Mandarim (1)
É muito interessante a série de artigos do Eustáquio Gomes, sobretudo para quem, como eu, está há trinta anos na Unicamp. Na edição 330 aparece a crônica sobre um momento de que participei, a dos interventores. E é dito a respeito de Frederico Pimentel Gomes, interventor no Instituto de Matemática, que ele não teve dificuldade para chegar em sua sala na diretoria. Não foi assim, fizemos uma fila dupla tipo “corredor polonês” desde antes da entrada do prédio até a sala, onde ele teve de passar no meio de dizeres pouco simpáticos que o convidavam a se retirar. Uma vez na sala, pela porta os dizeres continuavam. Ou seja: no momento da foto da capa, o rosto dele mostra que já tinha tido bastante “trote”...
Um professor aparece nessa foto, o físico já aposentado A. Fernando dos Santos Penna, de barba, a 4ª cabeça contando da esquerda, citado na edição 316.
José J. Lunazzi,
Instituto de Física
Mandarim (2)
Acompanhei com emocionada atenção todos os capítulos de O mandarim. Mesmo porque enquanto aluno, e depois como professor, acompanhei o último período do Zeferino e os reitores Pinotti e Paulo Renato que se seguiram a ele.
Do meu ponto de vista, foi como voltar no tempo. Um tempo dolorido, mas ao mesmo tempo repleto de sonhos e vontades de mudar o mundo e derrotar a ditadura. Muitas vezes me emocionei, chegando às lágrimas, quando se referia a passagens que vivenciei e que presenciei. O interessante é que isso deve ter acontecido com muitos, senão com todos os que viveram esse período tão intenso.
Depois de tanto tempo de ter me desligado da Unicamp, me pego sentindo certo arrependimento por ter deixado uma experiência tão rica como aquela, e uma vontade muito grande de retomar aquele projeto. Por outro lado, se não tivesse tido a oportunidade de amadurecer meus ideais durante esse período, não teria conseguido construir tudo o que construí a seguir.
Como se não bastasse ter me brindado com todas essas caras lembranças, o texto suave, preciso e agradável tornava a leitura muito prazerosa e aguçava a curiosidade sobre as histórias que estavam por vir. Parabéns pelo trabalho sério e competente. Obrigado por ter me permitido reviver um período tão importante da minha vida.
João Horta
Vinagre
Sobre a reportagem “Vinagre brasileiro ainda está distante do padrão de qualidade internacional” (edição 332), gostaria de sugerir que ela fosse divulgada não só no âmbito universitário mas também ao público em geral, que desconhece a origem dos produtos que consome. E isso se dá pelo interesse das indústrias em conquistar com um preço acessível uma gama maior de consumidores, sonegando informações essenciais. A da reportagem me abriu os olhos para identificar o que é bom para minha saúde e dos meus familiares. Prestarei maior atenção na escolha deste produto.
Heloisa Acosta
História do IG
A matéria “A ‘armadilha’ que trouxe as Geociências para a nova era” (edição 333) está bem feita e interessante, além de ser muito útil a boa parcela de nossos docentes e alunos, que desconhecem a história dos primórdios do IG. Parabéns! No entanto, há dois claros equívocos: a sigla do antigo Departamento de Administração e Política de Recursos Minerais era DARM e não DAPRN. E o professor Amílcar Herrera faleceu em 23 de setembro de 1995, e não em 1993, como consta.
Silvia Figueirôa, diretora associada do IG/Unicamp
Adendo
O ator e diretor José Caldas, que apresentou na Unicamp seu espetáculo O Medo Azul e nos concedeu entrevista sobre o teatro para a infância e juventude (“Teatro infantil sem infantilidades”, edição 333), veio a convite do Departamento de Artes Cênicas, como informa a professora Heloisa Villaboim.