O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) e o Fórum das Seis iniciaram na tarde desta quinta-feira (07) a terceira reunião de negociação para discutir o índice de reajuste salarial dos servidores nas três universidades estaduais paulistas. No dia 03 de maio houve uma reunião técnica e, no dia 17 de maio, em novo encontro com o Fórum das Seis, o Cruesp propôs um reajuste de 1,5%.
O terceiro encontro entre os reitores e o Fórum das Seis estava inicialmente marcado para o dia 30 de maio, mas foi cancelado pelo fato de o Conselho Universitário da Unicamp (Consu) ter sido impedido de reunir-se no dia anterior em razão de piquetes promovidos pelo movimento sindical. Diante desse quadro, a Reitoria da Unicamp marcou uma nova reunião do Consu, que foi realizada na última terça-feira (05), quando os conselheiros, após ampla discussão, homologaram o índice proposto pelo Cruesp. Com isso, o Cruesp confirmou a terceira reunião para esta quinta-feira (07).
Antes da reunião do Consu, a reitoria da Unicamp divulgou nota informando que, independentemente da homologação dos índices propostos, as discussões entre o Cruesp e o Fórum das Seis continuam ocorrendo. Segundo a nota, a homologação dos índices pelos Conselhos Universitários da Unicamp e da USP não implica que as discussões sejam encerradas.
O Conselho Universitário da USP já homologou o reajuste de 1,5% proposto para 2018. O índice foi aprovado em reunião realizada no dia 29 de maio – mesma data em que o Conselho Universitário da Unicamp deveria ter deliberado sobre o assunto. Os trabalhadores da USP e da Unesp já receberam o aumento proposto em seu salário.
No que se refere ao reajuste para 2018, o Cruesp foi claro em afirmar que a decisão de propor um aumento de 1,5% representa um esforço das três universidades em buscar repor ao menos o índice de inflação dos últimos anos, mesmo em um momento de grave crise. Embora o reajuste de 1,5% não corresponda às expectativas de docentes e funcionários, sua aplicação terá um impacto considerável sobre as despesas anuais da Unicamp, que aumentarão em cerca de R$ 26,5 milhões.