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Julho/agosto de 2000 Arrumando a casa Depois de dez anos, Moradia Estudantil vai passar por ampla reforma A Moradia Estudantil da Unicamp possui 253 residências, em terreno próximo à área central do distrito de Barão Geraldo. Do total de residências, 226 oferecem quatro vagas cada, e outras 27 são estúdios reservados para casais com filhos. Trata-se portanto de patrimônio considerável, construído para possibilitar que alunos com necessidades sócio-econômicas comprovadas possam permanecer na Universidade até a conclusão de seu curso. A deterioração da Moradia, passados dez anos de sua construção, atingiu tal ponto que as obras agora são inadiáveis. A Reitoria iniciou, há algumas semanas, uma discussão com os moradores em torno do projeto para reforma geral, que começará no final do ano e deverá se estender por cerca de oito meses, embora ainda sejam estudadas medidas que diminuam prazos e incômodos. As obras atingirão lajes, revestimentos, telhados e redes de esgoto. Muitas moradias apresentam problemas no telhado, o que gera sérios transtornos em dias de chuva, com a água danificando móveis, roupas e materiais didáticos. Em outras, até mesmo as lajes precisam ser escoradas. A rede de esgoto nunca sofreu reparos, o que exigirá a troca das tubulações. O revestimento externo também será substituído para aumentar a impermeabilidade e reduzir as manutenções periódicas. O projeto inclui a reurbanização da área e a implantação de uma infra-estrutura de esportes e lazer, como um playground para os filhos de casais que ali residem. Prevê-se também a criação de pomar e horta comunitários. Todos os moradores vêem a reforma como imprescindível, mas várias dúvidas e desconfianças foram por eles levantadas durante as discussões. As principais são respondidas nesta página pela Reitoria. Dúvidas e respostas Pergunta: Alegaram necessidade de reformas e fecharam o Restaurante I. O mesmo se dará com a Moradia? Resposta: Não existe a menor intenção de fechar a Moradia. Ao contrário, em março instalou-se ali um posto de atendimento do Serviço Social, justamente com o objetivo de detectar de perto as necessidades dos moradores e de auxiliar os estudantes em maiores dificuldades. Isso permitiu à Unicamp inteirar-se sobre as condições das residências e mensurar a urgência da liberação de recursos para a reforma. P: A Biblioteca Central está cobrando uma taxa. Com a reforma, haverá taxa também na Moradia? R: Cresceu muito o número de alunos da Unicamp que têm de superar as dificuldades financeiras para estudar. Neste ano de 2000, 997 obtiveram vaga na Moradia. Eles comprovaram que, sem esta vaga, teriam que desistir de seus cursos. Portanto, não há sentido em cobrar taxas desses estudantes. Ao contrário, a grande maioria dos selecionados para a Moradia recebe outros auxílios na forma de bolsa-trabalho, alimentação e transporte. P: Tudo está sendo privatizado no país. A Moradia também será privatizada? R: Aquelas casas são patrimônio público, gerido pela Unicamp. A hipótese de privatização é absurda. P: A reforma foi decidida por qual instância? R: A única instância que poderia decidir pela reforma é a Reitoria, visto que é o órgão executivo da Unicamp. Contudo, a CGPM (Coordenação Geral do Programa de Moradia) reivindica essas obras há anos. Na posse da atual gestão, percebeu-se um quadro positivo na CGPM, pela presença de representantes preocupados em mudar a imagem da Moradia junto à comunidade. Esta preocupação levou à criação, para a população, de cursos pré-vestibulares, supletivo e de alfabetização de adultos, além de oficinas e de ações voltadas à recuperação de espaços coletivos antes degradados. Esses serviços mantidos por estudantes ali residentes influíram positivamente para a destinação de recursos. P: De onde vêm esses recursos para a reforma e como será fiscalizada sua utilização? R: Muitos conflitos entre a Unicamp e a Moradia foram lentamente apaziguados, o que criou as condições necessárias para uma tomada de decisão sobre as reformas e a manutenção desse espaço. A fiscalização de verbas é feita por mecanismos próprios. A Unicamp, como todo órgão público, é fiscalizada pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e, internamente, por seus órgãos instituídos. P: Quando começam as obras e por onde? R: A reforma só pode ser iniciada depois de cumpridos todos os trâmites para licitações e contratação das empresas de serviços. Esses trâmites vão durar aproximadamente três meses, indicando, na melhor das hipóteses, que as obras começarão no final de outubro deste ano. Primeiramente serão beneficiadas as casas. P: Qual é o prazo médio para a reforma das moradias, visto que parte delas não necessita de todos os reparos previstos (telhado, calhas, lajes, rachaduras, pintura, esgoto, caixa dágua, dedetização)? R: Os estudos para a reforma das casas ainda não estão concluídos e, só depois que eles forem expostos aos moradores, será possível definir com certeza a duração das obras em cada conjunto de moradias. Em algumas não haverá pintura interna, a pedido dos próprios residentes, mas todas terão telhados e calhas reformados. P: Para onde irão os alunos no período de reformas? Seus pertences serão guardados com segurança? R: Eles poderão se instalar em casas com vagas disponíveis. Uma listagem dessas casas permitirá a escolha conforme o relacionamento pessoal com os demais residentes. O curto período de duas semanas torna o transtorno bem passageiro. As famílias que ocupam estúdios poderão permanecer no local se assim desejarem. A fiscalização de pertences de valor ou que possam ser danificados é inviável diante de tanto pessoal estranho executando as obras. Haverá um local destinado à guarda desses bens, sob responsabilidade dos próprios estudantes. P: As obras na rede de esgoto exigirão a desocupação das residências. Isso será necessário também para as demais reformas? R: O trabalho com as tubulações de esgoto envolve a saúde dos operários e a desocupação é inevitável, mesmo por período breve. A exigência persiste para as outras obras, já que as casas serão destelhadas, sob risco de chuvas eventuais e queda de detritos, além da falta de segurança. P: Qual é a garantia de que os desalojados voltarão para a Moradia? R: O morador adquiriu este direito durante o processo de seleção. A garantia é total. |
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