Campus cresce com
23 mil m2 de obras novas
A Unicamp investiu R$ 76 milhões em obras físicas e infra-estrutura bibliográfica no período 2002-2004. Os recursos para criação ou reequipamento de laboratórios, aquisição de material bibliográfico e de apoio e para as obras nos campi vieram do orçamento da Universidade, do tesouro estadual e de fontes extra-orçamentárias. Segundo o Escritório Técnico de Construção (Estec), foram realizadas cerca de 95 mil m2 de obras físicas, dos quais 23.241m2 de edificações novas.
Entre as obras executadas destacam-se a reforma e o reequipamento de salas de aula do conjunto do Ciclo Básico e construções novas ou ampliações no Hospital das Clínicas, no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), na Faculdade de Educação, no Instituto de Química, na Faculdade de Engenharia Química, na Faculdade de Engenharia Civil, na Faculdade de Engenharia de Alimentos, no Instituto de Biologia e no Centro de Computação, entre outras. Além dessas, há ainda quase 30 mil m2 de obras em execução, com destaque para as novas instalações do Instituto de Geociências (9.769 m2) e do Arquivo Edgard Leuenroth, além de edificações novas ou ampliações em diversas unidades.
O Hospital das Clínicas passou por obras diversas, como a recuperação da fachada, a ampliação da ala de internação para o acréscimo de 32 leitos (eram 402) e a construção da unidade leito-dia para transplante de medula óssea. O Laboratório de Cateterismo Cardíaco foi ampliado e dotado de novos equipamentos, dobrando a capacidade de atendimento de 60 para 120 procedimentos mensais. Foi concluído um prédio para a Unidade de Terapia Intensiva, enquanto o Serviço de Radioterapia teve suas instalações expandidas. Em outubro último, as UTIs ganharam mais 19 leitos graças a recursos suplementares de R$ 2 milhões do governo do Estado.
O Estec aponta ainda a construção do Teatro de Eventos da FCM, as obras de proteção territorial e de recuperação física no campus de Limeira e um conjunto de benfeitorias nas unidades que custaram perto de R$ 18 milhões. O Restaurante Universitário (RU) e o Refeitório Administrativo (RA) passaram por uma série de melhorias, como ampliação da linha de produção a vapor para cocção de alimentos e reformas das áreas de manipulação, em três câmaras frigoríficas e dos vestiários, além da construção de uma nova plataforma de carga e descarga. A total remodelação do Ciclo Básico I e as reformas na Moradia Estudantil já foram destacadas entre os investimentos na graduação.
Laboratórios - No período 2002-2004 foram instalados vários laboratórios novos. O Laboratório de Implantação Iônica e Tratamento de Superfícies, no Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), surgiu de um investimento de R$ 2,3 milhões, com financiamento da Fapesp e da empresa Eaton. A Oficina de Jornalismo Científico do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade (Nudecri) veio dar suporte ao Laboratório de Estudos em Jornalismo Científico (Labjor) e ao curso de pós-graduação lato sensu oferecido na área. No Instituto de Computação, o novo Laboratório de Informática está equipado com tecnologias para a aplicação de clusters e integrado por 80 computadores e 140 processadores conectados em rede.
Um centro técnico virtual instalado no campus de Campinas em parceria com a IBM Brasil, o Linux Technology Center (LTC), foi conectado a laboratórios similares espalhados pelo mundo com o objetivo de treinar desenvolvedores de software livre de alta qualidade; um equipamento doado pela Intel permitirá que pesquisadores acessem a infra-estrutura para desenvolvimento de aplicações multimídia para PDAs e telefones celulares. No Laboratório Experimental de Petróleo (LabPetro), fruto de contrato com a Petrobras, serão desenvolvidas tecnologias para aprimorar o processo de produção de petróleo. O Centro de Computação agora mantém o Laboratório de Inovação e Componentização de Software, em convênio com a Ci&T Software, onde pesquisadores trabalharão em projetos para reduzir custos e aumentar a agilidade na implantação de soluções de software.
Foram investidos R$ 39 milhões
na compra de periódicos e livros
Com o investimento de R$ 39 milhões na compra de periódicos científicos e livros para a graduação no período 2002-2004, manteve-se atualizada a coleção de aproximadamente 6 mil títulos correntes indispensáveis à dinâmica intelectual e acadêmica da Unicamp. Ao mesmo tempo, foram ampliados para R$ 16,1 milhões os recursos para manutenção das assinaturas de periódicos em 2005. Esses recursos incluem R$ 400 mil para a compra de livros para o ensino de graduação.
Também no período 2002-2004 a Unicamp iniciou a preparação do Módulo de Circulação (empréstimo) integrado do software da base Acervus. O módulo e os dados de usuários foram parametrizados conforme as categorias estabelecidas pelo projeto do cartão Universitário em implantação na Unicamp. A implantação do módulo em todas as bibliotecas permitirá gerenciar de forma integrada a circulação de livros, além de oferecer outras facilidades on-line aos usuários e às próprias bibliotecas.
