Jornal da Unicamp 184 - 5 a 11 de agosto de 2002
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O professor Daniel Pereira, diretor do IFGW: implementação de duas novas modalidades é o maior desafioMANUEL ALVES FILHO

O professor Daniel Pereira é o novo diretor do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) da Unicamp. Ele tomou posse no último dia 19 de julho, em cerimônia que contou com a presença do reitor Carlos Henrique de Brito Cruz e do vice-reitor José Tadeu Jorge, além de representantes de docentes, servidores e alunos. Para o físico, embora a unidade tenha alcançado um inegável nível de excelência nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, ainda é possível promover avanços nessas atividades, de modo a garantir um futuro melhor para o IFGW. Entre os desafios a serem vencidos pela sua gestão, aponta Pereira, estão: o estreitamento das relações com a sociedade, a implementação das modalidades Física Médica e Física Biomédica, a maior valorização de professores e funcionários e a definição de um planejamento estratégico. Junto com Pereira, também tomou posse o diretor-associado do IFGW, professor Júlio César Hadler Neto.

Conforme Pereira, o IFGW tem um débito junto à sociedade, que precisa ser reduzido. Uma das formas de minimizar essa dívida, segundo ele, é contribuir para o aperfeiçoamento dos professores de Ciências do ensino médio. A idéia é utilizar a estrutura e os profissionais da unidade para promover cursos de verão e oficinas para esses educadores. “Precisamos compartilhar com a comunidade externa o conhecimento que geramos em nossas salas de aula e laboratórios”, afirma o diretor. O maior desafio a ser enfrentado por Pereira, como ele mesmo reconhece, é a implementação das modalidades de Física Médica e Física Biomédica, cada uma com uma característica diferente.

A primeira, explica o físico, tem como perfil a formação de profissionais que atendam rapidamente às necessidades do mercado de trabalho. Já a segunda está mais voltada para a pesquisa. “Como temos mostrado, até agora, pouca vocação nessas áreas, praticamente não existem grupos de pesquisa consolidados. Devemos mudar esse cenário”, diz. A principal preocupação, nesse caso, é garantir que as modalidades tenham o mesmo grau de excelência dos demais cursos. “Vamos ter que verificar nossa estrutura e checar quais as necessidades para assegurar um ensino de qualidade também nas novas áreas. O professor Júlio, que tem acompanhado as discussões sobre o assunto, está mais do que preparado para me ajudar nessa empreitada”.

Em relação ao diretor-associado, Pereira faz questão de destacar que ele terá uma participação efetiva na condução dos destinos do IFGW. “Vamos partilhar todas as questões relevantes nos segmentos de ensino, pesquisa, extensão e administração”. O diretor do IFGW também relaciona como tarefa importante da sua gestão a condução da reforma curricular dos cursos profissionais de Física. O objetivo é proporcionar aos alunos mais tempo para ler, refletir e resolver problemas. Além disso, existe a forte disposição de tornar tanto a Graduação quanto a Pós-Graduação mais atrativas. “Queremos fazer uma divulgação mais adequada dessas atividades, junto às diversas instituições de ensino e pesquisa do país”, adianta Pereira.

De acordo com ele, o Instituto tem boa infra-estrutura e recursos humanos de reconhecida qualidade. “Entretanto, vamos estar atentos para a valorização, a formação e a eventual ampliação do quadro em setores importantes. Nesse sentido, devemos aproveitar a oportunidade que a Reitoria nos apresenta, por meio da revisão do PCVS (Plano de Cargos, Vencimentos e Salários) e do Plano de Certificação, ambos em curso”, afirma. Pereira defende, ainda, a elaboração de um planejamento estratégico para o IFGW, cujas diretrizes sejam o resultado da reflexão feita por todos os segmentos da unidade. Um dos pontos mais importantes, na visão do diretor, é a definição da reposição do quadro docente. “Hoje, o número de professores está no limite para manter a carga didática dentro de padrões compatíveis com grau de excelência alcançado pela unidade”, analisa.