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Atendimento no HC é
bom, aponta pesquisa
ISABEL GARDENAL
O atendimento oferecido no HC da Unicamp é bom, segundo os pacientes. Esta foi a conclusão geral obtida em pesquisa realizada pela Unidade para conhecer o nível de satisfação do seu usuário. Medida adotada pela ex-Superintendência e Programa Quali-HC, esta avaliação mostrou que o hospital está caminhando para atingir excelência assistencial, seu principal objetivo.
As perguntas foram respondidas por um universo de 2.400 pacientes a partir de um questionário distribuído no Pronto-Socorro, ambulatórios e enfermarias. Com classificação partindo de excelente, boa, regular, ruim, péssima a não-respondida, o questionário continha questões como a opinião sobre o encaminhamento ao hospital, meios de acesso, instalações físicas, equipamentos de uso público, hotelaria, atendimento dos profissionais, direito dos pacientes, indicadores de satisfação e perfil social do usuário.
Qualidade A opinião da população é valorizada como critério de qualidade do serviço e utilizada como dado importante na tomada de decisões. Além do mais, a pesquisa atendeu as normas da Organização de Acreditação Hospitalar (ONA), em que a entidade prestadora de serviço deve se preocupar com a permanente melhoria de seus serviços, para interação das áreas médicas, tecnológicas, administração, econômica, assistencial e, se for o caso, dos setores docentes e de pesquisa.
A equipe que realizou a pesquisa Serviço de Estatística, Serviço Social e Assessoria de Relações Públicas encontrou, do ponto-de-vista socioeconômico, que nos ambulatórios a faixa etária que mais predominou foi entre os 31 a 45 anos, na maioria mulheres (62%). A maioria dos pacientes provinha de outras cidades do Estado de São Paulo, tinha o primeiro grau incompleto (53%) e pertencia às classes C e D.
Um dos pontos de insatisfação demarcados pelos pacientes foi a demora no atendimento; na outra ponta, a atenção médica foi classificada por eles como excelente.
Já nas enfermarias, a faixa etária girou em torno dos 0 a 14 anos (21,50%), praticamente empatando com a faixa dos 31 aos 45 anos (21,20%). Ao contrário do pacientes dos ambulatórios, o sexo masculino (61%) foi o que prevaleceu, na maioria (30%) residente em Campinas. Como nos ambulatórios, os pacientes atendidos nas enfermarias tinham o 1o grau incompleto (51%), advindos no geral da classe C. Eles apontaram como fator de insatisfação o ambiente hospitalar e como satisfatório a assistência prestada pelas equipes de enfermagem e médica.
No Pronto-Socorro, prevaleceram os usuários mais jovens, até os 14 anos (26,70%) e dos 15 aos 30 anos (28,20%), talvez por estarem numa faixa etária em que se expõem mais aos riscos de acidentes e emergências. Cinqüenta por cento dos pacientes eram mulheres e 48% homens, quase se equilibrando. Procediam de Campinas em sua grande maioria (72%) e tinham o 1o grau incompleto, resultado coadunante com o dado de que eram muito jovens, muitos dele na fase pré-escolar (18%).
Os pacientes do PS pertenciam à classe C (96,3%) e mostraram-se insatisfeitos com relação ao atendimento geral e satisfeitos com relação aos medicamentos. Quanto à pontuação da entrevista junto ao PS, os pacientes apontaram como excelente o atendimento médico, de Serviço Social, de Enfermagem e de atenção.
Segundo o ex-superintendente do HC, Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva, atual pró-reitor de Desenvolvimento Universitário, a pesquisa tem como finalidade apresentar os resultados para que os pontos deficitários sejam corrigidos. “A comunidade merece uma satisfação, pois os números não só mostram como está o atendimento como ajudam a melhorar a qualidade dos serviços, que, a meu ver, deve ser permanente”, afirma.
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