Um avanço importante foi a implementação de um projeto de acessibilidade para o público interno e externo. Recursos da Fapesp levaram à aquisição de equipamentos para locomoção de usuários com necessidades especiais e softwares com áudio para deficientes visuais. Esse Laboratório de Acessibilidade também contou com recursos da Universidade, possibilitando uma parceria entre a Biblioteca Central e o Centro de Pesquisas em Reabilitação Gabriel Porto (Cepre), que oferece suporte diário com profissionais especializados na orientação desses usuários.
Devem ser mencionadas, ainda, outras iniciativas como o início da implantação do Laboratório de Preservação de Obras Raras e Especiais, com apoio da Fundação Vitae; o curso de treinamento para auxiliar de bibliotecas; a triplicação do volume de monografias catalogadas na base Acervus; a participação de bibliotecários da Unicamp no XII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, com a apresentação de 19 trabalhos; e a implantação em andamento da Biblioteca Cicognara, um acervo de história da arte dos séculos XVI e XVII, com 5 mil livros adquiridos pelo Departamento de História em formato de microfilme.
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Tarifas
O uso de softwares gratuitos e a introdução do sistema de interface celular trouxeram a otimização e melhoria do sistema de telefonia na Unicamp. A recuperação de ramais fora de uso, com a substituição das placas analógicas por digitais, permitiu a desativação de 340 linhas diretas em dois anos. No abastecimento de água, um programa de racionalização trouxe uma marcante redução de 19% no consumo. O plano de energia elétrica foi expandido à média anual de 5%, enquanto um convênio com a CPFL reduziu em 20% o custo da energia nos hospitais das Clínicas e de Sumaré.
Esgoto
Para equacionar um problema crônico do distrito onde está situado o campus central, a Unicamp firmou acordo com a companhia de saneamento de Campinas para a construção de uma estação de tratamento. A Universidade contribuirá com R$ 4,8 milhões na primeira etapa da obra, que atenderá a 50 mil pessoas e ajudará na despoluição do rio Atibaia. A Unicamp também é primeira universidade pública a promover uma ação institucional para equacionar a questão dos resíduos químicos, biológicos e radioativos gerados em suas unidades.
Computação
No período 2002-2004 o Centro de Computação (CCUEC) se reestruturou para manter a qualidade dos seus serviços e reduzir o custo de propriedade dos sistemas de tecnologia de informação e comunicação. Como exemplo, criou aplicações com serviços na Web para a entrada de notas e freqüências e o sistema de alteração de matrícula pelos alunos. Na área de pesquisa, o CCUEC desenvolveu um sistema para transporte de dados entre a Plataforma Lattes e o Sipex, e o E-Science, ferramenta de gerência de informações para grupos de pesquisa.
Cartão inteligente
Desenvolvido e gerenciado pelo CCUEC, o cartão inteligente substituiu a tradicional identidade estudantil no final de 2004. O cartão traz um chip que permite aos alunos agregar vários benefícios como controle de acesso a bibliotecas e restaurantes, serviços administrativos, certificação digital e outras aplicações. O documento já vinha sendo adotado por professores e funcionários.
Manutenção
O Centro de Manutenção de Equipamentos (Cemeq) reparou 23.651 equipamentos no período 2002-2004. Depois de mapear os principais problemas e necessidades das unidades da Unicamp, o Cemeq passou a executar um plano para atualizar o parque interno de informática, montando e integrando 1.978 computadores e servidores corporativos nesse período.
Gestão
A fim de avaliar, otimizar e definir estratégias sobre os custos organizativos da Unicamp, implantou-se um projeto de gestão de custos e sistemas de informações gerenciais e recursos humanos. A gestão de processos também teve atenção com um projeto visando uma cultura administrativa de identificação e revisão de todos os processos críticos. Houve ainda a preocupação de aferir a satisfação com os serviços internos, por meio de pesquisa de opinião realizada inicialmente no Cecom, Diretoria Geral de Recursos Humanos e Restaurante Universitário.
Otimização
Entre as ações de otimização administrativa, destacam-se as parcerias da Diretoria Geral de Administração com o Caism e a Editora da Unicamp, que resultaram em melhor armazenamento de seus itens de estoque, eliminando a necessidade de estocagem externa. A reformulação dos contratos de terceirização dos serviços de limpeza também gerou grande economia.
Auditoria
O trabalho de Auditoria da Unicamp, em seus primeiros três anos de existência, resultou em 70 relatórios produzidos a partir de levantamentos e análises em unidades de ensino e pesquisa, núcleos e centros interdisciplinares, unidades da área hospitalar e em órgãos da PRDU. Uma atuação que contribuiu para melhorar o desempenho de serviços como almoxarifado, gestão de fundos, compras, contabilização patrimonial, contratos e convênios.
Modernidade
A Unicamp segue como uma das universidades brasileiras mais bem informatizadas e melhor equipadas em tecnologia da informação. Nessa gestão, a partir de um levantamento dos investimentos e dos recursos humanos resistentes, a Universidade elaborou o Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação e Comunicação, definindo metas e uma política na área para os próximos anos.