O pró-reitor de Graduação, Edgar Salvadori de Decca, esteve envolvido com o projeto de implantação do campus II de Limeira desde a sua concepção. Ao longo dos últimos três anos, acompanhou de perto a elaboração de suas diretrizes. Não por acaso, no transcorrer da sessão do Consu do último dia 27, quando foi aprovada a implantação dos oito primeiros cursos de graduação, De Decca fez duas intervenções.
Na primeira, comparou a aprovação do projeto ao tratamento que a torcida dá ao seu time de coração, o Corinthians, nas jornadas vitoriosas. “Foi uma satisfação imensa”. Na segunda, citou a obra Poética, de Aristóteles, por meio da qual o filósofo grego faz uma distinção entre a poesia e a história. O pró-reitor lembrou que, de acordo com os preceitos aristotélicos, enquanto a poesia tem a capacidade de falar do universal, a história, por sua própria natureza, tem imbricações no acontecido, no singular e no irredutível.
Em sua fala no Conselho Universitário, o titular da PRG fez uma comparação entre o momento de concepção do novo campus “nós éramos poetas, pensávamos coisas abstratas” até a materialização do projeto. “Aos poucos, tudo virou história”, testemunhou o docente.
De Decca não teve tempo, porém, de recorrer a uma terceira alusão, talvez a que mais gostaria de ter feito. O pró-reitor pretendia ler um excerto de um conto de Jorge Luis Borges. Nele, o escritor argentino mostra que quando o rigor é extremado, as coisas perdem o sentido. No caso da obra literária, o rigor foi personificado por um cartógrafo. “Quando, no conto, o cartógrafo concebeu um mapa que coincidia com todo o território do país, o mapa perdeu o interesse. O desafio é ter um mapa sem que ele seja do tamanho da realidade, mas sim um modelo para você nela interferir”.
O pró-reitor afirma ser natural que, quando muitos embarcam em projetos desconhecidos, queiram se certificar de que a empreitada é segura e garantida. Entretanto, argumenta, isso é uma utopia. “Você não pode ter tudo pronto, porque aí todo o desafio desaparece. Por que o viajante quer ter um mapa na mão? Porque o desafio, o mistério e a imaginação vão funcionar”, argumenta o professor. “Quando o mapa for igual ao território, como no conto de Borges, ele não tem graça, deixa de ser a projeção dos nossos sonhos. Nesse sentido, o projeto de Limeira tem um forte componente onírico”.
Na condição de historiador, o pró-reitor, que é docente do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), acredita que a Unicamp vivencia hoje uma mudança significativa no paradigma que integra a relação entre ensino e pesquisa. “Acredito que o projeto de Limeira é o primeiro grande ensaio da Universidade para se repensar como um todo, mesmo porque o conhecimento não se dá mais da forma isolada como tínhamos no passado”, diz, enfatizando que a Unicamp passa por um de seus momentos mais promissores. “Trata-se de uma busca de uma nova percepção do que seja a Universidade. Além de inevitável, isso é fruto do amadurecimento institucional. Na verdade, na minha opinião, são ondas de criatividade e de inovação que, depois da maturação, geram processos de enorme amplitude”.
O campus de Limeira, na opinião do docente, insere-se nessa busca. “Depois de três anos de debates, teremos em março do ano que vem 480 novos alunos, computadores interligados, biblioteca, laboratório etc. No fundo, trata-se de um mundo que é criado da noite para o dia”.
Segundo o pró-reitor, desde a fase embrionária do projeto havia a convicção de que o campus deveria contemplar o maior número possível de áreas do conhecimento, incluindo e integrando os três níveis de atuação universitária ensino [graduação e pós], pesquisa e extensão. “Essa era a filosofia dos parâmetros norteadores iniciais. Adotei-os como todo bom defensor de vagas no ensino público gratuito e de qualidade. Nosso intuito é que o padrão de qualidade de Limeira esteja no mesmo patamar do de Campinas”.
