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Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 240 - de 8 a 23 de dezembro de 2003
Leia nessa edição
Capa
Artigo: crer ou não crer
HC: hospital terciário
Do ofício à experiência
C&T: qualidade de vida
Pesquisa: destilador molecular
Discussão: tecnociência
Cooperunicamp: estímulo
Altec: unicamp é destaque
Estudo: maturação sexual
Painel da semana
Oportunidades
Teses da semana
Idosos: retratos da velhice
Sensoriamento remoto
 


 

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Cooperunicamp
quer estimular a poupança
Um das metas da nova diretoria da cooperativa, empossada recentemente,
é atrair um número maior de professores

MANUEL ALVES FILHO

Luís Fernando Manarini (à esquerda) e Andrei Vinícius Gomes Narcizo, respectivamente secretário e presidente da Cooperunicamp

Criada em junho de 1997, a Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores da Unicamp (Cooperunicamp) experimentou um grande avanço nos últimos seis anos. O número de cooperados subiu de 22 para 1.982 no período, enquanto o capital social saltou de R$ 1,2 mil para R$ 1,7 milhão, conforme dados de outubro deste ano. A expectativa é que a instituição feche 2003 com recursos da ordem de R$ 2 milhões e com a concessão de mais de 5,1 mil empréstimos, que totalizarão cerca de R$ 8 milhões. Apesar dos resultados altamente positivos alcançados até aqui, a nova diretoria, que assumiu em setembro último, tem planos para dar ainda mais vigor à Cooperunicamp, visando à oferta de novos e maiores benefícios aos cooperados. Uma das idéias que já está sendo trabalhada é atrair um número maior de docentes para a cooperativa.

De acordo com Andrei Vinícius Gomes Narcizo, presidente da Cooperunicamp, o princípio que norteia as atividades da instituição é o de estimular as pessoas a poupar. Podem se associar à cooperativa servidores e docentes da Unicamp e funcionários da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (Funcamp). Eles podem aplicar entre 1% e 10% de seus rendimentos brutos mensalmente. Os valores, descontados diretamente na folha de pagamento, obtêm rendimentos superiores aos proporcionados pelo mercado. “A cooperativa garante um ganho mínimo de 1% ao mês, além dos eventuais lucros obtidos”, explica Andrei.

Só para se ter idéia do que isso significa, em 2002 os cooperados tiveram um rendimento total de 17,5%, contra de menos de 12% gerados pela caderneta de poupança. “O índice de 17,5% só é alcançado no mercado financeiro por pessoas que fazem aplicações de risco, a partir de quantias elevadas”, compara o secretário da Cooperunicamp, Luís Fernando Manarini. De acordo com ele, a expectativa é que o montante poupado seja resgatado por ocasião da aposentadoria dos cooperados. Entretanto, isso pode ser feito antes, desde que observadas algumas normas. Nesse caso, a pessoa precisa pedir demissão da cooperativa no final de um ano, para sacar o valor em abril do ano seguinte, período em que o balanço é fechado.

Para que este servidor volte a fazer parte da Cooperunicamp, ele precisará cumprir um prazo de carência de 12 meses. “Essa regra foi criada para evitar que haja especulação. Nossa meta é estimular a poupança e a ação solidária entre os cooperados”, afirma Andrei. Além de proporcionar ganhos maiores que os do mercado, a cooperativa também oferece empréstimos aos cooperados, cobrando juros inferiores aos praticados pelos bancos ou financiadoras. Os diretores destacam, porém, que o objetivo da instituição não é concorrer com os agentes financeiros. “A preocupação do cooperativismo, como o próprio nome sugere, é promover o bem-estar do cooperado. Nós oferecemos uma alternativa para que as pessoas, num momento de emergência, não recorram a empréstimos com juros altos, o que normalmente compromete ainda mais a sua situação financeira”, esclarece o presidente da Cooperunicamp.

