Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 239 - de 1º a 7 de dezembro de 2003
Leia nessa edição
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Saudação ao mestre
Diário de Lisboa
Mouse para deficientes
Trauma ortopédico
Serviços à comunidade
Geográfos: a nova paisagem
Doutorado: fotoquímica
Pesquisa: árvores raras
Unicamp na Imprensa
Painel da semana
Oportunidades
Teses da semana
IFGW: nanomagnéticos
Municípios saudáveis
Impactos do splash
 

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Por uma rede de municípios (mais) saudáveis

ANTONIO ROBERTO FAVA

Os professores Ana Maria Sperandio e Humberto Rangel: utilização do conhecimento científico em benefício da sociedade

Pelo menos uma vez por mês, docentes e pesquisadores da Unicamp se reúnem numa cidade, previamente determinada, onde, junto com moradores e autoridades do lugar – prefeitos, secretários, educadores e líderes da comunidade –, buscam soluções integradas para eventuais problemas que afetam a qualidade de vida dos habitantes. Geralmente são debatidos temas como saúde, educação, transporte, segurança e poluição, entre outros.

Esse é o propósito básico da Rede de Municípios Saudáveis, que funciona por meio de parceria entre a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Unicamp/Preac (Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários) e Ipes (Instituto de Pesquisas Especiais para a Sociedade), organização sem fins lucrativos, cuja tarefa principal é atuar como articuladora e formadora de recursos humanos.

A Unicamp tem colaborado de maneira extremamente eficaz na promoção e organização de debates para troca de conhecimentos e experiências entre os munícipes. Seus representantes assessoram não apenas com a logística, mas também na reflexão de diferentes aspectos, que são os núcleos mais importantes da promoção da saúde, que tem entre seus conceitos, a intersetorialidade, a transetorialidade e a mobilização social compartilhada das pessoas, como ressalta Ana Maria Girotti Sperandio, coordenadora no Brasil da Iniciativa Regional da Rede de Municípios e Comunidades Saudáveis (Opas).

Uma das tarefas essenciais da Rede é propor encontros entre prefeituras, de modo a promover a troca de experiências e informações, com o objetivo de mobilizá-las a participar de trabalhos em várias áreas. Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis, foi assim denominada “porque devemos considerar que estamos coletivamente criando um processo em que há movimento constante de troca de possíveis sucessos e dificuldades e freqüente compartilhar com o objetivo de ser saudável, não como um estágio final, pois dessa forma não haveria por quê almejar o novo ou o melhor”, reflete a professora Ana Maria.

Reformulando projetos – Todo esse movimento tem um único propósito: desenvolver projetos que visem à utilização do conhecimento científico em benefício direto da sociedade.

A professora salienta que alguns municípios já vêm reformulando projetos para dar a eles uma perspectiva intersetorial, mais integrada a partir das sucessivas discussões promovidas pela Rede. O primeiro convênio a surgir entre a Unicamp e o Ipes foi há três anos, cujo objetivo era o desenvolvimento do Programa Comunidade Saudável, aplicado na região dos Amarais, em Campinas. Em decorrência dos resultados alcançados expandiu-se a utilização do potencial dos serviços de extensão no que se refere aos cursos e atividades de pesquisas-ação no âmbito do programa, como explica o professor Humberto Rangel, presidente do Ipes.
Por outro lado, o trabalho desenvolvido pela Opas e a Unicamp, em conjunto com o

Ipes, começou no início deste ano, já com seis municípios. Hoje, sete meses depois, a Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis conta com 17 cidades no Estado de São Paulo, que já começam a formar seus grupos de trabalho: Campinas, Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos, Itatiba, Morungaba, Itupeva, Salto, Hortolândia, Holambra, Pedreira, Indaiatuba, Guaratinguetá, Santo Antonio da Posse, Leme e Nova Odessa. O programa desenvolvido em Campinas trabalha com educação a distância, formação de agentes comunitários da saúde e economia solidária.

Livro – A Preac está financiando um livro que será publicado em volumes contendo as três conferências ministradas para os munícipes que participam da Rede. No primeiro volume serão apresentados os seguintes temas: A promoção da saúde e sua perspectiva, de Miguel Malo Serrano, coordenador da Promoção da Saúde no Brasil, da Organização Pan-americana de Saúde; Cidades saudáveis: a intersetorialidade como desafio para um novo modelo de gestão, de Lenira Zancan, da Escola Nacional de Saúde, do Rio de Janeiro; e Pedreira por uma vida saudável, de Eduardo Rodrigues.

“O objetivo do livro é que as pessoas possam ter acesso mais consistente e duradouro às informações das palestras realizadas”, diz Ana Maria.

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