Mas, o que faz do projeto de Limeira tão diferente dos demais? O pró-reitor responde de chofre: o conceito acadêmico segue na contramão dos modelos em voga hoje no mundo, entre os quais o Protocolo de Bolonha. “Há uma tendência em adotá-lo, sobretudo em universidades federais, ainda que de uma forma incipiente e abrasileirada”.
Por meio desse projeto, explica o pró-reitor, a segmentação do ensino superior está delineada com três anos de curso sem uma definição profissional específica, além de mais dois anos quase em nível de mestrado já com a escolha da carreira feita. A maior crítica a esse modelo, argumenta De Decca, vem de segmentos que nele enxergam uma resposta a uma certa tendência da internacionalização do capital, cujo custo é a precarização do conhecimento e uma profissionalização sem freio.
O pró-reitor pondera que o processo de Bolonha tem suas qualidades, mas há de se levar em consideração que a realidade brasileira é muito diferente da européia, sobretudo no que diz respeito às condições do aluno ingressante e à disparidade de expectativa com relação à universidade pública. O projeto de Limeira, portanto, seria uma espécie de contraponto ao modelo. “Na minha opinião, o que distingue a universidade pública brasileira das particulares é que ela promete e cumpre. Se ela promete um diploma que tenha competitividade e valor acadêmico, o aluno vai tê-lo”.
Entra aí, segundo De Decca, um componente que distingue a Unicamp, incluindo o projeto de Limeira, do modelo adotado em muitos países europeus. Na opinião do pró-reitor, seria uma temeridade que a universidade pública brasileira adotasse um sistema de ingresso sem definições de opções. “Isso significa que o aluno que tem uma vocação inicial, para uma determinada carreira, não terá mais adiante a menor idéia se conseguirá ou não o seu intento”.
O projeto de Limeira, continua De Decca, embora seja de alta integração curricular, oferece carreiras desde o início do curso. “Concebemos um campus em sua integralidade, com a chancela da qualidade da Unicamp”, diz. Segundo o pró-reitor, o grupo de trabalho enfrentou resistências de alguns que queriam modelos semelhantes aos adotados em muitas universidades de perfil técnico e de cursos mais rápidos.
Passada a resistência inicial, consolidou-se um projeto que, na opinião do pró-reitor, atende a uma série de objetivos, entre os quais o de inclusão social e de redefinição do quadro das carreiras profissionais no âmbito metropolitano. “Não queremos ser um college, mas sim um campus de pesquisa como foi desde o seu embrião a Unicamp. Essa é a nossa vocação”.
Nesse aspecto, De Decca observa que, já nas primeiras reuniões, o grupo responsável pelo projeto acreditava que o novo campus teria, em Limeira, o mesmo impacto que o campus de Barão Geraldo teve em Campinas há 40 anos. “Sua capilaridade vai ser uma caixa de ressonância em várias áreas: científica, urbanística, administrativa, cultural, comercial, esportiva, industrial etc. O campus vai abrir territórios e oferecer novas oportunidades”.
Ademais, destaca o docente, o corpo docente a ser contratado vai trazer a dimensão de qualidade que coloca a Unicamp num patamar internacional de conhecimento e pesquisa, com a vantagem de introduzir um modelo inédito. “A única iniciativa que guarda alguma semelhança com esta de Limeira é o nascedouro da própria Unicamp, sobretudo no que diz respeito aos núcleos básicos comuns”, diz.
Em Limeira, acredita o pró-reitor, o aluno terá a oportunidade de constituir uma consciência profissional aliada à participação de cidadania. Os cursos terão uma carga significativa de disciplinas que passam pela história, antropologia, cultura, noções básicas de administração, fundamentos da ciência, epistemologia, filosofia etc.
“Será uma formação mais integral. Alguns críticos poderão achar que serão apenas pílulas. Entretanto, a nossa intenção é justamente produzir essa sensibilização no aluno desde as primeiras aulas”, argumenta o pró-reitor, para quem as ferramentas disponíveis hoje internet etc fez mudar de patamar o conceito de formação interdisciplinar. “Hoje, quando é oferecido um cardápio ao estudante, ele é quem faz a sua própria biblioteca virtual e amplia seus horizontes em uma escala impensável há alguns anos”.
