. Leia nessa edição
Capa
Artigo - José Tadeu Jorge
Migrações Internacionais
Infovia
Biblioteca Digital
Quimiometria
Unicamp de Portas Abertas
Extratos naturais
Unicamp na Imprensa
Painel da Semana
Teses
Impactos Ambientais
Sivam
 

5

UNICAMP DE PORTAS ABERTAS

Breve história da usina de pesquisas

Os números da qualidade

O que os estudantes em visita à Unicamp nos dias 29 e 30 de agosto vão ver, é uma universidade que, apesar de ter apenas 37 anos, vem demonstrando, desde a sua fundação, grande vigor nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Atualmente, a Unicamp responde por 15% de toda a produção científica brasileira e por aproximadamente 10% das teses de mestrado e doutorado geradas pela pós-graduação nacional. Mantém, ainda, perto de uma centena de convênios de cooperação com os principais centros de pesquisa do mundo.

O alto grau de excelência alcançado pela instituição tem reflexo direto nas atividades desenvolvidas por professores, alunos e funcionários. A Unicamp é, atualmente, a universidade brasileira com a melhor média no Exame Nacional de Cursos, o Provão. Além disso, de seus laboratórios e salas de aula saem contribuições importantes para o avanço do conhecimento, em áreas relacionadas ao dia-a-dia da população, como biotecnologia, telecomunicações, informática, filosofia, física, química e muitas outras.

Estrutura

A Unicamp tem cinco campi, instalados nas cidades de Campinas, Piracicaba, Limeira, Paulínia e Sumaré. A Universidade é constituída por 21 unidades de ensino e pesquisa (faculdades e institutos), 25 núcleos e centros interdisciplinares, dois colégios técnicos, um complexo de saúde com três hospitais, 21 bibliotecas e uma série de órgãos de apoio. Convivem nesses espaços aproximadamente 30 mil pessoas.

Ensino

A qualidade da formação oferecida pela Unicamp tem muito a ver com a estreita relação que historicamente mantém entre ensino e pesquisa. Também está vinculada ao fato de 90% dos seus cerca de 1.800 professores atuarem em regime de dedicação exclusiva e 94% possuírem o título mínimo de doutor. Os docentes que conduzem pesquisas de ponta nos laboratórios são os mesmos que vão para as salas de aula. A Universidade conta hoje com 12,5 mil estudantes distribuídos em seus 56 cursos de graduação e outros 12,7 mil matriculados em seus 111 programas de pós-graduação.

Perfil dos alunos

Os estudantes que ingressaram na Unicamp no período compreendido entre os anos de 1999 a 2002 eram, em sua maioria, jovens (cerca de 70% tinham de 17 a 19 anos) e solteiros (perto de 95%). Nesse período, observou-se um aumento no percentual de mulheres, que, de 39,7% em 1999, foi elevado para 45,7% em 2001. Atualmente, há um equilíbrio entre alunos do sexo masculino e feminino. O interior de São Paulo tem sido o principal local de origem dos estudantes (70%, em 2001). Em 2002, 33% dos ingressantes haviam cursado o ensino médio em escola pública.

Iniciação científica

A curiosidade do aluno da Unicamp pela pesquisa é despertada nos primeiros anos da graduação, por meio dos programas de iniciação científica. A inserção no mundo na ciência ocorre a partir do momento em que o estudante demonstra interesse por alguma linha de investigação. Depois da concordância de um professor da área para ser seu orientador, ele apresenta um projeto visando à obtenção de bolsa. A pesquisa pode ser financiada por empresas, agências de fomento e pela própria Universidade. O Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) oferece 200 bolsas para a pesquisa, que podem ter duração de até um ano.



