HÉLIO COSTA JÚNIOR
O Laboratório de Informática da Biblioteca Central (BC) da Unicamp implantou uma solução baseada no Linux Terminal Server Project (LTSP) em 15 microcomputadores Pentium 200Mhz, 32 Mb de memória e disco rígido de 6GB. A meta: reaproveitar equipamentos considerados obsoletos. A solução permitiu que as máquinas passassem a ser utilizadas como terminais remotos. Com a nova sistemática, a BC economizou 80 mil reais.
O LTSP garante maior flexibilidade, não necessita de alteração na configuração original das máquinas, aumenta a vida útil de microcomputadores e é de baixa manutenção. O servidor encarregado de alimentar os terminais, na BC, também é um computador simples: Pentium III 800 Mhz, com 512 Megabits de memória e um disco rígido de 20 Gigabits.
A solução baseada em Linux Terminal Server Project (LTSP) foi descoberta pelo analista de sistemas Márcio Samogin Oliveira, no II Seminário de Desenvolvimento em Software Livre, realizado em dezembro do ano passado, na Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC). Levado à Biblioteca, o LTSP foi implantado pelo técnico em computação Marcelo Franklin da Silva. Sem o software, segundo ele, a BC teria que desembolsar entre hardware, software, consultoria e manutenção, cerca de R$80 mil. Com essa tecnologia o custo é zero.
Para Gilmar Vicente, responsável pelo Laboratório de Informática, a implantação demonstra que é possível encontrar soluções de baixo custo para equipar laboratórios e utilizar a Internet e aplicações simples. Segundo Gilmar, a idéia é estender a solução - numa primeira etapa - para a área de pesquisa e facilitar mais os variados tipos de consultas.
Os 15 microcomputadores com essa tecnologia também estão sendo utilizados no "Programa de Capacitação de usuários" da Biblioteca. As inscrições estão abertas no endereço http://server01.bc.unicamp.br/p_capacitacao/. O curso está dividido em cinco módulos: "Fontes de informação", "Catálogos eletrônicos", "Bases de dados", "Periódicos Eletrônicos" e "Elaboração de Trabalhos Científicos" e tem como público-alvo alunos, docentes e funcionários da Universidade. A bibliotecária Vera Lúcia de Lima, uma das monitoras, aprova o novo sistema: "Ganhamos mais rapidez", diz.