| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 356 - 23 de abril a 6 de maio de 2007
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Retrato de Brito passa a
integrar Galeria de Reitores
ISABEL GARDENAL

No sentido horário, Brito Cruz, tadeu Jorge e o pintor Bernardo Caro na solenidade de descerramento do retrato do ex-reitor (Foto: Antonio Scarpinetti)A imagem do ex-reitor da Unicamp, Carlos Henrique de Brito Cruz, ficará eternizada na Galeria de Reitores da Unicamp. A solenidade de descerramento do seu retrato aconteceu no último dia 16 durante reunião extraordinária do Conselho Universitário (Consu). O ex-reitor deixou como uma de suas fortes marcas a inovação tecnológica. Chamado para falar sobre Brito o colega de turma no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), e também professor da Unicamp, o economista Carlos Américo Pacheco destacou a passagem de Brito pela Universidade, de 2002 a 2005. “As opiniões de Brito são referência nas áreas de ciência e tecnologia, tanto no país quanto fora”, manifestou-se.

Inovação tecnológica foi uma das marcas da gestão

Pacheco relembrou aspectos curriculares de Brito, que atuou no Instituto de Física “Gleb Wataghin” com estudos sobre fenômenos ultra-rápidos. “Talvez isso explique algumas esferas de sua vida”, disse o amigo de 30 anos. “É uma pessoa admirável e uma contribuição científica ao país.” Pacheco destacou três pontos principais no mandato de Brito à frente da Universidade: o programa de expansão de vagas, o Programa de Ação Afirmativa (Paais) e a criação da Agência de Inovação (Inova). “Colocaria também um quarto ponto: a superação da fragmentação no processo de escolha dos colegiados”, contou Pacheco.

Para o reitor da Unicamp, professor José Tadeu Jorge, a homenagem ao colega reflete o que ele representa para a Universidade. “Estamos falando de uma pessoa com projetos bem-sucedidos e com quem tive a oportunidade de aprender muito. Se fôssemos elencar os seus projetos, teríamos muito a relembrar. Nunca tivemos uma gestão tecnológica tão relevante”, elogiou. Tadeu Jorge recordou que o ex-reitor insistia muito na sintonia entre a administração e os conceitos-base para a construção da Unicamp. “Dizia que todas as ações e projetos tinham que estar alicerçados nestes conceitos. Foi um grande mérito dele”, concluiu.

Após descerrar o seu retrato, o ex-reitor agradeceu muito o professor Bernardo Caro, artista plástico e professor aposentado da Unicamp, pelo apurado trabalho de reprodução de imagem em óleo sobre tela. O retrato de Brito é o oitavo na sucessão de reitores. Os anteriores foram: Zeferino Vaz (1966-1978), Plínio Alves de Moraes (1978-1982), José Aristodemo Pinotti (1982-1986), Paulo Renato Souza (1986-1990), Carlos Vogt (1990-1994), José Martins Filho (1994-1998) e Hermano Tavares (1998-2002).

“Com as três idéias mencionadas por Pacheco, fomos montando cada uma das nossas iniciativas”, contou Brito. O homenageado destacou que quando se administra uma instituição como a Unicamp as pessoas podem beneficiá-la e dela se beneficiar. Prosseguiu relatando que muitas vezes nas reuniões do Consu as opiniões que pareciam antagônicas eram, antes, uma contribuição. “Conseguíamos chegar a algo construtivo e sinérgico. Por isso foi uma experiência fascinante. Percebi que a Unicamp é uma espécie de inteligência coletiva. Aqui as idéias diferentes fazem a diferença”, garantiu.

A Unicamp, a USP, a Fapesp e a Unesp são exemplares, afirmou Brito. “São instituições de qualidade superior a muitas que o Brasil conseguiu criar. Não há nada que tenha evoluído tanto. Para mim, foi uma honra viver três anos como reitor desta Universidade”, reforçou. “Por vezes, fomos duros, mas trabalhamos bastante também.” O ex-reitor aproveitou a oportunidade para ressaltar o apoio da família, fazendo menção especial à sua mãe, Helena. O Quinteto de Cordas da Orquestra Sinfônica da Unicamp encerrou a solenidade.

Currículo - Brito nasceu no Rio de Janeiro em 19 de julho de 1956. Graduou-se em Engenharia de Eletrônica pelo ITA (1978), obtendo mestrado em Física em 1980 e doutorado em Física na Unicamp em 1983. Foi o segundo vice-presidente da Adunicamp no período 1984-1985, diretor do IFGW de 1991 a 1994, pró-reitor de Pesquisa de 1994 a 1998 e diretor do IFGW novamente entre 1998 e 2002. De 1996 a 2002 foi presidente da Fapesp por três mandatos consecutivos. Brito recebeu em 2004 o Prêmio Fundação Conrado Wessel, por suas pesquisas em física experimental. Em 2005 recebeu da Afrobras, organização mantenedora da Universidade Zumbi dos Palmares, a medalha do Mérito Cívico afrobrasileiro, pela criação de um programa de inclusão social que elevou o percentual de matriculados advindos da escola pública, na Unicamp, de 28% para 34% já no primeiro ano. Também em 2005 recebeu o título de Cidadão Campineiro da Câmara Municipal da cidade. É professor titular no IFGW. É membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, da Academia Brasileira de Ciências e da Ordem do Mérito Científico. É, atualmente, diretor-científico da Fapesp.

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