Ciclo Básico 2 passa a contar com 3 novos laboratórios de informática
RAQUEL DO CARMO SANTOS
Três novos laboratórios de informática, totalmente equipados, serão entregues à comunidade universitária no próximo dia 17 de dezembro. As salas estão localizadas no Ciclo Básico 2 e atenderão prioritariamente a demanda de aulas da graduação e da pós-graduação da Universidade. Numa primeira etapa, estarão disponíveis aos professores e alunos, 94 microcomputadores Pentium 4, com gravador de CD e conexão de rede wireless (sem fio). Para o apoio didático, todas as instalações possuem modernas ferramentas como conjuntos multimídia com projetor de imagens, sistemas de som e telas retráteis. O projeto prevê, em uma segunda etapa, a instalação de outros seis laboratórios, totalizando nove salas e perto de 300 máquinas disponíveis para a comunidade. Na falta de usuários nos laboratórios, o uso será livre para os professores e alunos para variadas atividades relacionadas ao ensino.
O pró-reitor de Graduação, professor José Luiz Boldrini, estima que todos os laboratórios estarão liberados em um ano. “Cerca de 70% das instalações já foram feitas, restando apenas a compra integral das máquinas para equipar quatro salas”. Por atraso nas reformas para acesso aos laboratórios, duas salas não estarão disponibilizadas esta semana. A previsão é que até março de 2005 outros dois laboratórios completos sejam entregues. Mesmo com todos os imprevistos na reforma, o pró-reitor acredita que as primeiras máquinas disponíveis liberarão as Unidades no sentido de contar com espaço privilegiado para as aulas. Este aspecto dispensaria, segundo o pró-reitor, a necessidade de se manter os laboratórios básicos nas Unidades. Ele explica que a manutenção deste tipo de atividade, em geral, requer altos valores orçamentários e muitos órgãos não possuem recursos financeiros para arcar com as despesas. “É um benefício extra para as Unidades, que poderão adequar seus espaços para laboratórios mais específicos e utilizar os recursos para outros fins”, destaca Boldrini.
Software livre Tanto o acesso à Internet quanto a instalação de sistema operacional e aplicativos foram projetados integralmente com plataforma Linux. Segundo a assessora da Pró-Reitoria de Graduação, professora Cecília Mary Fischer Rubira, a idéia de adotar uma política de software livre significa não precisar destinar recursos para atualizações dos programas. Cecília revela que a preocupação desde o início do projeto era não só montar as instalações, mas também possibilitar o seu funcionamento integral. “A expectativa é alta. Os professores e alunos ao chegarem na sala vão querer todos os equipamentos funcionando adequadamente”, esclarece. Neste sentido, outro grande diferencial do laboratório foi a formação de uma equipe de suporte. “São profissionais habilitados que estarão prontos para o cuidado diário dos laboratórios e para todo apoio técnico necessário”, observa a diretora de Logística e Infra-estrutura de Ensino do Ciclo Básico, Rute Siqueira Alves.
Inicialmente os laboratórios funcionarão das 7 às 23 horas. “Num futuro próximo queremos estender o horário de funcionamento para 24 horas por dia”, atesta Boldrini. Parte dos microcomputadores foi montada pelo Centro de Manutenção de Equipamentos (Cemeq) da Unicamp, com peças de ponta compradas pela Universidade. Outra parte 60 máquinas foi doada pela empresa Metron Indústria Eletrônica Ltda., no âmbito da Lei de Incentivo à Informática. O convênio com a empresa faz parte de um projeto maior para modernizar os laboratórios do Instituto de Computação.
Atraso Na condição de docente do Instituto de Computação, Cecília explica que o objetivo era estender a experiência adotada pela Unidade para todo o campus. O IC mantém laboratórios avançados funcionando ininterruptamente. Os recursos destinados aos investimentos iniciais eram oriundos do Programa de Expansão de Vagas na Graduação, aprovado pelo Conselho Universitário em dezembro de 2002. Naquela época, conta a assessora da PRG, a expectativa era inaugurar os laboratórios no prazo de um ano. Mas, durante o desenvolvimento do projeto, vários aspectos influenciaram no resultado final.
Primeiramente, a equipe do projeto precisou estabelecer requisitos essenciais. A rede elétrica, por exemplo, deveria estar estabilizada, além de providenciar a instalação de sistemas de ar condicionado e de segurança para as máquinas. “Já existia o prédio anexo ao Ciclo Básico 2, mas tivemos que realizar inúmeras adequações”, explica. Em determinado momento, outro impedimento tornou difícil o cumprimento do prazo. As obras foram interrompidas, pois a empresa abandonou o trabalho. Um deles foi com relação ao controle de acesso físico ao local. As salas possuíam três acessos independentes e isto dificultava medidas de segurança para os equipamentos. “Fechamos as entradas e deixamos apenas um acesso aos laboratórios”, esclarece.