| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 368 - 20 a 26 de agosto de 2007
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Um sistema eletrônico
para dosar fertilizantes

RAQUEL DO CARMO SANTOS

O engenheiro agrônomo Angel Pontin Garcia: projeto para o doutorado é acoplar um controlador similar em semeadoras (Foto: Antoninho Perri/Érica Tavares)Um sistema de controle eletrônico para dosador de fertilizantes sólidos foi desenvolvido pelo engenheiro agrícola Angel Pontin Garcia. A idéia, segundo o engenheiro que apresentou dissertação de mestrado na Faculdade de Engenharia Agrícola, é acoplar o mecanismo em implementos agrícolas para realizar a adubação do solo. Em geral, essas máquinas são usadas em plantios de soja, milho, amendoim e outras culturas.

Mecanismo traz ganho econômico e ambiental

Entre outras vantagens, o novo sistema garante uniformidade na aplicação dos fertilizantes, além de evitar o desperdício para o produtor rural. “As pesquisas atuais caminham no sentido de desenvolver mecanismos que substituam os sistemas mecânicos por sistemas de acionamento elétrico controlados eletronicamente. Primeiro porque os equipamentos eletrônicos oferecem o benefício de serem mais precisos e, também, pela facilidade no manejo de determinadas funções”, explica Garcia.

Segundo o engenheiro agrícola, a aplicação em excesso de fertilizantes no solo pode contaminar o lençol freático, causando muitos prejuízos ambientais. Por outro lado, a aplicação em menor quantidade incorre em perda da produtividade. Neste sentido, o sistema desenvolvido na Feagri oferece ganhos em termos de economia e ambientais, pois possibilita a aplicação exata da dosagem necessária.

Com a orientação do professor Nelson Luís Cappelli, Angel Garcia montou uma bancada composta por um motor de corrente contínua, um dosador de fertilizante e um controlador microprocessado com software desenvolvido pelo laboratório.

O sistema permite que, mesmo com variação de velocidade da máquina de adubação, a taxa de aplicação seja constante. Nas áreas agrícolas, tradicionalmente, o controle é realizado de forma mecânica, cujo acionamento do dosador é feito por meio de correntes, engrenagens ou correias.

Uma das dificuldades do sistema mecânico é que ele exige regulagens para a taxa de aplicação do adubo. Neste caso, é necessário parar a máquina e, com o auxílio de ferramentas, fazer os ajustes necessários. Com o novo sistema, este tipo de tarefa seria realizada, sem dificuldades, a partir da cabine do condutor.

Garcia, que já prepara a sua tese de doutorado, afirma que a expectativa agora é construir uma máquina semeadora-adubadora totalmente automatizada. A equipe, formada também pelos pesquisadores Claudio K. Umezu e Edison Russo, estima desenvolver o mecanismo de automação também para a semeadora, o que garantiria uma precisão ainda maior para semear e adubar as áreas agrícolas.

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