De acordo com o regulamento, os vencedores conquistaram o direito de batizar o asteróide 12367, descoberto em 1994 pelo astrofísico venezuelano Orlando Naranjo, na órbita entre Júpiter e Marte, a 446 milhões de quilômetros da Terra. Naranjo e o coordenador geral da Unicamp, Fernando Costa, entregaram o prêmio aos vencedores. O novo nome do asteróide será “Ourinhos” em homenagem à cidade de origem da equipe. Em razão do sucesso, o coordenador do evento, professor Marcelo Firer, anunciou para 2008 uma nova edição do Grande Desafio.
O evento é o projeto mais recente do Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, criado oficialmente há pouco mais de um ano com o objetivo de despertar a curiosidade e o pensamento crítico frente à ciência e tecnologia. Existem outros dois projetos em andamento, a NanoAventura e a Oficina Desafio, já visitados por dezenas de milhares de pessoas.
Para Naranjo, que veio a Campinas pela primeira vez, “foi uma honra ter um asteróide, descoberto por mim, batizado por jovens estudantes numa festa muito bonita”. Ademais, o astrofísico considera que esse evento é importante para a divulgação da ciência e tecnologia para um grande público. “Os jovens precisam se interessar mais pelas coisas da ciência. Eles não podem vê-la como algo difícil, é preciso desmistificá-la. Assim, eles vão incorporá-la facilmente aos estudos”, afirmou o astrofísico.
Parceiros da Unicamp no projeto, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) órgão do governo federal e a Sangari Brasil, estiveram representadas no evento. Pela Finep, Marcos Rafael França dos Anjos, da área de Humanas, Sociais e da Vida, elogiou a iniciativa. “Trata-se de uma gincana tecnológica com soluções criativas. Ver toda essa garotada, as famílias e as escolas participando é muito interessante. Estamos aqui não só para participar do evento como também para mostrar que olhamos para esse projeto a médio e longo prazos”, afirmou Marcos.
Ben Sangari, presidente do Instituto Sangari, elogiou o evento. “O projeto estimula os alunos e desenvolve suas respectivas habilidades para a resolução de problemas. Acho a iniciativa muito importante porque no século XXI precisamos de jovens com pensamento crítico. Além disso, eles precisam ter habilidades para fazer pesquisa, analisar resultados e propor soluções”, disse Sangari.
O grupo “Pra lá dos anjos”, formado por trapezistas, se apresentou antes da cerimônia de premiação, que foi dividida em três níveis: Fundamental 1 (5ª e 6ª séries), Fundamental 2 (7ª e 8ª séries) e Ensino Médio. Em cada nível, três categorias: “Melhor Trabalho em Equipe”, “Solução Mais Criativa” e “Melhor Desempenho”, além do “Grande Prêmio”. Os vencedores receberam livros, kits do Instituto Sangari, chamados “Descobrindo a Ciência”, com experimentos em micro-escala que podem ser feitos em qualquer lugar , além de uma viagem para São Paulo, cujo roteiro tem o Instituto Butantã e o Museu de Arte de São Paulo (MASP).
Confira a lista dos ganhadores
Ensino Médio
Grande Prêmio Equipe Sybots Colégio Oswaldo Cruz (COC) (Ourinhos)
Trabalho em Equipe Equipe Os Magos Escola Van Gogh (Holambra)
Solução Mais Criativa Equipe Cavernetes Escola Ser Universitário (Jundiaí)
Melhor Desempenho Equipe Van Gogh Escola Van Gogh (Holambra)
Ensino Fundamental 1
Grande Prêmio Equipe Bombeiros do Futuro Escola Maria Pavanati Fávaro (Campinas)
Trabalho em Equipe Equipe Saturno Colégio Objetivo (Mogi-Mirim)
Solução Mais Criativa Equipe Violeta Colégio Conquista (Indaiatuba)
Melhor Desempenho Equipe Firefighters Escola Interativa (Itapira)
Ensino Fundamental 2
Grande Prêmio Equipe Dinamite Colégio Atibaia (Atibaia SP)
Trabalho em Equipe Equipe Pavanati contra o fogo Escola Maria Pavanati Fávaro (Campinas)
Solução Mais Criativa Equipe Eureka Colégio Rio Branco (Campinas) Colégio Imaculada
Melhor Desempenho Equipe Desafio Nós Superamos Colégio Atibaia (Atibaia)
Prêmios Especiais
“Gosto pela coisa” Equipe Quark Colégio Rio Branco (Campinas)
“Queimou o fusível” Equipe Condutores da Ciência Escola Dorti Zambello Calil (Nova Odessa)