Por fim, o pró-reitor destaca o trabalho do professor Mauro Terezo, da Feagri, que coordenou a segunda fase dos projetos desenvolvidos pelo grupo de trabalho designado pelo reitor José Tadeu Jorge. “Ele fez um trabalho monumental, desempenhando um papel fundamental na concretização do projeto”. De Decca volta à metáfora borgiana. “O professor Terezo pegou o mapa e foi detalhando os afluentes, as cordilheiras, os rios, os territórios”. Agora, segundo De Decca, é percorrer a estrada. “A Unicamp começou ontem [dia 27] uma das viagens mais importantes de sua história”.
Uma pós inovadora
A pós-graduação no campus de Limeira será diferente em razão de sua natureza interdisciplinar, uma vez que congregará assuntos que cobrem mais de uma área. A opinião é da pró-reitora de Pós-Graduação, professora Teresa Dib Zambon Atvars, para quem a própria estrutura curricular da graduação vai gerar, na pós, cursos similares em seus respectivos conteúdos. Outro ponto destacado pela pró-reitora é o fato de os assuntos que serão abordados no campus de Limeira não são os mesmos contemplados no campus de Campinas. Na opinião da docente, isso ampliará o temário de pesquisa da Unicamp. “Essa ampliação é muito importante porque complementa o que já vem sendo feito, de modo altamente qualificado, nos campi de Campinas e Piracicaba”, opina.
Para exemplificar, Teresa Atvars recorre ao curso de Ciências do Esporte, a ser implantado em Limeira no ano que vem. “No campus de Campinas, temos pós-graduação em Educação Física. Não é a mesma coisa que o curso de Ciências do Esporte, mas também não é radicalmente diferente”. Para a implantação de cursos nesta e em outras áreas, avaliar a titular da PRPG, pesarão a opinião de especialistas e análises de cursos implantados no Exterior, no caso de não existirem similares no Brasil. “A ênfase é a seguinte: estamos implantando cursos diferentes, mas com a mesma filosofia que coloca a Pós-Graduação da Unicamp como a melhor do país”.
Para tanto, adianta a titular da PRPG, o modelo a ser adotado na Pós-Graduação será o mesmo com o qual a Universidade já vem trabalhando, mas com mais ênfase na interdisciplinaridade. No caso dos cursos de Gestão, por exemplo, é muito provável que seja criado um programa que contemple todas as quatro áreas dos cursos de graduação aprovados pelo Consu na área. “É o que chamamos de diferentes áreas de concentração. Cada uma delas vai abordar, com mais profundidade, um aspecto ou um certo leque de conteúdos da Gestão”.
Segundo a docente, o mesmo deve ocorrer nos dois cursos de graduação de engenharia previstos de Manufatura e de Produção e com os dois da área de biológicas Nutrição e Ciências do Esporte. “O desenho da formatação dos programas dependerá, em última instância, do perfil do corpo docente”.
Teresa Atvars não acredita que seja difícil pôr os novos projetos em funcionamento, mesmo reconhecendo que o processo de implantação de cursos de pós costuma ser trabalhoso e complexo. “Prefiro encarar como mais um desafio”, observa a professora, lembrando que serão contratados docentes e pesquisadores qualificados para trabalhar com os novos assuntos. “Isso também não se constituirá em problema. Seria, talvez, mais difícil se recrutássemos professores do campus de Campinas e fizéssemos com que eles trabalhassem com essas novas temáticas, pois os mesmos já estão com seus grupos consolidados”, afirma a pró-reitora, adiantando que o processo de contratação, que será realizado sob orientação da Graduação e da Pós-Graduação, funcionará como uma espécie de filtro. “Nossa estratégia é escolher um corpo docente junto com a Graduação, e não para a Graduação”.