Pós-graduação

Na pós-graduação, a Unicamp conta com um bem-estruturado sistema de bolsas para seus alunos. Dos 1.864 pós-graduandos que defenderam teses de mestrado e doutorado em 2002, cerca de 60% contavam com o apoio financeiro de instituições de fomento como Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Desempenho

Embora não seja o único, um importante instrumento de avaliação da qualidade do ensino oferecido pela Unicamp é o Exame Nacional de Cursos, o Provão. No ano passado, os 12 cursos de graduação da Universidade analisados pelo Provão obtiveram conceito A. A exceção ficou por conta da Pedagogia, cujos formandos boicotaram o exame e entregaram a prova em branco, o que fez com que o curso recebesse conceito E. A sólida formação dos estudantes tem se refletido em suas carreiras. Um número significativo de ex-alunos da Universidade ocupa atualmente funções-chave em importantes organizações públicas e privadas no Brasil e exterior.

Empresas juniores

Durante o aprendizado, os alunos da Unicamp têm a oportunidade de tomar contato com a realidade do mercado não apenas por meio de equipamentos, métodos e processos, mas também por intermédio das empresas juniores. Originárias da iniciativa dos estudantes, mas com supervisão de professores especializados, elas prestam serviços de consultoria, apoio técnico e desenvolvem estudos e projetos em geral. Atualmente, a Universidade mantém 16 desses empreendimentos, nas mais diversas áreas. Em média, o custo dos serviços prestados pelos alunos-empresários é 50% inferior ao preço da praça.

Pesquisa

A Unicamp constituiu-se ao longo dos seus 37 anos de história em uma "usina de pesquisas". Atualmente, a instituição responde por aproximadamente 15% da produção científica brasileira. Muitos dos estudos conduzidos em seus laboratórios geraram produtos e/ou processos com aplicação direta na vida da população. Como exemplo do resultado desse esforço, é possível citar a digitalização da telefonia, o desenvolvimento da fibra ótica e suas aplicações nas comunicações e na medicina, os vários tipos de lasers existentes no Brasil e os diversos programas de controle biológico de pragas agrícolas. Graças a esse trabalho, a Universidade atraiu para suas imediações um destacado pólo formado por empresas de alta tecnologia.

Produção acadêmica

Em 2002, a Unicamp mantinha 1.153 linhas de pesquisa, nas três grandes áreas de conhecimento: Biomédicas, Exatas e Humanidades e Artes. Esses estudos geraram, no período, 1.579 artigos publicados em periódicos especializados arbitrados de circulação internacional. Foram registrados, ainda, 36 pedidos de patentes.

Serviços à comunidade

A Unicamp mantém, historicamente, uma forte relação com a sociedade, a quem presta serviços com alto grau de excelência. Na área da saúde, por exemplo, são três hospitais considerados referências em suas respectivas áreas. Essas unidades fazem da Universidade o maior centro de atendimento médico do interior do Estado de São Paulo, cobrindo 90 municípios e uma população estimada em 5 milhões de habitantes. Apenas no ano passado, foram realizadas 507 mil consultas, 26,5 mil cirurgias e 23,5 internações.

Parcerias estratégias

A forte tradição na pesquisa científica e no desenvolvimento de tecnologias conferiu à Unicamp a condição de universidade brasileira que mantém maiores vínculos com o setor produtivo. A instituição mantém algumas centenas de contratos para o repasse de tecnologia ou prestação de serviços de inovação às indústrias tanto da região de Campinas quanto de outros estados. Em maio desse ano, esse trabalho de interação ganhou um reforço importante com o lançamento da Agência de Inovação da Unicamp (Inovacamp). A missão da Inovacamp é avançar em relação às parcerias pontuais normalmente firmadas pelas instituições de pesquisa e organizações privadas.

Frutos

Transformar o conhecimento científico em negócios bem-sucedidos tornou-se uma especialidade entre ex-alunos e ex-pesquisadores da Unicamp. Perto de uma centena de empresas instaladas na região nasceu a partir das salas de aula da Universidade. Juntas, as "filhas" da Unicamp, como são conhecidas, respondem por um faturamento da ordem de R$ 700 milhões por ano, o que representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB) gerado em Campinas, segundo dados da Associação Comercial e Industrial.

SALA DE IMPRENSA - © 1994-2003 Universidade Estadual de Campinas / Assessoria de Imprensa
E-mail: imprensa@unicamp.br - Cidade Universitária "Zeferino Vaz" Barão Geraldo - Campinas - SP