Fórum Permanente
debate os 30 anos do AEL
MANUEL ALVES FILHO
O aniversário de 30 anos do Arquivo Edgard Leuenroth (AEL) é o tema do próximo Fórum Permanente de Cultura e Arte, que se realiza no dia 5 de agosto (quinta-feira), a partir das 9 horas, no Auditório da Biblioteca Central da Unicamp. Organizado pelo AEL e pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), o evento é o sétimo de uma série que acontece na primeira semana de cada mês e integra o projeto “Fóruns Permanentes”, uma iniciativa conjunta da Coordenadoria Geral da Universidade (CGU) e da Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais (Cori). Os palestrantes falarão da importância do Arquivo Edgard Leuenroth na memória política, sindical e cultural do país. A abertura do Fórum terá a participação do vice-reitor da Unicamp, professor José Tadeu Jorge; do diretor do IFCH, professor Rubem Murilo Leão Rego; e do professor Marcelo Siqueira Ridenti, diretor do Arquivo Edgard Leuenroth.
O AEL originou-se da preocupação de professores do IFCH com a possibilidade de os documentos pessoais do militante anarquista Edgard Leuenroth serem enviados para o exterior e também a partir da necessidade de instalação de um centro de documentação e pesquisa que desse suporte às atividades que tinham início no Programa de Pós-Graduação do Instituto.
Com apoio da Fapesp, a Unicamp adquiriu, da família, em 1974, o arquivo pessoal de Edgard Leuenroth, líder do movimento operário em São Paulo, nas primeiras décadas do século 20, e responsável pela divulgação do ideário anarquista por meio de seus ofícios de gráfico e jornalista. Sua obstinação por documentar o seu tempo tornou o seu arquivo pessoal um rico instrumento para a compreensão do período e das relações sociais e políticas de então.
Nos anos seguintes, os núcleos temáticos do AEL diversificaram-se e a instituição recolheu dezenas de importantes conjuntos documentais, que se juntaram a centenas de dissertações, teses, artigos e livros publicados “em parceria” com seu banco de textos e de imagens. Destacou-se pela amplitude de serviços prestados à preservação da memória social, política e cultural brasileira, ampliou e especializou sua equipe técnica e de apoio e inovou nos processos de catalogação e busca online, divulgação virtual e preservação documental. Nesse contexto, o AEL reúne um acervo expressivo da história social brasileira, preservando registros das idéias e das lutas sociais.
O AEL está também inserido na comunidade acadêmica internacional através de intercâmbios com instituições de pesquisa e com pesquisadores, viabilizando o aprofundamento de seus estudos. Acolhe também solicitações da comunidade em geral, sindicatos, escolas e imprensa, possibilitando o acesso a uma rica documentação.