Nesse contexto, reforça a pró-reitora, o potencial candidato terá que demonstrar capacidade para atuar concomitantemente na Graduação e na Pós através do seu respectivo plano de pesquisa e trabalho que será avaliado por uma comissão qualificada, que decidirá se o plano se enquadra nos objetivos estratégicos da Unicamp-campus II de Limeira. Embora evite fazer projeções, Teresa Atvars acredita que alguns dos cursos da pós-graduação começarão a ser organizados já no ano que vem. “Tendo já um conjunto de docentes em número adequado, a idéia é que eles formulem, de imediato, a sua implementação”.
O fato de dois dos quatro laboratórios previstos do campus de Limeira já estarem concluídos no início das aulas, em 2009, também foi lembrado pela docente. “Os professores já vão encontrar uma estrutura praticamente pronta, adequada para as atividades de ensino e pesquisa. Não são, portanto, apenas instalações. Trata-se de um prédio concebido, pensado e construído para as atividades às quais se destina. Até por isso, os professores não precisarão perder tempo para desenvolver suas investigações. O campus estará pronto, ninguém precisará improvisar. Acredito que num prazo de dois anos, no máximo, os primeiros resultados começarão a aparecer”, prevê Teresa Atvars, que inclui a iniciação científica no escopo das iniciativas da área.
Teresa Atvars pondera que, quando da instalação de muitos cursos existentes hoje na Unicamp, não havia similar nacional. Isto, na opinião da docente, não foi um problema, mas sim um desafio. “Implantamos muitos cursos inéditos, que hoje são os melhores do país, porque conseguimos escolher as pessoas adequadas para levar adiante o projeto”.
Por serem cursos inéditos e conseqüentemente, atraentes , a professora acredita que será grande a procura por parte de profissionais e alunos já graduados em outras instituições. “Na realidade, é um pouco o que já acontece hoje. A inovação é a marca da Unicamp, na graduação, na pós e na pesquisa, tornando nossa Universidade atraente para muitos profissionais que querem realizar cursos de alta qualidade. É fundamental que seja mantido, em Limeira, esse traço que coloca a Unicamp como uma das melhores universidades pública brasileira” afirma Teresa Atvars.
Outra característica enfatizada pela pró-reitora é a formação generalista preconizada no projeto dos novos cursos de Limeira. Na avaliação da professora, o conteúdo previsto, fortemente ancorado nas ciências humanas, formará um profissional mais completo, “que não será apenas um mero técnico”. Ele terá, portanto, observa Teresa Atvars, um perfil diferente dos alunos do campus de Campinas, que está mais próximo do profissionalizante, uma vez que o estudante já entra na carreira escolhida praticamente no primeiro ano de faculdade. “Em Limeira, o aluno terá ao menos um ano para interagir com diversas áreas. Isso vai ampliar em muito seu horizonte intelectual”, prevê a professora, para quem esse modelo “vai se refletir de modo diferente na característica da pós-graduação em relação ao que ocorre nos nossos cursos já implantados”.
Por outro lado, pondera a pró-reitora, os novos cursos não deixam de ter um viés profissionalizante. Ela dá como exemplo o curso de Gestão Ambiental, cuja importância no âmbito empresarial é cada vez mais importante. “Nem economistas nem administradores conseguem fazer gestão ambiental, a não ser que estejam preparados para a tarefa. Assim, o curso oferecido pela Unicamp vai preencher uma lacuna”, diz. “É provável que muitas empresas, quando descobrirem a existência de um curso de pós-graduação que aborde Gestão Ambiental, irão estimular seus funcionários, que atuam na área, a se requalificarem, pois essa é uma área que adquire uma importância cada vez maior no cenário da sustentabilidade”.
A pró-reitora não descarta, portanto, a possibilidade de que sejam oferecidos, de um lado, cursos de pós-graduação que atendam à demanda por qualificação profissional e, de outro, alguns mais voltados para a produção de novos conhecimentos. “As duas vertentes não são incompatíveis, ou seja, os dois tipos de alunos podem e devem freqüentar o mesmo curso. É provável que os dois públicos tanto o que vai produzir pesquisa como o que está inserido no mundo do trabalho sejam contemplados”, pondera, lembrando que a região é altamente industrializada, além de sediar importantes terminais de exportação, como é o caso de Viracopos. “É absolutamente essencial que as empresas, se quiserem competir no mercado internacional, tenham especialistas em gestão”.
