Caiu a temperatura, fazendo justiça ao nome do programa: “Ciência e Arte nas Férias de Inverno”, o “CAFin 2018”. Mas no auditório da Faculdade de Ciências Médicas havia música para aquecer a manhã gelada na cerimônia de abertura. A camerata de cordas do projeto Primeira Nota, uma parceria da Prefeitura Municipal de Campinas com o Instituto de Artes (IA) da Unicamp, executou um repertório eclético, com direito a bis.
Na plateia estavam os mais de noventa alunos do ensino fundamental, selecionados em 25 escolas da rede municipal de Campinas. Até o dia 18 de julho os estudantes participam de diversas atividades na Unicamp, envolvendo todas as áreas do conhecimento, em período integral. Eles são supervisionados por professores e pesquisadores da Universidade e o principal objetivo do programa é despertar o interesse dos estudantes para a pesquisa científica e atividades artísticas.
As oficinas acontecem no Instituto de Química (IQ), Instituto de Computação (IC), Instituto de Artes (IA) e Instituto de Biologia (IB); além da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Faculdade de Educação Física (FEF), Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEEC) e Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam). Em cada atividade, os participantes vão aprender um pouco sobre como é feita a pesquisa em uma universidade.
O CAFin é organizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. Representando o pró-reitor de pesquisa Munir Salomão Skaf, o assessor Benilton de Sá Carvalho pediu que os alunos utilizassem a oportunidade para refletir sobre a importância da pesquisa na vida de cada um ali presente. Ele citou melhorias que a ciência proporcionou na vida das pessoas.
A pró-reitora de Graduação Eliana Amaral representou o reitor Marcelo Knobel na cerimônia. Ela comentou sobre iniciativas da Unicamp voltadas aos estudantes de ensino médio ou fundamental, como o Unicamp de Portas Abertas (UPA) e o Programa de Formação Interdisciplinar Superior (Profis). Amaral também chamou a atenção para a quantidade de alunos da rede pública na instituição. “Temos que responder as necessidades da nossa comunidade. É importante que a rede pública ocupe os espaços da universidade pública”, destacou.
A expectativa dos alunos é só aprender, cada vez mais. Além de fazer novos amigos. Giovana Galvão, da escola Violeta Doria Lins, no bairro Vila Rica estava entusiasmada com a possibilidade de conhecer a Unicamp e quem sabe um dia voltar como aluna de graduação em engenharia. Yasmim Letícia, da mesma escola, também trocou as férias em casa, pelas férias na universidade. “Quero aprender bastante coisa”, ela disse. A professora Solange Villon Pelicer, secretária municipal de Educação, destacou que os alunos que participam do programa voltam como multiplicadores para suas escolas. “Eles se encantam com a universidade e sentem que podem estar aqui um dia”.