| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 355 - 16 a 22 de abril de 2007
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Iniciativa dá visibilidade a projetos, agiliza consultas e abre
oportunidades para parcerias e colaborações

PRP disponibiliza espaço virtual para
redes de pesquisas em áreas temáticas

CLAYTON LEVY

O pró-reitor de Pesquisa, professor Daniel Pereira: “A idéia é estabelecer uma sinergia entre grupos multidisciplinares que desenvolvem temas estratégicos e a partir daí abrir caminho para novas parcerias” (Foto: Antoninho Perri)Cientistas, estudantes e investidores interessados em parcerias voltadas para ciência, tecnologia e inovação, já contam com uma importante fonte de informações sobre pesquisas em áreas temáticas em desenvolvimento na Unicamp, instituição que responde por 11% da produção científica acadêmica no país. A Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) está disponibilizando em sua página na internet um espaço para os pesquisadores da Universidade darem visibilidade aos projetos em que estão trabalhando e estabelecerem redes virtuais com outras unidades. A iniciativa visa agilizar a consulta de usuários internos e externos, além de propiciar possíveis relacionamentos focando temas estratégicos.

“O objetivo é oferecer de forma fácil e rápida novas oportunidades para colaborações em projetos multidisciplinares e interunidades, além de atrair empresas que queiram investir em pesquisa”, explica o pró-reitor de Pesquisa, Daniel Pereira. Segundo ele, as redes temáticas também serão uma importante ferramenta de planejamento estratégico, na medida em que possibilitarão a nucleação de grupos, bem como a definição de políticas e ações destinadas à produção científica sintonizada com as demandas atuais para o desenvolvimento econômico e social.

Dados servirão de ferramenta para planejamento estratégico

“Na área de energia, por exemplo, as informações disponibilizadas poderão apontar para a possibilidade de se criar grupos voltados especificamente para pesquisa em biocombustíveis”, observa o pró-reitor. Ainda no âmbito do planejamento institucional, Daniel Pereira diz que a rede virtual poderá oferecer subsídios para abertura de novas frentes de pesquisa. “A partir da identificação dos recursos humanos em áreas estratégicas, pode-se propor a criação de novos programas de pós-graduação”, explica. Do mesmo modo, segundo o pró-reitor, as informações poderão subsidiar uma política de contratações para formação de novos grupos em áreas ainda não exploradas.

Pós-graduanda em laboratório do Instituto de Química: de acordo com o pró-reitor Daniel Pereira, a rede virtual poderá oferecer subsídios para abertura de novas frentes de pesquisaSinergia – Segundo Daniel Pereira, embora a produção científica da Unicamp seja significativa – é a instituição acadêmica brasileira com maior índice per capita de publicações –, nem sempre os pesquisadores conhecem todos os projetos que têm afinidade com o seu trabalho. “A idéia é estabelecer uma sinergia entre grupos multidisciplinares que desenvolvem temas estratégicos e a partir daí abrir caminho para novas parcerias”, destaca.

Atualmente, para conhecer os projetos em andamento na Universidade, o interessado – interno ou externo – tem de buscar informações nas diferentes unidades ou nas páginas dos diversos grupos de pesquisa. Com a rede virtual criada pela PRP, o perfil dos pesquisadores e os trabalhos desenvolvidos estarão reunidos num único espaço virtual. “Acreditamos que essa medida facilitará muito a atividade de cientistas interessados em estabelecer parcerias com a Universidade”, destaca Pereira.

Além de incrementar parcerias entre pesquisadores, a rede virtual, segundo Daniel Pereira, funcionará como importante ferramenta para alavancar investimentos da iniciativa privada voltados para inovação tecnológica. “As empresas interessadas poderão propor parcerias relacionadas a projetos em andamento ou a criação de novas áreas temáticas envolvendo pesquisadores de unidades diferentes”, explica.

Já para os pesquisadores, a disponibilização das informações poderá representar a oportunidade de parcerias visando a aquisição de verbas por meio de editais públicos. Como exemplo, o pró-reitor cita os recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) destinados à infra-estrutura. “Dois ou mais grupos poderão se organizar para pleitear o financiamento de um equipamento que servirá a todos”, diz. “Nesse caso, as chances de sucesso são maiores”, completa.

A página com as informações sobre pesquisadores e linhas de pesquisa poderá ser acessada a partir do endereço da Pró-Reitoria de Pesquisa (http://www.prp.rei.unicamp.br/portal/ ). Em seguida, o interessado deverá acessar o link “Redes Temáticas Virtuais da Unicamp”. Por enquanto, o serviço está disponibilizando nove redes temáticas (veja tabela nesta página). Novas linhas poderão ser acrescentadas.

Para participar da rede virtual, o pesquisador deverá efetuar o cadastramento preenchendo os dados solicitados. O interessado poderá participar de todas as redes disponíveis ou apenas daquelas de seu interesse específico. Uma vez cadastrado, ele escolherá palavras-chave relacionadas à sua área de pesquisa e adicionará um link com informações sobre seu currículo profissional. “O sistema é de fácil navegação e fornece todas as orientações necessárias”, diz o pró-reitor.

Saiba quais são as redes temáticas virtuais

http://www.prp.rei.unicamp.br/portal/

*Alimentos, Nutrição e Saúde

*Biotecnologia (Alimentos, Fármacos e Plantas)

*Discurso e Subjetividade

*Emprego e Relações de Trabalho

*Energia (Biomassa, Fontes Alternativas, Petróleo e Gás, Planejamento e Gestão)

*Meio Ambiente e Ecologia

*Nanociência e Nanotecnologia (Biomateriais, Materiais Magnéticos, Novos Materiais, Polímeros e Semicondutores)

*Qualidade de Vida e Saúde Pública

*Teoria e Tecnologias da Informação e Comunicação

Unicamp segue líder na produção científica per capita

A Unicamp figura no contexto nacional como uma das universidades que mais produz conhecimento. Só no ano passado foram publicados 1.877 artigos em revistas indexadas. Segundo dados divulgados recentemente nos Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Universidade responde por 11% das publicações científicas nacionais. Em números absolutos, esta marca a coloca entre as três primeiras universidades no ranking nacional, ao lado da USP (26%) e UFRJ (9%).

Embora os 1.877 artigos publicados em 2006 representem um crescimento significativo – há dez anos essa produção girava em torno de 500 e, há 20 anos, estava na faixa dos 200 – é no quesito produtividade que a Unicamp encontra o seu diferencial no meio acadêmico. A evolução do número de publicações per capita em revistas internacionais (ISI) revela uma curva ascendente desde os anos 1980. No ano passado, a Universidade chegou à média de quase 1,2 artigo publicado por pesquisador-doutor.

Os motivos para o crescimento da produção científica no Brasil e na Unicamp são diversos, alguns comuns ao conjunto das instituições, outros peculiares a cada instituição. Segundo o pró-reitor de Pesquisa, Daniel Pereira, os fatores mais importantes têm a ver com a qualidade e a dedicação dos pesquisadores, potenciadas pelo crescimento contínuo, quantitativo e qualitativo, do sistema nacional de pós-graduação e pelos investimentos em ciência e tecnologia realizados nas últimas três décadas. Nesse sentido, destaca-se a importância da Capes e do CNPq (sobretudo no que se refere a recursos humanos) e da Fapesp para os expressivos resultados que ostenta o Estado de São Paulo.

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