Além de vislumbrar um impacto “enorme’ na região de Limeira, sobretudo nos campos do ensino e econômico, a instalação do campus, na opinião da pró-reitora, servirá para ampliar e consolidar a vocação da Unicamp. “Há um conjunto de alunos potenciais que não procuram qualquer escola eles buscam a melhor. E a Unicamp tem essa fama nacional, merecida, de ser a melhor pós-graduação do país, recebendo alunos de todos os Estados”, diz, ressaltando que outro aspecto que precisa ser levado em conta é o nível de internacionalização a que chegou a Universidade. “Somos cada vez mais procurados por muitos países interessados em firmar convênios e estabelecer intercâmbios. Somos também a segunda instituição brasileira em ranqueamentos internacionais. Acredito que, em Limeira, essa tradição será mantida, pois o projeto está muito bem elaborado e os cursos são muito inovadores e interessantes”.
A pesquisa é outro ponto destacado por Teresa Atvars. “Na Unicamp, a pós-graduação e a pesquisa andam juntas. Onde tem pós-graduação nota 7, a pesquisa está internacionalizada, é altamente qualificada, gera publicações de alto impacto, além de conhecimento transferível para nossas empresas e para os setores da administração, para os setores da assistência médica e odontológica etc.”. A pró-reitora acredita que não é possível, “ou é possível de modo muito limitado”, no Brasil, fazer boa pesquisa sem uma boa pós-graduação, e vice-versa. “Costumo dizer que são dois braços no mesmo corpo, porque envolve justamente alunos e professores qualificados. E isso a Unicamp sempre teve”.
Um campus ‘sob encomenda’
Do ponto de vista das instalações físicas, os alunos que chegarem ao campus de Limeira, em 2009, terão à disposição mais de duas dezenas de salas de aulas, um anfiteatro, biblioteca e laboratórios. “Já temos pronto um bloco de ensino, composto de três prédios de três andares e um bloco de anfiteatro, todos climatizados. Em dois dos prédios, teremos quatro salas de aulas por andar, com capacidade para 60 alunos cada uma. No terceiro prédio, funcionarão a biblioteca e salas de informática. Ao todo já foram realizados 10 mil metros quadrados de obras físicas”, revela o pró-reitor de Desenvolvimento Universitário, Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva.
Segundo o pró-reitor, a infra-estrutura do campus de Limeira, que está instalado numa área de 500 mil metros quadrados, foi concebida já com os cursos definidos. O conceito passa por ciclos básicos comuns, otimizando o espaço físico. “Fizemos o caminho inverso do que comumente é trilhado. Definimos nossa capacidade física para atender quatro mil alunos, 150 professores e 80 funcionários”, revela o pró-reitor. “Podemos dizer que fizemos um campus sob encomenda”.
Ademais, lembra o pró-reitor, haverá uma significativa economia de recursos no que diz respeito às atividades administrativas, uma vez que os funcionários apenas darão suporte às atividades acadêmicas. “Não vamos reproduzir, em Limeira, a estrutura administrativa, de recursos humanos e de serviços da prefeitura, para ficar em alguns exemplos. Tudo será feito a partir de Campinas, inclusive a compra de insumos e a contratação de servidores. Partimos do princípio de que temos em Barão Geraldo uma infra-estrutura de suporte. Trata-se de um grande avanço. Estamos oferecendo, num primeiro momento, 480 novas vagas a um custo muito mais baixo”, afirma.
O pró-reitor adianta que, além dos prédios de ensino e demais instalações, estão sendo licitados os projetos de uma portaria de acesso de pedestres, o restaurante e a pavimentação de ruas. Rodrigues da Silva ressalta que toda a circulação de veículos será externa às instalações acadêmicas. “Só circularão veículos de serviços. O projeto prevê bolsões de estacionamento destinados aos carros particulares”. Segundo o pró-reitor, do conjunto de oito laboratórios, pelo menos dois estarão entregues até o início das aulas.