazer os ajustes necessários, para aí sim abrirmos um programa de fluxo contínuo”, detalha.
Veja texto da resolução que criou o Programa de Relotação de Servidores (PRS)