Unicamp ocupa a 40ª posição no ranking das universidades de países com economias emergentes

A Unicamp manteve-se no grupo das 40 melhores universidades de países com economias emergentes, segundo ranking divulgado na tarde desta terça-feira (15) pela revista britânica Times Higher Education (THE), especializada na avaliação de desempenho de instituições de ensino superior. De acordo com a publicação, a Universidade ocupa a quadragésima posição na relação, sendo a segunda mais bem colocada do Brasil, ficando atrás somente da Universidade de São Paulo (USP), que está no 15º posto. Ao todo, foram analisadas 450 universidades de 43 países.

Na atual edição do ranking, as três universidades estaduais paulistas perderam posições em comparação com a relação anterior. Em 2018, a Unicamp ocupou na 33ª posição, enquanto a USP ficou na 14ª. Já a Universidade Estadual Paulista (Unesp), que aparecia na 162ª colocação em 2018, caiu para a 166ª este ano. Ao todo, 36 instituições brasileiras aparecem no estudo, que considera os mesmos 13 indicadores de desempenho que o THE World University Rankings.

Estes, porém, são calibrados para refletir as prioridades de desenvolvimento das escolas superiores em países com economias emergentes. Na avaliação, são levadas em consideração áreas como ensino (o ambiente de aprendizagem); pesquisa (volume, rendimento e reputação); citações (influência de pesquisa); perspectiva internacional (equipe, estudantes e pesquisadores); e rendimento da indústria (transferência de conhecimento).

O reitor Marcelo Knobel afirmou que a Unicamp está analisando os resultados divulgados pela THE. Ele lembra que os rankings são muito competitivos, com várias universidades em situação muito similar. “Se analisarmos a pontuação, ela se manteve basicamente constante, mas certamente algumas universidades passaram à nossa frente. Ainda temos que avaliar os resultados, para saber se essa mudança de posição é somente uma flutuação natural ou uma tendência, não somente para a Unicamp, mas para as universidades brasileiras como um todo”.

Foto Scarpa

Knobel ressaltou que a Universidade não tem o posicionamento em rankings como objetivo. “Acreditamos que isso deva ser consequência do trabalho que realizamos para melhorar o ensino, a pesquisa e a extensão”. O reitor também enfatizou que a Unicamp tem estimulado parcerias estratégicas com universidades em diferentes regiões do mundo, como forma de ampliar a internacionalização das pesquisas e publicações.

Além disso, tem feito esforços para ampliar as colaborações interdisciplinares e em diminuir a burocracia para pesquisadores e professores. “Em geral, a Universidade tem sofrido bastante com a crise econômica, e estamos fazendo o possível para que essa crise não tenha consequências em nossas atividades, que são fundamentais para o Estado de São Paulo e o Brasil”, declarou.

Na opinião de Ellie Bothwell, editora global de rankings da THE, o cenário brasileiro é de estagnação. A publicação britânica indica que o desempenho do país está ligado a cortes financeiros. "Como em muitos países da América Latina, o setor de ensino superior do Brasil está sofrendo sérios efeitos colaterais dos contínuos cortes de financiamento", aponta Ellie. O ranking é dominado por universidades chinesas, que ocupam as quatro primeiras colocações. Entre as 30 primeiras, também aparecem universidades russas, sul-africanas, turcas e indianas.

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Unicamp ocupa 40ª posição entre universidades de países com economias emergentes

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