Atualmente, segundo Luís Fernando, a cooperativa trabalha com uma taxa de juros de 2,2% ao mês, enquanto os bancos que fazem a consignação em folha de pagamento cobram, em média, 2,5%. Quando o desconto não é feito diretamente no contracheque, a taxa do mercado sobe para 5% ou 7%, dependendo do agente financeiro, em razão do risco de inadimplência. Aspecto importante: aos índices praticados pelos agentes financeiros ainda são acrescidos o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e um valor a título de seguro. O secretário revela que o limite máximo de empréstimo da Cooperunicamp é de R$ 7 mil. Conforme a legislação, as prestações não podem exceder 50% do salário bruto. Aprovado o pedido de empréstimo, o valor é creditado na folha.

O presidente da Cooperunicamp conta que entre 10% e 15% do capital da instituição é reservado para empréstimos de caráter social. Esses recursos atendem, por exemplo, a pessoas que enfrentam problemas de saúde ou até mesmo de morte na família. Há, ainda, uma modalidade de empréstimo chamada de “rapidinho”, cujo teto é R$ 300,00. Esse dinheiro socorre os servidores em situações de emergência e normalmente é liberado de um dia para o outro. A busca por novos cooperados, sobretudo os docentes, almeja justamente a possibilidade de ampliar esses benefícios, segundo Andrei.

Ele explica que, hoje, a Cooperunicamp conta com apenas 22 professores em seus quadros. Como esse segmento já tem uma cultura de poupança e tem uma média salarial superior à dos servidores técnicos e administrativos, a sua entrada na instituição permitiria maiores ganhos e a oferta de empréstimos mais elevados para o conjunto dos cooperados. Andrei e Luís Fernando dizem que é difícil estabelecer uma meta precisa a ser atingida, mas consideram que seja possível conseguir que 10% dos cooperados sejam docentes. Para isso, eles pretendem distribuir um documento entre a categoria, de modo a divulgar as atividades da cooperativa. Posteriormente, querem apresentar a instituição nas unidades de ensino e pesquisa, durante as reuniões das congregações. “Queremos que todos percebam que participar da cooperativa é um grande negócio”, destaca o presidente.

Os dirigentes da Cooperunicamp ressaltam que as atividades da instituição são normatizadas pelo Banco Central, que realiza auditorias periódicas. A cooperativa também tem as decisões e procedimentos acompanhados por uma empresa de auditoria contratada e pelo Conselho Fiscal. Além disso, os cooperados podem acompanhar os resultados por meio do balanço anual, publicado na imprensa. Andrei afirma que, apesar de funcionar nas dependências da Unicamp, a cooperativa é autônoma. A instituição conta com um gerente e quatro funcionários e tem um custo administrativo de R$ 10 mil ao mês.

“Nós temos que destacar que a Cooperunicamp só atingiu o atual estágio, em termos de envergadura e credibilidade, graças a seus dois primeiros presidentes, Jurivaldo Folegatti e Eduardo Spinelli. Eles fizeram um trabalho excelente, criando as bases para que a instituição crescesse e ajudasse um contingente enorme de pessoas. A atual diretoria, que ficará à frente da cooperativa pelos próximos três anos, fará de tudo não apenas para dar continuidade a esse trabalho, mas também para aprimorá-lo”, promete Andrei, destacando ainda a participação do professor Devani Ferreira de Moraes como tesoureiro da instituição. Quem quiser obter mais informações sobre a Cooperunicamp pode acessar a home page da cooperativa (www.unicamp.br/cooperunicamp) ou telefonar para 3778-4479.

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Serviço

A Cooperunicamp
Cooperados: 1.982
Servidores da Unicamp: 1.547
Funcionários da Funcamp: 410
Funcionários da cooperativa: 04
Professores: 22
Capital social (até outubro de 2003):
R$ 1.734.677,72
Empréstimos concedidos
(até outubro de 20023): 5.123
Montante dos empréstimos concedidos (até outubro de 2003): R$ 7.981.794,00

 


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