Os lírios orientais de vasos podem sofrer influência negativa na aparência quando transportados de caminhão, o que levaria ao prejuízo na hora da comercialização. Os ensaios de vibração foram realizados pela engenheira Taís de Oliveira Pelegrina Lopes para a sua dissertação de mestrado apresentada na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri). Ela simulou o transporte rodoviário das plantas por um trajeto de 500 quilômetros, distância compreendida, por exemplo, entre São Paulo e Curitiba.
“Em conversas com produtores de flores, percebi que a maior reclamação foi, justamente, a dificuldade no transporte de lírios por se tratar de uma flor de grande porte e densa. Além disso, a embalagem não é adequada para a devida proteção. Por isso quis investigar a interferência da vibração na qualidade de lírios de vaso, principalmente em longas distâncias”, destaca Taís, que foi orientada pelo professor Antonio Carlos de Oliveira Ferraz.
Durante sete dias, a engenheira agrícola avaliou a qualidade e aparência dos lírios, após ensaios mecânicos de vibração realizados em laboratório no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital). Um critério de notas de aparência foi elaborado para avaliação logo após a vibração e, temporalmente, até a perda de seu valor comercial, comparando com outro grupo de flores, que não sofreram vibração.
Já no segundo dia após o ensaio, a aparência das flores estava comprometida, quando comparadas às flores que não haviam sido vibradas. “Os danos mecânicos gerados nas pétalas dos lírios de vaso influenciaram na aceleração do processo de envelhecimento das flores, tornando a aparência com aspecto geral ruim, não comercializável e, em alguns casos, provocando até mesmo o descarte do produto”, explica.