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Chá derivado de planta minimiza
efeitos colaterais de medicamento

RAQUEL DO CARMO SANTOS

A professora Mary Anne Heidi Dolder (à esq.), orientadora da dissertação, e a bióloga Juliana Castro Monteiro, autora do estudo: associação simultânea de componentes (Foto: Antoninho Perri)A planta popularmente conhecida como nó-de-cachorro (Heteropterys aphrodisiaca), abundante no cerrado da região centro-oeste do país, demonstrou potencial para reduzir os efeitos colaterais do medicamento ciclosporina. Os testes foram feitos em ratos. Segundo a autora da pesquisa, a bióloga Juliana Castro Monteiro, a ciclosporina é fundamental no tratamento de doenças auto-imunes. É também indicada, regularmente, para indivíduos submetidos a transplante de órgãos.

Planta é
conhecida por
propriedades estimulantes

O problema, no entanto, é que a droga possui reações adversas, dentre elas, danos ao sistema reprodutor masculino, mais especificamente ao epitélio germinativo – responsável pela produção dos espermatozóides ou gametas masculinos –, e às células de Leydig – produtoras de testosterona. Esses efeitos podem levar o paciente à infertilidade.

A pesquisadora, que foi orientada pela professora Mary Anne Heidi Dolder, do Departamento de Biologia Celular, do Instituto de Biologia da Unicamp (IB), explicou que a planta é conhecida pelas propriedades afrodisíacas e estimulantes. A comprovação científica foi feita por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A partir desta constatação, surgiu a idéia de se testar o chá de nó-de-cachorro em ratos, associado à ciclosporina, para tentar minimizar as reações ao medicamento. Os testes foram feitos em parceria com a UFV.

Os ratos ingeriram a associação do medicamento com o chá da raiz da planta nó-de-cachorro por 60 dias, período que corresponde ao ciclo reprodutivo dos animais, em diversas combinações. A formulação de maior significância resultou da associação simultânea dos dois componentes. Segundo Juliana, a questão é complexa e demanda outros estudos mais aprofundados, pois as descobertas suscitaram outros questionamentos. Mas, já se sabe, pelas análises de morfometria testicular e microscopia eletrônica de transmissão, que o chá da planta protege o epitélio germinativo e as células de Leydig.

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